domingo, 31 de março de 2013

O amor de Deus, tão singular



            Muito cantado na década de 70, o hino declara: “o amor de Deus, tão singular, ninguém jamais pode explicar”. Oseias, no capítulo 11, versos de 1 a 4, reconhece isso: “Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei a meu filho. Mas, como os chamavam, assim se iam da sua face; sacrificavam a baalins, e queimavam incenso às imagens de escultura. Todavia, eu ensinei a andar a Efraim; tomando-os pelos seus braços, mas não entenderam que eu os curava. Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor, e fui para eles como os que tiram o jugo de sobre as suas queixadas, e lhes dei mantimento”.
            Não existe a figura de Deus justo no Velho Testamento e Deus amoroso no Novo Testamento. Trata-se do mesmo Deus, cheio de justiça no VT e no NT e cheio de amor também. Para nós, seres mortais, é difícil entender alguns atos de sua soberania, mas não podemos concluir com caráter diferente.
            O mesmo Deus que a Israel deu tantas chances, dá a você e a mim oportunidades de amá-lo. Mesmo quando nos distanciamos de sua vontade, pacientemente nos aguarda e faz tudo para nossa volta. Voltemos. 

sábado, 30 de março de 2013

Escola Bíblica Dominical - Lição de 31 de março 2013*



Lição 13 – Adoração e Missão
 Texto Bíblico: Mateus 17.1-8, 14-20

Introdução
Chegamos ao fim de uma série de estudos sobre princípios bíblicos para o culto cristão. Há muito que se falar sobre o assunto, mas, durante o trimestre, pudemos pelo menos oferecer lampejos, “pontapés iniciais” para reflexões mais profundas e extensas.

Hoje, veremos que a adoração da igreja está intimamente relacionada com a missão. Um tema chama o outro. Adoração e missão andam de mãos dadas, até porque adoração sem consciência de missão pode ser alienante, e missão sem consciência de adoração pode ser apenas uma militância ideológica.

Como família de Deus, temos de fugir das águas correntes do extremismo. Adotar um extremo como estilo de vida é mais fácil que buscar o equilíbrio. As circusntâncias, até mesmo eclesiásticas, podem nos empurrar para os extremos, assim como as águas do mar fazem com um bainhista, que, para sobreviver, fugirá da correnteza.

Faz parte da mensagem cristã a vida futura. O céu é um tema bíblico e deve ser cantado e pregado nas celebrações litúrgicas e fora delas. Mas a esperança do céu deve nos levar à missão e não à acomodação.

O reino de Deus é futuro, mas também é presente. O “venha o teu Reino” (Mateus 6.10), da oração conhecida como Pai-Nosso, continua e sempre continuará sendo verdade absoluta de Deus. O problema não é a vinda do reino de Deus, e sim o comprometimento parcial dos cristãos com ele. Temos falhado por nos doarmos tão pouco à causa do Reino, talvez pela ilusão da ocupação com causas menores.

1. Adoração na Tranfiguração
Lemos o belíssimo relato da Transfiguração. É um dos textos que mais me encantam na Bíblia. Julgo-o essencial para entender o significado da adoração e da missão. Passar de lado diante desse registro sagrado é perder um elo precioso entre os Testamentos.

Seis dias depois da confissão de Pedro em Cesareia de Filipe (Mateus 16.13-16), aconteceu o episódia da Transfiguração. Ele não é um acaso na história da igreja, porque Jesus trabalhou por aproximados três anos para que os discípulos entendessem que Ele era o Messias, o enviado da parte de Deus, e para que chegassem à profundidade da adoração que leva à missão.

Com a confissão, Jesus passa a orientar os seus discípulos para outro momento em sua trajetória terrena: a morte de cruz (a paixão). Antes da crucificação, era de suma importância que os discípulos entendessem que Jesus é o Emanuel, o Eterno, O Deus-Homem. A Transfiguração é o ponto central desse entendimento, porque naquele monte os três discípulos da linha de frente (Pedro, João e Tiago) viram o Pai transfigurar o Filho: “o seu rosto resplandeceu como o Sol e suas roupas tornaram-se brancas como a luz” (v.2).

Estava sendo anunciado o que Paulo registrou em Colossenses 2.9: “[Em Jesus] habita corporalmente toda a plenitude da divindade”. Jesus não é um homem comum; Ele é especial, é divino, é o próprio Deus morando entre a humanidade.

Ainda aparecem Moisés e Elias conversando com Jesus. Lucas informa o assunto da conversa deles: “apareceram em glória e falavam da sua partida, que ele estava para cumprir em Jerusalém” (Lucas 9.31). Moisés tipifica a lei, e Elias, os profetas. Diante dos discípulos, portanto, estão a lei, os profetas e a nova revelação: Jesus.

Na Transfiguração, os discípulos aprenderam a centralidade cristológica da adoração. Moisés e Elias foram muito importantes, mas passaram. Seus ministérios foram circunstanciais. Jesus é diferente, pois o seu ministério é perfeito, pleno, suficiente e cabal.

A igreja é de Cristo e qualquer voz que tente competir com a dele, deve ser refutada. Só Deus é digno de adoração!

2. Missão na Transfiguração
Estava tudo tão bom lá em cima, que Pedro sugeriu que ficassem por lá mesmo: “Senhor, é bom estarmos aqui; se quiseres, farei aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias” (v.4). Essa proposta excluía a missão e foi reprovada pelo Pai.

Pedro e os outros discípulos ficaram maravilhados com tudo o que estavam vendo. Era um presente ver Moisés, Elias e Jesus conversando, especialmente no imaginário de um judeu. Imaginem a emoção de contemplar a lei, os profetas e o Messias! Mas essa contemplação não era o propósito de Deus para eles. A Transfiguração tinha um sentido muito mais profundo para o reino de Deus.

Pedro ainda estava falando e veio uma nuvem, que os cobriu, e Deus falou do meio dela: “Este é o meu Filho amado, em quem me agrado; a ele ouvi” (v.5). Pedro queria a contemplação e Deus os estava preparando para a missão.

Ficar no monte é muito bom, é ótimo até, mas a vida cristã real acontece no vale. O monte dá uma ideia de estabilidade, mas a adoração que ganha sentido prático acontece no vale.

Os discípulos precisavam entender que não seriam Moisés e Elias aqueles que dariam suporte para a missão no vale, mas Jesus Cristo, o Senhor da igreja. Foi Jesus quem disse: “e indo, pregai, dizendo: o reino do céu chegou” (Mateus 10.7). E também: “ide, fazei discípulos de todas as nações (...) e eu estou convosco todos os dias” (Mateus 28.19,20).

Interessante que os discípulos ficaram com medo quando ouviram a voz de Deus (v.6). Eles foram confrontados diante de uma postura equivocada, por mais que possa ter sido bem intencionada.

Jesus os consolou, reanimando-os, e eles perceberam que não havia mais ninguém a não ser Jesus (v. 7,8). Vale a pena aproveitar e lembrar que todos podem nos abandonar, mas Jesus nunca nos abandona. Ele tratou os discípulos e tem nos tratado constantemente. Glória a Jesus!

Pensando em missão, o episódio seguinte ao da Transfiguração é muito apropriado. Os discípulos queriam continuar na contemplação, mas, ao descerem do monte, a vida real já se apresentou duramente. Um homem procura a Jesus e diz: “Senhor, tem compaixão de meu filho, porque ele tem convulções e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo, e muitas vezes, na água. Eu o trouxe aos teus discípulos, mas eles não conseguiram curá-lo” (v.15,16). Jesus reprovou os discípulos, chamando-os de geração incrédula e perversa (v.17). É claro que Jesus também expulsou o demônio, contemplando, assim, o pedido daquele pai (v.18).

No monte Jesus é glorificado, no vale os demônios agem ferozmente. Volto a dizer que adoração e missão têm de andar de mãos dadas porque é no mundo, ou seja, no meio das pessoas que Jesus nos quer como sinalizadores do seu Reino. É no vale que acontece o nosso ministério.

Temas como esperança, paz e justiça também precisam fazer parte dos repertórios das músicas e dos sermões nas celebrações litúrgicas. Os cultos devem abordar a adoração, sem falhar com a missão. Noutras palavras, cumprir a missão é expressão de adoração.

Devemos entrar no templo com mente e coração voltados para a adoração, mas devemos sair dele inflamados com a missão. A igreja se reúne e se espalha. Tão importante quanto a sinceridade da adoração para a reunião, é o compromisso com a missão para o envio. Sair do templo é sair para o nosso campo missionário.

Um dos momentos que mais me comovem no culto (são tantos, na verdade) é quando dispeço os meus irmãos em nossa igreja com a bênção pastoral em nome de Jesus. Mexe comigo saber que aquele povo, espalhado pela cidade, está em missão, na autoridade do Supremo Comissionador.

Para pensar e agir
Jesus é o nosso modelo perfeito de adoração e missão. Temos de aprender com Ele e enraizar o ideal maior de querer ser iguais a Jesus.

No fim do século 19, o pastor americano Charles Sheldon escreveu um livro que marcou muitas gerações: “Em seus passos, o que faria Jesus?”. A obra de ficção, mas cheia de realismo, fala de uma igreja em que o pastor Maxwell ia muito bem até que lá chegasse um bêbado. Durante décadas, esse livro foi o mais lido depois da Bíblia. Ele inspirou, no passado, muitos cristãos a se despojarem de bens para colocarem em primeiro lugar o reino de Deus, principalmente vendo no próximo a figura de Jesus.

Tomando emprestada a questão levantada por Charles Sheldon, concluindo a lição – e também o trimestre – sugiro que, em todas as circunstâncias da vida, nos perguntemos: em meus passos (ou em meu lugar) o que faria Jesus, aqui e agora?

Leituras Diárias
Segunda: Salmo 143
Terça: Salmo 144
Quarta: Salmo 145
Quinta: Salmo 146
Sexta: Salmo 147
Sábado: Salmos 148 e 149
Domingo: Salmo 150

*Lições da Escola Bíblica Dominical das Igrejas Batistas da Convenção Batista Fluminense, da Revista Palavra&Vida, escritas pelo Pr. Elildes Júnio Marcharete Fonseca.

*Esta Revista é enviada gratuitamente às Igrejas Batistas da Convenção Estadual.

Tapando a boca dos leões



            O primeiro livreto que escrevi tem o título desta meditação. Como foi agradável a experiência de publicá-lo, embora bem simples, e depois receber, pela bondade de vários, observações do valor e importância em suas vidas. Fala de Daniel em sua jornada na Babilônia e os princípios estabelecidos na vida de oração.
            Por não negar os princípios em que cria, foi lançado na cova dos leões. Há quem sugira que os leões ficaram com medo em virtude de seu relacionamento com Deus. Não sei se foi assim, quando chegar ao céu perguntarei a ele.
            Lembro-me que, garoto, nas classes da EBD, cantávamos “Daniel orava a Deus, três vezes ao dia e, no tempo de aflição, Deus o socorria”. Estudando com mais profundidade, percebe-se que ele não orava três vezes ao dia, orava incessantemente. Sua vida era de oração. Ninguém vence sozinho inimigos tão ferozes, cujos leões são gatinhos mansos perto deles.
            Preocupado, Dario quis saber se ele estava vivo dentro da cova. Ouviu: “O meu Deus enviou o seu anjo, e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano...” - Daniel 6.22.
            Há um leão rugindo perto de você? Não fique com medo, Deus tapa sua boca.

Em pé é melhor



            Sempre que me lembro do livro de Ezequiel, a primeira impressão que me vem à mente é: “E disse-me: Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo” - Ezequiel 2.1. Parece-me que daqui vem a ideia da congregação de pé para ler a Bíblia.
            Estar em pé significa saúde. É difícil para o doente ficar de pé. Significa ânimo, o desanimado quer cama. Também significa desejo de caminhar, só se caminha em pé. Estar em pé é vigor, alegria, esperança e prosperidade.
            Verdade é que não tem apenas o sentido físico. Pode-se estar em pé, mas deitado por dentro. E até, deitado por fora, e em pé por dentro. O abatimento faz com que pessoas saudáveis fiquem acamadas nas marginais da vida, embora totalmente de pé em suas atividades.
            Deus é o que levanta o caído. É o que dá esperança. É o que reanima. É o que nos faz ficar em pé. De sua boca sai a palavra animadora “põe-te em pé”. Mas não é uma ordem, é um estender de sua mão, capaz de nos levantar.
            Há uma luta querendo te abater? Põe-te em pé, Deus falará com você!

segunda-feira, 25 de março de 2013

As suas misericórdias não tem fim



            Que rico texto em Lamentações 3.22-23: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não tem fim; novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade”.
            Eu me deito, acordo e percebo esta realidade. Cada dia com uma forma nova suas misericórdias se alojam sobre mim e me dão condições de caminhar, trabalhar, enfrentar os desafios e buscar fazer o bem. Não há um requentamento de misericórdias antigas, mas elas são novas a cada manhã.
            Posso ser levado a concluir que isso acontece por causa de minha fidelidade. Mas não é. É pela fidelidade dele. Que bom saber disso, pois, se contrário fosse, elas não seriam renovadas. Mas são, por causa da fidelidade d’Ele.
            Você lê este texto? Então, as misericórdias do Senhor se renovaram sobre sua vida hoje. Glorifique-o por isso. Dê um grito, ainda que silencioso, de louvor e adoração ao todo-poderoso. Ele é o autor das misericórdias renovadas.
            Encorajo você a nunca desistir, ainda que a estrada seja muito penosa, pois sobre você estão as misericórdias do Senhor.

domingo, 24 de março de 2013

Linha direta pra Deus



            Telefonia no Brasil melhorou estupendamente. Sou do tempo em que falar pelo telefone era um milagre. E também em que ter uma linha era coisa de rico. Hoje, a facilidade e a variedade chegam a assustar. A cada nove meses podemos trocar aparelhos sem qualquer custo adicional e o anterior fica pra você.
            Mesmo assim, percebe-se problema constantemente com a comunicação por essa via. E não é incomum encontrarmos decepções e até uso indevido desse recurso. Jeremias fala de uma linha direta pra Deus: “Clame a mim e responderei e anunciarei coisas grandes e firmes que não sabe” - 33.3.
            Linha direta abençoada. Nunca está ocupada. Nunca é rejeitada depois de olhar no visor. Nunca está fora de área. Nunca está pipocando. É nitidez perfeita. Basta ligar que Ele atende. E o faz com alegria.
            Quer experimentar? Ligue agora. Fale com Ele sobre qualquer assunto e depois confira se foi interceptado por alguém.
            Ah, um pormenor: ligue em nome de Jesus, é a única forma de completar. E, de preferência, com o coração sincero, Ele vai saber mesmo se não for.

sábado, 23 de março de 2013

Tapeceiro

Vale a pena ouvir esta música!

Tapeceiro
Stênio Március

Tapeceiro
Grande artista
Vai fazendo o seu trabalho
Incansável, paciente
No seu tear

Tapeceiro
Não se engana
Sabe o fim desde o começo
Trança voltas, mil desvios
Sem perder o fio

Minha vida é obra de tapeçaria
É tecida de cores alegres e vivas
Que fazem contraste no meio das cores
Nubladas e tristes

Se você olha do avesso
Nem imagina o desfecho
No fim das contas
Tudo se explica
Tudo se encaixa
Tudo coopera pro meu bem

Quando se vê pelo lado certo
Muda-se logo a expressão do rosto
Obra de arte pra honra e glória
Do Tapeceiro

Quando se vê pelo lado certo
Todas as cores da minha vida
Dignificam a Jesus Cristo
O Tapeceiro.

Mais de Deus, menos de si



            Isaías era um profeta palaciano. O capítulo 6 de seu livro relata um momento triste por causa da vacância no reinado de Israel, o rei Uzias morrera. O cenário era de tristeza e insegurança. É nesse cenário que o profeta tem uma visão extraordinária: vê o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono. Era uma mensagem pedagógica: o trono de Israel vagou, mas o trono celestial, não, estou no controle.
            De todas as cenas que envolvem a narrativa - pode ser lida dos versos 1 a 8, a que mais me chama a atenção está no verso 5: “Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos”.
            Comparando sua experiência no capítulo 6 com a do capítulo 5 há grande diferença: no cinco, Isaías lança os ais sobre os outros - vale a pena ler. No 6, o ai é sobre si mesmo.
            A causa da mudança: ver Deus. Quem vê Deus, consegue enxergar mais sobre si. E a única conclusão é: “Ai de mim!”.
            Santidade, ao contrário do que diz o senso comum, é ver mais a própria pobreza e menos a pobreza dos outros. Quanto mais santidade, mais consciência de pecador. Quanto mais de Deus, menos de si.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Cântico de amor



Passar por Cântico dos Cânticos ou Cantares de Salomão é navegar em águas perigosas. Encontramos os que relacionam todo o contexto ao relacionamento de Cristo e sua igreja e os que entendem ser mesmo declarações de amor de um coração apaixonado.

Evitando a polêmica, navego nas águas do romance. É impossível, em minha leitura, interpretar diferente texto como o capítulo 4º: “Eis que és formosa, meu amor; os teus olhos são como os das pombas entre as tuas tranças; o teu cabelo é como o rebanho de cabras que pastam no monte de Gileade. Os teus dentes são como o rebanho das ovelhas tosquiadas, que sobem do lavadouro, e das quais todas produzem gêmeos, e nenhuma há estéril entre elas. Os teus lábios são como um fio de escarlate, e o teu falar é agradável; a tua fronte é qual um pedaço de romã entre os teus cabelos. O teu pescoço é como a torre de Davi... Os teus dois seios são como dois filhos gêmeos da gazela, que se apascentam entre os lírios... Tu és toda formosa, meu amor, e em ti não há mancha... enlevaste-me o coração com um dos teus olhares, com um colar do teu pescoço. Que belos são os teus amores, minha irmã, esposa minha! Quanto melhor é o teu amor do que o vinho! E o aroma dos teus ungüentos do que o de todas as especiarias! Favos de mel manam dos teus lábios, minha esposa! Mel e leite estão debaixo da tua língua, e o cheiro dos teus vestidos é como o cheiro do Líbano”.

Não diminuímos Deus quando agimos romanticamente. Ame e seja romântico ou romântica.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Tudo é vaidade



            O livro chamado Eclesiastes poderia ter o seguinte título: tudo é vaidade. Atribuído a Salomão, encontramo-lo carregado de decepção, com sua auto-estima baixa e concluindo que tudo não passara de vaidades. Do primeiro ao décimo capítulo há um mar desolador que deprime qualquer pessoa. Os capítulos 11 e 12 são uma espécie de água potável nesse deserto desesperador, notadamente os versos 13 e 14 do capítulo 12: “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau”.
            O que angustia é por que o famoso pregador, homem mais sábio de todos os tempos, com tantas vitórias, encontrava-se assim? Presumo: 1º - começou bem, terminou mal, enveredou-se pelo caminho do pecado e desonrou a Deus. 2º - tornou-se ingrato para com os que o ajudaram. 3º - não teve coragem para se arrepender como fizera seu pai.
            Quer terminar a vida como terminou Salomão? Siga os mesmos passos dele. Quer terminar de maneira diferente? Faça exatamente o contrário.

Amigo em todo tempo



            Alguns versos são guardados facilmente pela própria identificação. Por exemplo, “em todo tempo ama o amigo e, na angústia, nasce um irmão” não pode ser esquecido, pois seu endereço é mamão com açúcar: Provérbios 17.17. Lembro-me que o ensinei ao meu filho João Marcos quando criança e até hoje ele não se esqueceu.
            É bom ter amigos. E melhor ainda é ter amigos que se tornam verdadeiros irmãos. Salomão experimentou grandes tristezas com irmãos, inclusive um deles desejando-lhe tirar o reino. Em Provérbios 18.24, ele assegura que “o homem que tem muitos amigos pode congratular-se (em outra versão, tem-nos para sua ruína), mas há amigo mais chegado que irmão.
            A verdade é que todos os amigos podem nos decepcionar. Mas há um que nunca nos decepcionará: Jesus Cristo. Certa vez, ele disse: “Não tenho vos chamado servos, mas tenho vos chamado amigos...”. Mesmos sabendo que Judas viria para traí-lo, saudou-o: “Amigo, a que vieste?”.
            Faço coro com o poeta: “Nenhum amigo é igual a Cristo, não, nenhum, não, nenhum!”.

Investindo a Vida


Por Lane Kramer*

Na semana passada consideramos o conceito de enxergar sucesso na vida e no trabalho sob a perspectiva de um investidor. Um objetivo comum a todo bom investidor é o desejo de maximizar a taxa de retorno. Como conseguir isso quando investimos nossa vida, usando a plenitude de nossas habilidades, dons, experiências e outros recursos que recebemos?

Deixe-me sugerir um “check-up” desse “investimento de vida”, espécie de inventário para nos ajudar a avaliar o que estamos fazendo, como e por quê. O que devemos examinar? Mais importante ainda: o que Deus, que nos designou administradores desses recursos, vai examinar?

Primeiramente sugiro um exame da qualidade do nosso relacionamento com Deus e outras pessoas. Pergunte a si mesmo: Estou colocando Jesus Cristo em primeiro lugar na minha vida? Estou despendendo tempo com Ele diariamente, pedindo direção, sabedoria, forças, provisão e perdão? Posso honestamente demonstrar que Ele é o primeiro em minha vida?

A prova de que valorizo, amo e obedeço a Deus mostra-se na forma como trato minha esposa, minha filha, membros da família, amigos, companheiros, clientes, vendedores, o carteiro que, de certa forma, é meu vendedor mais valioso.

Em segundo lugar, a prova também está no exame do meu talão de cheques, que revela onde estou investindo e gastando o dinheiro que Deus me confiou. Estou buscando maneiras de investir o capital de Deus em Seu Reino, à medida que Ele coloca oportunidades no meu caminho para auxiliar pessoas? Estou poupando quantia apropriada para o futuro, quando eu não puder mais trabalhar? Estou tomando decisões financeiras prudentes em relação aos investimentos para deixar dinheiro para meus filhos, como está escrito na Bíblia?

Em terceiro lugar, preciso olhar minha agenda. Quantas horas passo no trabalho? É esse o tempo que Deus quer que eu invista por dia ou por semana? Estou permitindo que Deus seja o CEO da minha empresa e a use para Seus propósitos, ou vejo minha carreira como posse pessoal que uso para ganhar dinheiro e gastá-lo conforme meus desejos? Passo diariamente tempo com Deus em quietude? Desenvolvo relacionamentos com minha família e meus amigos, servindo pessoas da comunidade e auxiliando-as a melhorar suas vidas? Pratico exercícios para manter meu corpo saudável e em forma e desfrutando de atividades recreativas?

A escolha de como investimos nossa vida é somente nossa. Não podemos passar essa responsabilidade para ninguém. Quando der o último suspiro e estiver diante de Deus, quero ouvir Dele: “Muito bem, bom e fiel investidor da vida que Eu lhe dei. Entre para o Meu Reino celestial e desfrute do descanso eterno e das recompensas no lugar que tenho preparado para você!”

Se você não tem dedicado tempo para considerar como está investindo sua vida, eu o desafio a tirar uma manhã longe do escritório e fazer cuidadosa revisão das decisões dos investimentos que tem feito. Talvez você descubra, feliz, que esteja tudo em ordem. Caso não, ore e peça sabedoria a Deus para aas mudanças devidas. Seja feliz investindo sua vida!

Questões Para Reflexão ou Discussão  

1.    O que você acha da ideia de fazer um check-up do modo como tem investido sua vida? Se já fez isso, qual a conclusão?

2.    Nesse check-up como você constatou o estado dos seus relacionamentos - com Deus, cônjuge, filhos, familiares, amigos?

3.    Você tem sido bom administrador das habilidades, talentos e experiências, tempo e outros recursos que Deus confiou aos seus cuidados?

4.    Se examinassem seu talão de cheques ou sua agenda, que conclusão tirariam sobre o que você dá maior importância em sua vida e trabalho?

Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas com o tema, sugerimos: Provérbios 4.23; 16.2,9; 21.5; 28.20; Eclesiastes 3.1-12; 12.13-14; Lucas 14.28-29.


* Texto de Lane Kramer, empresário, fundador do "The CEO Institute", em Dallas, Texas, organização cuja missão é auxiliar CEO’s a construir empresas de ponta, fundamentadas em princípios e valores bíblicos. Web site: www.ceoinst.com Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes.

MANÁ DA SEGUNDA® é uma refelxão semanal do CBMC - Conecting Business and Marketplace to Christ, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2008 - DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL -  E-mail: liong@cbmc.org.br -Desejável distribuição gratuita na íntegra. Reprodução requer prévia autorização. Disponível também em alemão, espanhol, francês, inglês, italiano e japonês.

terça-feira, 19 de março de 2013

O bom pastor do Salmo




            Celebração em grande ginásio totalmente lotado. Jovem muito bonita e com grande capacidade de expressão recita o Salmo 23. Em alegria, todos aplaudem por vários minutos. Sua performance foi extraordinária.
            Minutos depois, veterano pastor, cansado pelos anos de ministério, faz breve exposição com sua voz embargada e rouca. Baseia-se no Salmo 23 e, a cada ponto realçado, manifestação de prostração do auditório se verifica a ponto de, no final, quase todos chorarem.
            Percebendo a diferença das reações, alguém pergunta à jovem se percebera e qual a razão de reações tão contrárias. Responde ela: “Eu conheço o salmo do bom pastor, mas ele conhece o bom pastor do salmo”.
            Há grande diferença entre o que se conhece e a quem se conhece. O primeiro, sinaliza informação. O segundo, experiência pessoal. O primeiro mexe com a mente. O segundo, com o coração, com a alma. O primeiro dura até nos levarem ao cemitério. O segundo, a eternidade.
Mas, não basta conhecer o salmo do bom pastor, é preciso conhecer o bom pastor do salmo.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Ouvia falar, mas agora te vejo



            Jó é e sempre será lembrado como símbolo da paciência. Justa homenagem. Depois de sofrimento terrível, é restaurado à sua condição anterior e experimenta vitória dobrada em todos os aspectos.
            Para mim, de todas as experiências de Jó, a que mais se destaca está expressa no capítulo 42.5: “Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram”. Embora se enfatize a restituição de toda a família e todos os bens a Jó, a vitória maior foi sua nova visão de Deus. O que era informação, agora é revelação. O que estava distante, agora está perto. O que era especulação, agora é certeza.
            Ainda que bufem os ateus e ateias, Deus é um ser que se apresenta ao homem. Querer tergiversar sobre essa possibilidade é bobagem e perda de tempo. É uma experiência da fé e só quem a tem pode dizer e testemunhar.
            Ter informação é muito saudável, mas ter com o Senhor uma experiência de fé é algo inenarrável. Procuremos vê-lo sempre, pois a cada dia Ele se manifesta, mas só o vêem os que o conhecem.

A pessoa certa, no lugar certo, no tempo certo - dia 17 de março, domingo



            Atribui-se a Bill Hybels a frase que dá título a esta meditação. Parece-me que é o que Mardoqueu desejava dizer para Ester quando soube da trama para exterminar o povo judeu: “Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento de outra parte sairá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?” - Ester 4.14.
            A combinação da pessoa certa, no lugar certo, no tempo certo é garantia de sucesso certo. A dificuldade, entretanto, é saber quem é a pessoa certa, qual é o lugar certo e qual é o tempo certo. Sendo tarefa difícil descobrir, sabemos da fonte certa, Deus. E é nessa fonte que beberemos para termos instrução.
            Sabendo que Deus não faz distinção de pessoas e quer usar a todas, que o tempo de fazer o bem é o presente e que todos os lugares precisam de intervenção dos bons, apresentemo-nos ao soberano Deus, fonte certa e segura, para nos orientarmos.
            Deixando de agir, Ele levantará outro ou outra e, nós, perderemos a oportunidade. 

Estou fazendo uma grande obra - dia 16 de março, sábado



            O livro de Neemias tem um sabor especial para mim. Dá para descobrir a razão? Pois é, é isso mesmo. E um de seus textos que mais me despertam é 6.3: “E enviei-lhes mensageiros a dizer: Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse, e fosse ter convosco?”.
            Uma grande obra não significa grande empreendimento, mas, sim, que cumprimos nossa missão com galhardia. Minha mãe e meu pai, embora a mídia nunca tenha destacado isso, fizeram uma grande obra: oito filhos totalmente integrados no reino de Deus e servindo à sociedade com dignidade.
            Há pessoas que começam grande obra e não conseguem terminar. Sem qualquer julgamento, o fato é que alguns se esquecem de sua missão. Neemias ensina que não se pode descer quando se envolve com uma missão. Se você ler o verso seguinte, verá que os inimigos o convidaram a descer por quatro vezes e ele, categoricamente, informa que da mesma maneira respondeu.
            Que grande obra você está realizando? Não desça! Continue firme, Deus fará você triunfar. Leia Neemias 6.15 e veja que triunfo.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Deus usa a quem quiser, quando quiser e como quiser


            Esdras começa tendo como personagem principal um rei que não era de Israel, um estrangeiro. E curioso é que este rei pagão, Ciro, da Pérsia, foi instrumento de Deus para abençoar o povo de Israel. Uma de suas primeiras atitudes foi entregar os utensílios da casa do Senhor que Nabucodonozor levara de Jerusalém.
            Deus é Senhor da história. Nada foge ao seu controle. Mesmo que alguém não o reconheça como soberano, está cumprindo um papel dentro do plano macro do rei dos reis. Isso não significa que somos marionetes em suas mãos, mas que Ele “faz com que todas as coisas contribuam para o bem daqueles que o amam” - Romanos 8.28. Ainda hoje, há homens e mulheres que assumem estar distantes do Senhor, mas, se olharmos bem, estão sob o comando do todo poderoso.
            Você não precisa ser um Ciro, usado pelo Senhor, mas sem experiência com Ele. Você pode se entregar totalmente, investindo sua vida no serviço d’Aquele que tem a direção de toda a história.
            Abra o seu coração agora e diga: “Senhor, quero que minha história seja dirigida pelo Senhor, não apenas como o Soberano, mas como meu pai. 

quinta-feira, 14 de março de 2013

Metade nunca se contou




             De II Crônicas, pinço do capítulo 9 o evento da visita da rainha de Sabá a Salomão. É aquela famosa história que registra o encantamento da rainha pela sabedoria e capacidade empreendedora de Salomão. Ao ver tudo, disse: “Era verdade a palavra que ouvi na minha terra acerca dos teus feitos e da tua sabedoria. Porém não cria naquelas palavras, até que vim, e meus olhos o viram, e eis que não me disseram a metade da grandeza da tua sabedoria; sobrepujaste a fama que ouvi” - v. 9-10.
            Metade nunca se conta. Não se ama pela metade. Não se entrega pela metade. Não se envolve pela metade. Não assume compromisso pela metade. Não se fala a verdade pela metade. Não há louvor pela metade. Não há vida pela metade.
            Quando nos amou, Deus o fez por inteiro, não pela metade. Ao exclamar na cruz “tudo está consumado”, queria dizer Jesus: “Fiz a obra completa”. Por isso, nossa vida gerada por ele é completa. “Eu vim, disse Jesus, para que tenham vida e vida em abundância”.
            Hoje, assuma o compromisso de viver para Jesus de maneira completa. Não desvalorize sua obra querendo uma metade pra Ele e a outra para o mundo. Isso é impossível, basta ler os evangelhos e concluir.

quarta-feira, 13 de março de 2013

O novo Papa é argentino



É argentino o novo Papa. O Cardeal Jorge Mario Bergoglio. Ele é o primeiro papa latino-americano da história.



Adão, Sete, Enos... Antônio, Alício, Neemias, João Marcos...



            I Crônicas começa da maneira como menos se deseja, genealogia. Praticamente, os nove primeiros capítulos são dedicados a informar as gerações desde Adão.
            Embora seja maçante e indesejada a leitura, é fato que tem aplicações bem apropriadas. Faz-nos lembrar que fazemos parte de uma história. Não estamos aqui isoladamente, temos um passado na vida dos nossos pais e teremos um futuro na vida dos nossos filhos.
            E, sem dúvida, o ensino maior é que Deus dirige a história. Se analisarmos cada personagem da história, tanto nos registros bíblicos como não, encontraremos um fio condutor que tem origem na pessoa de Deus. Ele é o dono da história e pra ele ela converge.
            A história continua e, assim como meu avô e pai passaram, também passarei. Mas assim como continuo a história deles, tenho esperança que João Marcos e Raquel continuarão a minha e de Ilcimar.
            Vivamos de tal modo que nossa história seja marcada por realizações nobres e, mesmo que a mídia não noticie, nossos feitos sejam marcantes em nossa geração e na geração futura.

terça-feira, 12 de março de 2013

Passando o bastão para outro



            O livro de II Reis apresenta a transferência de ministério de Elias para Eliseu. É uma experiência “sui generis”. Este, orientado por aquele, a ficar em determinado lugar, não aceita e diz que vai com ele. Insistindo em que este ficasse, não tem sucesso e Elias passa o bastão.
              Assim é a vida: uma geração vai e outra vem. Lembro-me que, garoto, via personagens que pareciam inacessíveis, figuras que pareciam infalíveis, líderes que pareciam eternos, e todos passaram. Louvado seja Deus por aqueles que passaram o bastão com honradez, realizando grandes coisas na dependência de Deus.
            Chegará o tempo em que eu e você passaremos o bastão. Não sabemos quando, pode ser a qualquer momento. Por isso, é preciso que estejamos preparados.
            Mas, como estar preparados se somos falhos? Primeiro, suplicando a misericórdia do Senhor. Segundo, abandonando falhas que forem identificadas no relacionamento com o Espírito Santo. Terceiro, lutando para viver com integridade. Quarto, fazendo sempre o melhor para Deus.
            Ah, um detalhe (pormenor, se não quiser estrangeirismo): não sabemos a quem passaremos o bastão. Deus sabe.  

Começar bem não significa terminar bem



            O livro conhecido como I Reis - quando você pronunciar, não diga “primeira reis”, sim, “primeiro reis” - traz a famosa experiência da aparição de Deus a Salomão, oferecendo-lhe a oportunidade de pedir o que desejasse e receberia. Lembro-me, menino, ouvindo esta história nas classes infantis da EBD, ficava encantado.
            Assim começa o reinado de Salomão, pedindo sabedoria ao Senhor. Tinha tudo para se tornar uma grande bênção, mas, no cômputo geral, foi uma tragédia. É em seu reinado que começa a derrocada de Israel, culminando com a divisão entre Norte e Sul.
            Salomão é o exemplo de alguém que iniciou bem, mas terminou mal. O ditado que assegura ser a primeira impressão a ficar não é verdadeira. Entre o capítulo 3º e o 11 está uma história de grande sucesso do ponto de vista humano, mas de fracasso espiritual.
            Alguns conselhos para nós: 1º - Peçamos sabedoria a Deus para começar bem. 2º - Peçamos sabedoria a Deus para continuar bem. 3º - Peçamos sabedoria a Deus para terminar bem.