sábado, 25 de abril de 2015

Pr. Silas Malafaia no Programa na Moral da Rede Globo

Silas Malafaia X Jô Soares e Silvio de Abreu - Programa Na Moral - 23/04/15


sexta-feira, 24 de abril de 2015

Novo Presidente da Convenção Batista Carioca: "Nosso maior problema é a falta de cooperação!".

Pr. Dejalmir Waldhelm, 
Presidente eleito da Convenção Batista Carioca

Apesar de cansado e com muitas responsabilidades a partir de agora, o novo presidente da Convenção Batista Carioca nos concedeu uma entrevista, respondendo as perguntas na madrugada de hoje. Nosso blog foi o primeiro veículo a transmitir a fala do novo presidente - veja em http://prneemiaslima.blogspot.com.br/2015/04/convencao-batista-tem-novo-presidente.html .

Para facilitar a leitura, esclarecemos:
CBC - Convenção Batista Carioca
CBB - Convenção Batista Brasileira
PAM - Programa de Adoção Missionária
JMN - Junta de Missões Nacionais
JMM - Junta de Missões Mundiais

Entrevista:

1- É a segunda vez que vai presidir a CBC. Fica mais fácil ou mais difícil?

Pr. Dejalmir Waldhelm: Com certeza facilita. A equipe da CBC e seu Executivo já me conhecem e temos uma afinidade. Isto ajuda bastante. E a turma é boa!

2- O que imediatamente precisa ser agido na CBC?

Precisamos tratar com diplomacia a questão dos imóveis entre CBB e CBC. Este é um assunto delicado e tenho orado para que o Senhor nos dê sabedoria na resolução deste impasse.

3- Imbróglio Colégio Batista x CBB, como está e que ações imagina que virão?

Como respondi na pergunta anterior, este é um assunto delicado. Por muito tempo a CBC foi vista com maus olhos pelas demais convenções estaduais. Temos mostrado que as dívidas tem sido administradas; que o número de matrículas no Batista Shepard tem aumentado significativamente; e que estamos revertendo o quadro. Vivemos um tempo de equilíbrio. Mas há muitos desafios pela frente. Creio que chegaremos num consenso.

4- Situação financeira da CBC, como está?

Nosso maior problema está na falta da cooperação (Plano Cooperativo). Da mesma forma que algumas organizações de nossa denominação enfrentaram crises administrativas e as igrejas pararam de apoiar financeiramente, na CBC isto ocorreu nos tempos difíceis. Mas aos poucos, com o excelente trabalho de nosso Diretor, Pr. Nilton, estamos recuperando a credibilidade e o apoio financeiro. Mas lentamente. Matando um leão por dia! Quanto ao trabalho de Missões Rio, já notamos um avanço das igrejas nas adoções do PAM Rio. Cremos que nosso avanço na obra missionária na cidade do Rio será significativo.

5 - Na área de evangelismo e missões, o que pretende?

(Risos) Não tinha visto a pergunta e praticamente respondi na anterior. Temos um Diretor que tem a "veia missionária". Isso é muito bom! O Pr. Ulisses Torres tem coordenado esta área e temos importantes planos de ação missionária. No meu pensar, podemos também buscar aproximação com a JMN e JMM, para capacitação e intensificação de nossa atuação missionária na cidade do Rio, no Brasil e no mundo!

6 - Considerações finais.

Peço orações a todos vocês! Grandes são os desafios! Mas Deus na direção, posso dizer como Paulo: Conseguiremos, pois Ele nos fortalecerá!

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Convenção Batista tem novo Presidente

A Convenção Batista Carioca, que agrega as igrejas batistas da Convenção Batista Brasileira na cidade do Rio de Janeiro, tem novo presidente. 
Trata-se do Pr. Dejalmir Waldhelm (foto). Ele foi eleito em primeiro escrutínio, o que significa dizer que na primeira votação alcançou mais de 50% dos votos válidos.
Através do Pr. Gilson Bifano, diretor do Ministério Oikos, o novo presidente enviou a seguinte mensagem:

"Gente, um abraço, ore por mim, conto com a oração de vocês para a grande responsabilidade que a gente tem aqui. Estou feliz porque na equipe temos o Pr. João Melo, da Primeira Igreja Batista de Vila da Penha, como 1º Vice-Presidente. A professora Nancy Dusileck é a segunda vice. Nelson Taylor é o terceiro vice. Temos uma turma boa. O David Curty como Secretário, conhece tudo de denominação batista. Uma equipe maravilhosa. Orem, orem e orem!".


Mais tarde, entrevista exclusiva!

Logo após a eleição da diretoria, o novo presidente e o 1º vice-presidente recebem o abraço do Pr. Gilson Bifano.

Pastores João Melo, 
Dejalmir Waldhelm e Gilson Bifano

Café com Cristo - Provérbios 16


Investimento no lugar e pessoa certos
Uma das grandes preocupações humanas é onde e em que investir corretamente seus ganhos. Ao lermos Provérbios 16.3 em várias versões temos uma orientação muito interessante:
Almeida Corrigida e Revisada: “Confia ao Senhor as tuas obras, e teus pensamentos serão estabelecidos”.
Nova Versão Internacional: “Consagre ao Senhor tudo o que você faz, e os seus planos serão bem-sucedidos”.
Almeida Revisada: “Entrega ao Senhor as tuas obras, e teus desígnios serão estabelecidos”.
Versão Católica: “Confia teus negócios ao Senhor e teus planos terão bom êxito”.
Sociedade Bíblica Britânica: “Entrega a Jeová as tuas obras, E serão estabelecidos os teus desígnios”.
Confie, consagre e entregue ao Senhor as tuas obras, tudo o que você faz, os teus negócios e teus planos; eles serão estabelecidos, serão bem-sucedidos e terão bom êxito. Há lugar mais seguro e pessoa mais íntegra para receber nossos investimentos? De certo que não!
Está preocupado com os investimentos de sua vida e seu futuro? Converse com Deus, confie n’Ele e tudo será bem feito.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Café com Cristo - Provérbios 15


Tá nervoso, vá pescar!
        Um idoso dirigia no centro de Friburgo quando desatentamente bateu no carro da frente. Desceu de seu carro, dirigiu-se ao motorista do veículo acidentado, que permanecia dentro dele. Quando se aproximou, foi recebido asperamente pelo motorista que lhe empurrou ao abrir a porta com violência.
O velhinho ouviu do motorista bem mais jovem: “Tá vendo a besteira que o senhor fez, não presta atenção, seu velho. O senhor é um irresponsável, sabe que eu sou diretor do Detran da cidade?”.
Calmamente, o idoso replicou: “E eu sou um tenente coronelzinho reformado do Exército”. O homem silenciou-se, pediu desculpas e lamentou o ocorrido. O tenente coronelzinho poderia mandar prender o diretor do Detran. A sabedoria de Provérbios 15.1 é extraordinária: “A resposta branda desvia o furou, mas a palavra dura suscita a ira”.
Em Cabo Frio, aprendi um provérbio: “Deus não conta o tempo em que se passa pescando”. Por este e outros adágios é que se criou a ideia “ta nervoso, vá pescar”.
Encorajo você a seguir em frente, tendo em mente que nossas palavras são instrumentos do bem ou do mal, dependendo de como a usamos.
Que usemos sabiamente as palavras!

Café com Cristo - Série no livro de Provérbios - Capítulos 8º ao 14


Provérbios 8
Incomparável sabedoria

Salomão teve oportunidade de pedir ao Senhor o que desejasse. Pensou e respondeu que seu maior desejo era ser sábio. E foi. Segundo os escritos bíblicos, o mais sábio de todos os homens.
Sabedoria é diferente de conhecimento. Este é conquistado pela informação, educação e se liga à escolaridade. Aquela, à capacidade especial dada por Deus, cremos, para caminhar nesta vida. Nem todo escolarizado é sábio. E nem todo sábio teve oportunidade para escolarizar-se.
O convite à sabedoria em Provérbios 8.6-11 é bem claro: “Ouvi, porque falarei coisas excelentes; os meus lábios se abrirão para a equidade. Porque a minha boca proferirá a verdade, e os meus lábios abominam a impiedade. São justas todas as palavras da minha boca: não há nelas nenhuma coisa tortuosa nem pervertida. Todas elas são retas para aquele que as entende bem, e justas para os que acham o conhecimento. Aceitai a minha correção, e não a prata; e o conhecimento, mais do que o ouro fino escolhido. Porque melhor é a sabedoria do que os rubis; e tudo o que mais se deseja não se pode comparar com ela”.
Que escolha você faz? Conhecimento ou sabedoria? Escolha esta, pois ela levará você a se interessar pela escolaridade. Mas lembre-se: só há sabedoria incomparável com Deus no programa.

Provérbios 9
Prazer temporário
Um menino pobre não tinha lanche para o recreio na escola em que estudava. Percebendo que na mochila do coleguinha tinha um lanche preparado, roubou-o e, estrategicamente, foi ao banheiro e comeu. Chegando à hora do recreio, o menino deu por falta do lanche e foi aquele alvoroço. Mas ninguém sabia quem era o autor do roubo. Contornaram a situação e, aparentemente, tudo foi resolvido.
Curioso que, a partir daquele dia, o menino que roubara o lanche não teve mais paz.  Em todos os momentos, algo lhe lembrava sua conduta errada. Não podia ver o outro menino, não podia ouvir sua voz, não podia ouvir citar o seu nome. Estando no recreio, sua alegria era tirada. Realizando uma prova, sua atenção era roubada. Brincando com os coleguinhas, seu coração tremia. Parecia tudo conspirar contra ele. Não suportando mais, chamou a professora e confessou. Foi perdoado e orientado a não fazer mais.
O ensino de Provérbios 9.17-18 é muito salutar: “As águas roubadas são doces, e o pão tomado às escondidas é agradável. Mas não sabem que ali estão os mortos; os seus convidados estão nas profundezas do inferno”.
Ao ser tentado se apropriar de algo que não é seu, levante a bandeira com o texto acima. Ela te ajudará a vencer o mal.

Provérbios 10
Verdadeira riqueza
Nosso pai sempre nos dizia que a verdadeira riqueza era poder colocar a cabeça no travesseiro e dormir tranqüilo. Sinceramente, não achava nada interessante sua tese, já que vivíamos em pobreza e outros em riqueza.
Passados quarenta anos, concluo que meu pai tinha toda razão. Não há riqueza maior do que esta: Provérbios 10.22-23 ensina isso: “A bênção do Senhor é que enriquece; e não traz consigo dores. Para o tolo, o cometer desordem é divertimento; mas para o homem entendido é o ter sabedoria”.
Somos influenciados por uma cultura que privilegia o ter. Prefere-se o ter e pretere-se o ser. Ser honesto, ser digno, ser cumpridor de deveres, ser sábio e ser correto perdem sentido quando não se tem dinheiro, fama e popularidade. Em sua busca desenfreada, o homem tenta satisfazer os desejos de sua inclinação para o mal com a aquisição de bens.
Ser próspero não é pecado, mas temos que refletir: 1º - Em que consiste a verdadeira prosperidade? 2º - Para sermos prósperos, quebramos princípios estabelecidos por Deus? 3º - Qual é o objetivo de nossa prosperidade?
Na pobreza ou na riqueza, sua vida só alcançará a verdadeira felicidade em Deus. Isso é a verdadeira riqueza.

Provérbios 11
Valores corretos
Sem dúvida, vivemos tempos de grandes inversões de valores. É uma casa suprema que libera marcha de maconha, de vadias e outras coisas mais. Temos que ser maduros para entender que todos podem expressar seus valores, mas devemos lutar para que eles não sejam invertidos.
Quando a sociedade preserva valores traz sobre si bênçãos. Quando os atropela, o mal se instala. É o que diz Provérbios 11.10-11: “No bem dos justos exulta a cidade; e perecendo os ímpios, há júbilo. Pela bênção dos homens de bem a cidade se exalta, mas pela boca dos perversos é derrubada”.
É verdade que há uma atração para o que é mal. Valorizamos demasiadamente a calúnia, a mentira e amplificamos o som das vozes que bradam o que não presta. Estamos na rota dos que invertem valores. E as conseqüências virão, é só esperar.
Encorajo você neste dia a lutar contra todo esse tipo de atitude. Oro para que você, ao tomar este café, tenha coragem de enfrentar a cultura predominante que valoriza o mal e semear o que é bom. Deus estará com você!
E lembre-se: com Deus, um é maioria! Ou tem mais poder que a maioria!

Provérbios 12
As aparências enganam
Um homem, de certa importância, precisou ir à determinada repartição e, ao se dirigir ao balcão e ser atendido por um funcionário, foi tratado com frieza. Vestia-se como gente comum. Passados alguns dias, retornou e, agora de paletó, foi recebido calorosamente pelo mesmo funcionário: “Pois não, doutor. Em que posso lhe ajudar?”.
Parece-me que Provérbios 12.9 ensina algo sobre: “Melhor é o que é estimado em pouco e tem servo, do que quem se honra a si mesmo e tem falta de pão”.
Na Nova Versão Internacional está assim: “Melhor é não ser ninguém e, ainda assim, ter quem o sirva, do que fingir ser alguém e não ter comida”.
A Sociedade Bíblica Britânica registra assim: “Melhor é aquele que é estimado em pouco e tem servo, do que quem se engrandece a si mesmo, e tem falta de pão”.
E a versão católica: “Mais vale um homem humilde, que tem um servo, que o jactancioso, que não tem o que comer”.
Há muita gente que aparenta mais do que é e tem e há quem se mostra menos. Qual é o seu caso? É por isso que concordamos que as aparências enganam. Não viva segundo as aparências, viva como você é!

Provérbios 13
Rico pobre e pobre rico
Conheci um homem que andava com a calça rasgada, pé no chão, chapéu velho e não abria a mão nem para jogar peteca. Quem não o conhecia pensava tratar-se de um pobretão. Era rico.
Trabalhei com um jovem que tinha mais de vinte cintos, não repetia roupa em pelo menos 15 dias, usava os melhores perfumes. Quem não o conhecia pensava tratar-se de um ricaço. Não era pobretão, mas quando chegava o pagamento de sua função inicial no banco praticamente tudo era para pagar contas, algumas com juros de agiotagem
Provérbios 13.7 traz rico ensinamento sobre o assunto: “Há quem se faça rico, não tendo coisa alguma; e quem se faça pobre, tendo grande riqueza”. Outra versão diz: “Alguns fingem que são ricos e nada têm; outros fingem que são pobres, e têm grande riqueza”.
Duas leituras podem ser feitas: 1ª - o que parece rico e é pobre ou vice versa. 2ª - o que é rico mesmo sem ter bens e o que é pobre com muitos bens. Sinceramente, não sei qual é pior.
Riqueza e pobreza são dois conceitos muito abstratos. Por mais que se queira quantificar, não se consegue. Num local de extrema pobreza, quem tem um carro é considerado rico. Num local de grande riqueza, é considerado pobre.
Mas, se os conceitos são abstratos, o dono de todos, pobres e ricos, é concreto. Confie n’Ele, Deus é o dono de tudo.

Provérbios 14
De mulheres sábias o mundo sente falta
Parece-me, sem nenhuma conotação machista, que a mulher tem perdido o seu posto de rainha do lar. Parece notório que o homem evoluiu muito e é comum encontrarmos homens meigos, fazendo o que antes era impossível pensar e muito mais participativos na vida familiar.
Em contrapartida, parece-me, que a mulher, tendo como pano de fundo a conquista de espaços, diminuiu a sua importância dentro da casa, contribuindo decisivamente para que bases muito sólidas fossem desfeitas. Não sei se era o que Salomão antevia ao escrever “a mulher sábia edifica a sua casa, mas com as próprias mãos a insensata derruba a sua” - Provérbios 14.1.
É verdade que a responsabilidade de filhos rebeldes é do homem e da mulher. Mas, parece-me, a impressão que fica é que esse processo de degradação se acelerou com a escolha da mulher em partir para a luta, deixando o lar em segundo plano. É claro que não estou sugerindo retrocesso. Apenas identificando uma leitura que pode não ser a correta.
Sinceramente, sinto saudades do tempo em que a mãe era vista como rainha do lar. Hoje, é uma princesa, quando muito. Os filhos também sentem falta. Eles não querem uma burocrata, uma executiva, querem u’a mãe.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Campanha Minha Família no Altar do Senhor

Nesta quarta-feira, dia 15 de abril, começa a campanha da família na Igreja Batista do Braga. Veja o vídeo abaixo!


segunda-feira, 13 de abril de 2015

Café com Cristo - Série no livro de Provérbios - Capítulos 1º ao 7º


A série de Provérbios implica em comentar cada capítulo por dia a partir de versículo destacado. Sugerimos que se leia o capítulo correspondente na íntegra.

Provérbios 1
Fuja dos pecadores
O primeiro capítulo de Provérbios traz, dentre os ensinamentos, um apelo ao filho para fugir dos pecadores. É um apelo contundente: “Filho meu, se os pecadores procuram te atrair com agrados, não aceites... se disserem: vem conosco a tocaias de sangue; embosquemos o inocente sem motivo; traguemo-los vivos, como a sepultura; e inteiros, como os que descem à cova; acharemos toda sorte de bens preciosos; encheremos as nossas casas de despojos; lança a tua sorte conosco; teremos todos uma só bolsa! Filho meu, não te ponhas a caminho com eles; desvia o teu pé das suas veredas”.
Mas fugir de quem, se todos são pecadores? Há uma diferença entre pecadores no sentido de herança do pecado e decisão deliberada de cometer o mal. Assim, o fugir dos pecadores significa fugir daqueles que insistem em praticar o mal. Lembro-me de vários amigos meus de infância que brincaram com o pecado e suas vidas foram ceifadas ainda bem jovens.
Você quer viver bem? Fuja de quem tem prazer em praticar o mal, pecar. Além de cavarem suas próprias covas, levam outros com eles. Estando com eles, seja um mensageiro a convidá-los a fugirem do mal.

Provérbios 2
Herdeiros da terra
Uma das bem-aventuranças proferidas por Jesus assegura que “os mansos herdarão a terra”. Provérbios 2.20-22 afirma: “Porque os retos habitarão a terra, e os íntegros permanecerão nela. Mas os ímpios serão arrancados da terra, e os aleivosos serão dela exterminados”.
Um olhar precipitado sugere que há uma maldade no sentido de punição aos que praticam o mal. Raciocine da seguinte maneira: a própria prática do mal leva muitos a se digladiarem entre si e uns eliminarem os outros. É muito comum encontrar parceiros no mal que se tornaram inimigos.
A orientação diz respeito a destacar a diferença entre a conduta dos retos, íntegros e os ímpios. Embora, aparentemente, gente do mal conquiste mais do que os justos, a verdade é que seu domínio tem sempre uma data de validade. É também muito comum encontrar geração futura de quem conquistou desonestamente na pobreza. Soube de um jovem vivendo na pobreza, seus pais foram ricos, mas riqueza conquistada duvidosamente.
Não inveje quem conquista desonestamente. O tempo mostra que só os retos e íntegros conquistam verdadeiramente a terra.

Provérbios 3
Conselhos com promessas específicas
Provérbios 3.7-10: “Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal. Isto será saúde para o teu âmago, e medula para os teus ossos. Honra ao Senhor com os teus bens, e com a primeira parte de todos os teus ganhos; e se encherão os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares”.
1º conselho: Não sejas sábio a teus próprios olhos.
2º conselho: Teme ao Senhor.
3º conselho: Aparta-te do mal.
As promessas para esses três: Isto será saúde para o teu âmago, e medula para os teus ossos.
4º conselho: Honra ao Senhor com os teus bens.
5º conselho: Honra ao Senhor com a primeira parte de todos os teus ganhos.
As promessas para esses dois: E se encherão os teus celeiros e transbordarão de vinho os teus lagares.
Todos querem as promessas. Mas nem todos querem obedecer aos conselhos. E não há conquista de promessas sem obediência aos ensinos.
Você quer ser abençoado com as promessas? Obedeça ao Senhor e observe os seus ensinos. O poeta afirmou: “Crer e observar tudo quanto ordenar, o fiel obedece ao que Cristo mandar”.

Provérbios 4
Até ser dia perfeito
  Uma ênfase teológica atual sinaliza dias melhores aqui na terra do ponto de vista de prosperidade. Provérbios 4.18 apresenta uma vertente mais abrangente: “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando cada vez mais até ser dia perfeito”. Outra versão clarifica: “O caminho do justo é como a luz da alvorada, que brilha cada vez mais até a plena claridade do dia”.
A ideia é de trajetória que tem seu final com a partida para a eternidade, mesmo que este conceito não fosse claro para o autor. Outra ideia é a de uma vida longeva que experimenta o respeito e admiração dos outros. Em contraste, o verso 19 é aterrorizador: “Mas o caminho dos ímpios é como densas trevas, nem sequer sabem em que tropeçam”.
A maturidade cristã traz em si a distinção entre o aqui e o ali, o agora e o depois, o cá e o lá. Registrou bem Sérgio Pimenta: “Lá, está o meu tesouro, lá onde não há choro, onde todos cantaremos juntos hinos de louvor”.
Nosso dia perfeito não está aqui, está lá. Só há perfeição onde o pecado não tem mais influência. E isso só é possível no céu com o domínio do perfeito Deus. Lá, também, alcançaremos a perfeição.

Provérbios 5
Bendita visão
Há uma acentuada e preocupante perda de visão do ser humano. Isso tem provocado uma corrida aos profissionais que tratam do assunto e o comércio de óticas tornou-se um bom negócio. Alguns afirmam que a exposição à claridade o tempo todo, inclusive na hora de dormir, tem prejudicado sensivelmente. Sugere-se, inclusive, que no quarto não se tenha televisão (mesmo desligada no controle, permanece acesa a luzinha vermelha) rádio com mostrador iluminado, telefone celular ou abajur com iluminação fraca.
Essa experiência humana não é a mesma por parte de Deus: “O Senhor vê os caminhos do homem e examina todos os seus passos” - Provérbios 5.21. Ele não apenas vê, mas examina. É parte de sua natureza a onisciência. Nada fica oculto a Ele.
Duas atitudes pode-se ter ao se relacionar com a onisciência de Deus: 1ª - temor por causa dos nossos pecados. 2ª - segurança, pois ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó. O temor não pode se transformar em medo para que descansemos na certeza que Ele sabe de nossas necessidades.
Bendita visão! A de Deus!

Provérbios 6
Preguiçoso não tem sucesso

        Provérbios 6.6-11 é um precioso texto sobre o preguiçoso: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos, e sê sábio. Pois ela, não tendo chefe, nem guarda, nem dominador, prepara no verão o seu pão; na sega ajunta o seu mantimento. Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono? Um pouco a dormir, um pouco a tosquenejar, um pouco a repousar de braços cruzados, assim sobrevirá a tua pobreza como o meliante, e a tua necessidade como um homem armado”.
Pr. Lécio Dornas pregou um sermão com base neste texto com o título “Epidemia da preguiça” e destacou:
O preguiçoso não é pró-ativo (As formigas não tem líder, nem chefe, nem governador, mas realizam muito);
O preguiçoso não é previdente (Guardam comida no verão, preparando-se para o inverno);
 O preguiçoso não tem prontidão em agir (Até quando você vai ficar deitado?);
O preguiçoso vive perdendo oportunidades (Eu vou dormir somente um pouquinho...);
 O preguiçoso acaba em ruínas (Enquanto ele dorme, a pobreza o atacará como um ladrão).
É comum nos preletores motivacionais o uso da frase de efeito: “O único lugar em que sucesso vem antes de trabalho é no dicionário”.
Quer ter sucesso? Trabalhe.

Provérbios 7
Tesouros de grande valor

Certo sitiante soube de uma propriedade que tinha um grande tesouro escondido sem que soubessem. Procurou se informar e, supostamente descobrindo-a, vendeu a sua e comprou a que mudaria sua vida. De posse, começou a cavar e procurar com insistência. Anos se passaram e nada. Certo dia, encontrou-se com o proprietário que ficara com a sua. Descobre que estava muito rico e soube que descobrira um grande tesouro na propriedade que comprara dele.
Muita gente está procurando tesouros escondidos. Alguns partem para qualquer atividade que lhes possa garantir riquezas. Provérbios 7.1-3 apresenta tesouros disponíveis para quem quiser: “Filho meu, guarda as minhas palavras, e esconde dentro de ti os meus mandamentos. Guarda os meus mandamentos e vive; e a minha lei, como a menina dos teus olhos. Ata-os aos teus dedos, escreve-os na tábua do teu coração”.
Guardar os mandamentos é sinal de vida. Escondê-los dentro de si era parte do processo. Não basta guardar, é preciso esconder no coração, pois dele procedem as decisões da vida.
Você está à procura de tesouros? O maior tesouro é sua vida. No texto acima está o caminho para encontrá-la.
Deus te abençoe!

sábado, 11 de abril de 2015

Deus se arrepende? - Lição da Escola Bíblica Dominical

Texto que será estudado nas classes da Escola Bíblica Dominical no dia 12 de abril de 2015 nas Igrejas Batistas da Convenção Batista Fluminense.

Pr. Dr. Vanderlei Batista Marins*

Texto Bíblico: Gênesis 6.6; Números 23.19

Introdução: 
A expressão “arrependeu-se o Senhor” não cai bem aos nossos ouvidos, pois traz-nos a ideia de limitação, de equívoco, de falta de conhecimento pleno, de mudança de direção, de caráter ou de propósitos inerentes a um ato não recomendável. Obviamente que ela não surge da tristeza do Senhor por más ações praticadas, pois Ele é soberano, santo (Is 6.1-3), presciente (Gn 15.13); onisciente (Jo 21.15-17; Rm 11.33) e não é o homem (1Sm 15.29). Deus não muda em essência, muda atitude e métodos, de acordo com o relacionamento do homem com Ele. Quando o homem se distancia e desobedece, a relação de comunhão fica alterada para uma relação de correção (Jr 6.8) ou de repreensão (Jó 5.17), mas promovendo felicidade pelo acerto.
Sabemos que a Bíblia é a Palavra de Deus em linguagem humana, portanto, há de se levar em consideração que os escritores sagrados tenham colocado em termos humanos os ideais divinos. Por essa razão, encontramos na Bíblia várias passagens em que são atribuídos sentimentos e formas humanas a Deus. Esse recurso auxiliou as pessoas ao longo da história, mas em determinados momentos tem provocado certa confusão na cabeça de alguns, que, por falta de um conhecimento mais amplo da Bíblia ou da Teologia, tentam explicar Deus a partir de si mesmas e de suas conclusões.
Deus não é um Deus de confusão (1Co 14.33), mas de esclarecimento; e podemos provar isso por meio de sua Palavra.

I - Explicando a Palavra pela própria Palavra
A regra básica da hermenêutica é que a Bíblia interpreta a própria Bíblia, ou seja, ela se explica, não sendo apropriado utilizar-se dela para justificar pensamentos ou conjecturas; estes é que precisam ser submetidos ao crivo da Palavra.
Em Gênesis 6.6 encontramos: “Então, se arrependeu o Senhor de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração”. Essa é a primeira vez que o verbo “arrepender” aparece na Bíblia, a partir daqui nos deparamos com outras referências, dentre elas: Êx 32.14; Jr 18.7,8; 26.3,13,19; Jn 3.10. Originalmente, ela parece refletir a ideia de “respirar profundamente” e, por conseguinte, a manifestação física dos sentimentos da pessoa, geralmente tristeza, compaixão ou pena. Percebem como são atitudes comuns a nós, seres humanos? Assim, fazendo e sentindo, podemos compreender um pouco daquilo que se passa no “coração” de Deus, quando observa o que os seus filhos estão fazendo, como estão agindo.
Todas as vezes que atribuímos formas humanas a Deus, como por exemplo: a mão de Deus, o coração de Deus, os pés de Deus, estamos empregando um antropomorfismo. Nos textos citados acima, encontramos exemplos de antropopatismo, quando atribuímos um sentimento humano a Deus. Em qualquer idioma a construção linguística carece de alcance ou significado para explicar os sentimentos de Deus; diante dessa ausência, o homem não tem outra opção, senão atribuir-Lhe os seus próprios sentimentos.
Em Gênesis 6, Deus determina o dilúvio como um ato de julgamento, mas não se gloria nessa ação, antes, sofre profundamente. Podemos, então, entender que o julgamento pelo pecado é inevitável, mas a fidelidade de Deus aos homens sempre será inalterada e irretocável, conforme o exemplo de Noé (Gn 7.1).

II – Não confundir o arrependimento de Deus com o arrependimento humano
         No Antigo Testamento encontramos duas palavras utilizadas para expressar arrependimento. A palavra “arrepender-se”, do hebraico “naham”, na maioria das vezes, refere-se à compaixão de Deus, quase sempre, mostrando a atitude divina. Descreve de modo antropopático (atribuição de sentimentos humanos a Deus) a mudança do tratamento divino para com o homem, como se a mudança se operasse em Deus (Gn 6.6; 1Sm 15.29; Jn 3.4-10; 1Cr 21.15; Am 7.3).
O que vemos nas passagens bíblicas, que parecem atribuir mudança em Deus, são recursos divinos para ilustrar os variados métodos utilizados por Ele em sua soberania; bem como representações antropopáticas da imutabilidade de Deus nas muitas e variáveis condições morais humanas. Por exemplo, Deus não trata o ímpio e o justo da mesma forma. A imutável santidade divina não permite tal coisa. O mesmo ocorre quando o justo se torna ou age como o ímpio. O tratamento de Deus para com ele também deve mudar, pois precisará ser corretivo, exortativo. Deus abranda ou muda Sua maneira de lidar com as pessoas, de acordo com Seus propósitos soberanos, mas não muda na Sua essência, Ele não é inconstante. O ser humano, sim, muda de uma condição para outra, muda de melhor para pior e vice-versa; está em constante mudança. Devemos, então, interpretar Gênesis 6.6 à luz de Números 23.19.
Na maioria dos textos bíblicos que se refere ao arrependimento dos seres humanos, encontramos outra palavra, “Shûb”, do hebraico “voltar-se, retornar” (Is 55.7). Nesse sentido, esse verbo aparece inúmeras vezes, demonstrando claramente a responsabilidade humana no processo de arrependimento (Jr 4.14; Is 24. 23).
No arrependimento humano encontramos mudança na essência. Há uma mudança moral; uma decisão consciente de voltar-se para Deus e desviar-se do mal (Ez 14.6; Is 6.6).

III - Não confundir arrependimento com remorso
Arrepender-se, no bom sentido, é do homem, pois ele pode, enquanto há tempo, voltar-se para Deus, abandonar os seus maus caminhos (2Rs 17.13), redirecionar a sua vida; mudar na essência. O arrependimento é algo saudável, já o remorso... “é o passado que continua”. Não há mudança, mas pavor, incômodo e tristeza. Foi o caso de Judas (Mt 27.3-5), quando percebeu que o Sinédrio havia condenado Jesus. Ele não mudou de ideia (arrependimento), mas lamentou as consequências de sua atitude, traindo Aquele que o amou, chamou-o para o ofício apostólico e com quem conviveu um período da vida. Ele procurou os líderes religiosos que pagaram pelos seus serviços de deslealdade ao Mestre e amigo (Mt 26.49,50), para devolver o dinheiro, confessando que havia traído sangue inocente, mas eles responderam que não tinham nada com a situação, era um problema dele. Então jogou as 30 moedas, fruto de seu trabalho repugnante e ilícito, no santuário e foi enforcar-se.
  Pela Palavra, aprendemos que o arrependimento, dádiva do Senhor (At 5.31), nos leva ao conhecimento e à prática da verdade (2Co 7.10).
Em Jesus, somos convidados a deixar as coisas da velha vida para trás e vivermos uma nova vida (2Co 5.16,17). Por mais terrível que seja o erro cometido, há perdão para ele (Is 1.18). O pecado não é uma mancha inapagável, pois, mediante a conversão, que é graça concedida por Deus, todos que o recebem podem redirecionar suas vidas; e isso vai além da contrição e da tristeza. O amor de Deus se adapta a cada modo, variante ou condição de Seus filhos, na direção dos passos deles.

Para pensar e agir
Deus é perfeito e imutável em Seus pensamentos e propósitos (Tg 1.17), mas muda de procedimentos e atitudes mediante alteração no relacionamento do homem com Ele. Como está o seu relacionamento com Deus?
Deus não é homem para se arrepender (1Sm 15.29 ), mas deve o ser humano arrepender-se sempre que for necessário. Isso é louvável, agradável, é do homem.
A atitude do Senhor para com o homem leva em conta a forma como este reage à Sua Palavra e vontade. Quem é livre para escolher, precisa ser responsável para assumir as consequências dessas escolhas e atos.
Que haja em nosso coração, sempre que for necessário, o arrependimento. E que não haja em nós e nas nossas relações o remorso – um passado que continua.


Leitura diária:
Segunda-feira: Malaquias 3.1-12
Terça-feira: Daniel 5.1-31
Quarta-feira: Hebreus 12.4-13
Quinta-feira: Salmos 39.11-13
Sexta-feira: Provérbios 3.5-12
Sábado: Jonas 3.3-10
Domingo: Apocalipse 2.5;3.19

* Quem escreveu:
Vanderlei Batista Marins é natural de São João da Barra, hoje, São Francisco do Itabapoana – RJ. É pastor titular da Primeira Igreja Batista em Alcântara desde 05/05/2001. Doutor em Teologia, pela Cohen University & Theological Seminary (Califórnia – EUA), onde também obteve o grau de Mestre em Divindade. É Mestre e Bacharel em Teologia, pelo Seminário Teológico Batista Fluminense e Bacharel em Ciências Jurídicas, pela Universidade Salgado de Oliveira. É licenciado em Filosofia e Pós-Graduado em Docência do Ensino Superior, pela Faculdade Phênix de Ciências Humanas e Sociais do Brasil. Autor de Excelência no Ministério Pastoral (Niterói, editora Epígrafe, 2009) e do Capítulo 17 – Família – Comentários à Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira. É presidente da Convenção Batista Brasileira e da Convenção Batista Fluminense, professor de Teologia e Diretor do Seminário Teológico Batista Gonçalense.
Casado com a Professora Rita de Cassia Miranda Marins, pai de Mikhael Wander, de Eber Jonathas, casado com Larissa e, de Fátima, casada com Adriano.
Servo de Jesus, agradecido por ter sido chamado para o Ministério Pastoral, que ama e respeita a Igreja de Deus, que gosta de gente e deseja que todos sejam alcançados pela salvação e edificação em Cristo Jesus.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Musical de Páscoa

Apresentado na Igreja Batista do Braga, dia 05 de abril de 2015

sábado, 4 de abril de 2015

Deus existe? - Lição da Escola Bíblica Dominical

Texto que será estudado nas classes da Escola Bíblica Dominical no dia 05 de abril de 2015 nas Igrejas Batistas da Convenção Batista Fluminense.

Pr. Dr. Vanderlei Batista Marins*

Texto Bíblico: Atos 17.16-34

Introdução: 

A Bíblia não está preocupada em provar a existência do Senhor e sustentador do universo, mas em afirmar a sua gloriosa e inconfundível existência (Gn 1.1). Deus é um ser perfeito, que se mostrou à raça humana através de suas obras naturais, o universo físico (Sl 19.1; Rm 1.19,20), e da Pessoa bendita de seu Filho, Jesus Cristo (Jo 1.14). Tudo o que Deus criou dá testemunho de seu majestoso poder e existência, que não é criada, pois Ele é eterno, é autoexistente.
O apóstolo Paulo, ao pregar em Atenas, grande centro da intelectualidade, desenvolveu o seu ministério entre os judeus na Sinagoga e entre os gentios na praça. Nos embates diários, conheceu alguns filósofos que, após indagação, levaram-no ao Areópago com o seguinte pedido: “Poderemos saber que nova doutrina é essa que ensinas? Posto que nos trazes aos ouvidos coisas estranhas, queremos saber o que vem a ser isso” (At 17.18-20).
Diante de tamanha oportunidade, o apóstolo fala da postura deles com a divindade, afirmando que quem eles honram como desconhecido é o que ele conhecia e anunciava: um Deus que é Espírito, que fez o mundo e todas as coisas nele existentes, que não se limita às ações humanas, que faz as gerações dos homens, que não está longe, podendo ser encontrado por todos que O buscam, que é a razão da nossa existência, que não leva em conta o tempo da ignorância, que deseja o nosso arrependimento e que é justo juiz (At 17.24-31). Um Deus que além de ser transcendente (Ser infinitamente acima de todo o ser criado) é imanente (não se encontra à parte de sua criação, acha-se presente).

I – Seu nome provoca inquietações e faz diferença

Independente das pessoas serem cultas ou indoutas, o nome de Deus mexe, provoca reações e faz diferença (At 17.6; Lc 8.35-37; Jo 6.68,69). Isso por ser Ele um ser vivo, atuante, perto do homem e que tem o governo de tudo nas dimensões física e espiritual.
Os atenienses estavam mergulhados na idolatria, evidenciando uma religiosidade ignorante, conquanto fossem da terra da educação, da cultura e da filosofia. Essa situação incomodou e comoveu o apóstolo Paulo, levando-o a pregar aos filósofos epicureus, aqueles que viam o prazer como a mais destacada finalidade da vida e, aos estóicos, que lecionavam que tudo é Deus. Afirmou, ainda, que eles eram religiosos em extremo, mas que não conheciam o verdadeiro Deus (At 17.24-31). Quando ouviram falar da ressurreição dos mortos, logo vieram as reações: uns escarneceram, outros postergaram e outros creram (At 17.32-34). Esta é a grande maravilha da presença e atuação de Deus!
Por ser um assunto inquietante, deparamos com vários pensadores usando argumentos diversos para afirmar a existência de Deus a partir do universo, da história universal, das percepções humanas, da experiência cristã e da fé. É claro, que se negarmos a existência de um criador, resta-nos afirmar que os átomos são a causa de tudo. Sobre a grandeza de Deus e o seu nome fazendo diferença é encantador saber de um Ser Superior, que está acima e que pode mais. Nem os mais resistentes e descrentes ficam impassíveis diante da beleza da criação. As coisas que estão à nossa volta, as que estão em nós e aquelas que por séculos falam de Deus, testemunham de sua existência, assim como a nossa experiência pessoal e a fé, dádiva do Senhor, que é a prova daquilo que se não vê (Hb 11.1).
Também não se deve deixar de mencionar os argumentos: Cosmológico – onde o evento causado deve ter uma causa, fornecendo a ideia de um poder causativo; Teleológico – leciona sobre a presença de uma inteligência voluntária que dá causa a um resultado, promovendo a ideia de uma inteligência criativa; Antropológico – trabalha a realidade de um Ser pessoal, que comanda tudo com propriedade e justiça. Patrocina a ideia de pessoalidade e impecável senhorio; Ontológico – admite a existência de Deus a partir de ideias abstratas e necessárias da mente humana, evidenciando a possibilidade de um Ser notável, grandioso, criador, legislador e pleno de infinitude e perfeição.

II – Seu poder e autoridade são mostrados sobre a criação

Deus é o autor de tudo que existe (At 7.50), seu poder é inigualável e seu nome é santo e poderoso (Dt 10.17), o Deus pessoal da revelação, o Senhor soberano dos céus e da terra (1Tm 6.15), que mostra-se (Rm 1.20), fala (Gn 8.15), atua e manifesta sua vontade.
Seu poder e autoridade estão intimamente ligados à sua Pessoa, pois é através dela que eles são evidenciados. Nós somos reflexo desta Pessoa divina, fomos criados à Sua imagem e semelhança (Gn 1.27) para sermos responsáveis, mediante o Seu chamado, com o fim de promovermos o Seu reino, glorificando o Seu nome.
Paulo descreve para os atenienses, a Pessoa de Deus e os seus feitos maravilhosos. Afirmando ser Ele diferente dos deuses da religiosidade daquele povo, pois não habita em templos feitos por mãos humanas (At 17.24) e que somos sua geração, seu povo exclusivo (Sl 100.3), razão porque é impossível identificá-lo com as imagens de madeira, de prata ou de ouro lapidadas por mãos humanas (At 17.29). Diz ainda que o Senhor não leva em conta esse tempo de ignorância, desde que haja arrependimento (At 17.30), pois Deus não é resultado daquilo que Ele faz e nem pode ser visto como sendo a expressão da sua criação. Ele é maior do que os seus feitos, embora em todos eles percebamos o seu poder e a sua autoridade (Sl 8.3;19.1), que se revelou completa e cabalmente em Jesus (Jo 14.9), para que com justiça pudesse julgar o mundo (At 17.31).

III – Seus atributos apontam a existência de um Ser incomparável

Deus é incomparável por ser isento de contradições, justo em suas ações (Êx 9.27) e amoroso em suas relações (Rm 5.8). Ele é perfeito e espera que este ideal seja o nosso alvo nesta peregrinação (Mt 5.48). Tudo isso e infinitamente mais pode ser visto em seus atributos, características atribuídas a um ser, a essência da perfeição divina. É impossível descrever com precisão a pessoa de Deus, por ser Ele infinito e nós finitos; eterno e nós criados; perfeito e nós imperfeitos. O que sabemos a seu respeito é pela Palavra por Ele mesmo revelada sob inspiração divina e, então, podermos construir alguns conceitos a seu respeito, mas nunca defini-lo.
Os atributos de Deus podem ser divididos, para melhor compreensão, em:
1. Naturais ou incomunicáveis – Aqueles que somente encontramos em Deus, não são comunicados ou transmitidos a ninguém: Onisciência é o seu pleno conhecimento (Jó 38.18-37; Rm 11.33-36). Onipotência é poder perfeito, amplo e total (Gn 17.1-7; 18.14; Is 40.26-29). Onipresença é porque não se limita ao tempo ou espaço (Sl 139.7-12). Imutabilidade, n’Ele não existem dúvidas ou variações (Tg 1.17), sua essência é inalterável (Hb 1.12). A Eternidade se refere à natureza de Deus, que não tem começo, fim e nem sucessão de tempo (Dt 32.40; Sl 90.2; Is 41.4), e que não há surpresa para Ele, pois tudo é patente aos seus olhos (2Pe 3.8; Ap 1.8). A Imensidade mostra que a natureza de Deus não é sujeita à extensão e nem à limitação de espaço (1Rs 8.27; Rm 8.38-39). A Unidade comprova que a natureza divina é indivisível (Dt 6.4; Is 44.6; 1Co 8.4; Ef 4.5,6), ou seja, seus atributos são inerentes à sua essência, não havendo existências separadas.
2. Morais ou comunicáveis – Aqueles que Deus compartilha com os homens: Santidade é ser separado e purificado (Êx 15.11; 1Pe 1.16; Hb 12.14), é dádiva de Deus em Cristo (Ef 4.24). Bondade é expressão de oportunidade, amparo e investimento (Is 63.7; Rm 15.14) e refere-se a Deus compartilhando com os que foram criados à sua semelhança, a sua própria vida e dádivas (2Pe 1.3; Rm 8.32). A Justiça diz respeito à maneira plena de Deus ser, de agir e ao tratamento impecável quanto à forma, essência e aplicabilidade de todas as coisas (Dt 32.4). O amor é a sua essência (1Jo 4.8), é doação, é ofertar-se para abençoar (Sl 145.9; Jo 3.16).

Para pensar e agir

Há pessoas que passam a vida toda tentando provar a inexistência de Deus. Muitas vezes isso acontece porque há um sentimento de grandeza por parte do homem e este passa a temer a ideia de ser destronado por alguém maior do que ele.
Também há aqueles que, embora creiam que pertençam a Deus, vivem como se Ele não existisse – uma grande contradição. Cabe àqueles que foram alcançados por Deus em Sua misericórdia, fazê-Lo conhecido, principalmente por meio do testemunho de verdade e de vida.
Independente do ser humano acreditar ou não na existência de Deus, todas as coisas criadas apontam para esta realidade, além da Palavra que, sem sombra de dúvida, mostra a sua existência criadora e preservadora de todas as coisas.

Leitura diária:
Segunda-feira: Gênesis 1.1,2
Terça-feira: Salmos 66.8,9; 145.13-21
Quarta-feira: 2Crônicas 7.14-16
Quinta-feira: Deuteronômio 10.17,18
Sexta-feira: João 3.16; 13.35; 15.9,10
Sábado: Salmos 119.137-142; 1Pedro 3.18; Apocalipse 15.3
Domingo: Judas 24,25

* Quem escreveu:
Vanderlei Batista Marins é natural de São João da Barra, hoje, São Francisco do Itabapoana – RJ. É pastor titular da Primeira Igreja Batista em Alcântara desde 05/05/2001. Doutor em Teologia, pela Cohen University & Theological Seminary (Califórnia – EUA), onde também obteve o grau de Mestre em Divindade. É Mestre e Bacharel em Teologia, pelo Seminário Teológico Batista Fluminense e Bacharel em Ciências Jurídicas, pela Universidade Salgado de Oliveira. É licenciado em Filosofia e Pós-Graduado em Docência do Ensino Superior, pela Faculdade Phênix de Ciências Humanas e Sociais do Brasil. Autor de Excelência no Ministério Pastoral (Niterói, editora Epígrafe, 2009) e do Capítulo 17 – Família – Comentários à Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira. É presidente da Convenção Batista Brasileira e da Convenção Batista Fluminense, professor de Teologia e Diretor do Seminário Teológico Batista Gonçalense.
Casado com a Professora Rita de Cassia Miranda Marins, pai de Mikhael Wander, de Eber Jonathas, casado com Larissa e, de Fátima, casada com Adriano.

Servo de Jesus, agradecido por ter sido chamado para o Ministério Pastoral, que ama e respeita a Igreja de Deus, que gosta de gente e deseja que todos sejam alcançados pela salvação e edificação em Cristo Jesus.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Sermão "Apenas uma palavra!"

Pregado na Igreja Batista do Braga no dia 29 de março de 2015, culto da noite.