A VIDA COMO UMA ONDA*
Sou adepto do Surf, e embora possa parecer estranho um pastor curtir um esporte como esse, é um tempo que tenho de reflexão com Deus, em contato com a natureza. Hoje surfo de longboard – temporariamente, espero – é um estilo de surf mais para coroas, pranchas grande, grossas e que não necessitam de tanta agilidade mais de equilíbrio. Especialmente nesse dia (04/04/2011) em que acordei mais velho (38 anos), com menos cabelo, resolvi compartilhar esta crônica e falar do desafio de se equilibrar na onda da vida.
Viver é como escolher a onda certa, se consegue fazer a escolha correta você dropa toda a onda e chega ao fim realizado, mas para que consiga chegar ao fim é preciso se equilibrar muito bem e manobrar corretamente, vencendo os obstáculos que se colocam na parede da onda. É preciso vencer a sua força, é preciso vencer as leis da gravidade e fazer da física sua aliada.
Assim como na onda, devemos escolher nossos caminhos de forma correta, avaliar os caminhos que nos norteiam e procurar fazer tais escolhas mais precisas possíveis para que no movimento da vida não sejamos derrubados da parede da onda, pois aí encontramos o fim.
Como na onda a vida pode ser abreviada, um movimento brusco, a displicência quanto aos obstáculos podem custar a vida. Eu particularmente acredito que Deus, o criador do Universo, da natureza e do homem, deseja que todos morram, ou terminem a sua onda, por falência múltipla dos órgãos, doença mais comum da velhice.
Mas como na onda, a mesma pode ser abreviada por nossas escolhas. No mar da vida, o equilíbrio é fundamental e as ondas que escolhemos precisam ser as melhores, as que abrem para as laterais, ampliando a caminhada, que dá sustentação a aventura de viver e nos deixam completar os nossos dias, ou seja, chegar feliz e satisfeito ao fim da onda. Sair do mar da vida completamente satisfeito, com a sensação de missão cumprida, de sucesso, de não ser engolido pela onda, mas de ter alcançado o objetivo, se equilibrar até o fim.
Fico feliz, pois, ainda estou no movimento em direção a crista da onda, ou LIP, para os que não entendem a complexa linguagem do surf, tenho ainda vinte e dois anos até o topo da onda, para dar então um Cut Back, manobra que nos faz descer do topo para a base da onda. Seja como for se cumprir a minha missão sairei do mar satisfeito e por causa da grande e perfeita onda que escolhi ainda que se abrevie o tempo, sairei do mar feliz, pois a minha onda é linda e as minhas manobras são belas e me motivam a continuar a minha jornada aproveitando cada segundo, pois por maior que a onda possa ser uma hora ela termina, e o que fica é a sensação ter o prazer imensurável de percorrer toda ela.
Que Deus possa abençoar a sua vida, como tem feito com a minha.
Pr. Emerson Brasiliano Silva
Pastor Auxiliar da Segunda Igreja Batista em Cabo Frio - RJ
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