A proposta era aparentemente simples: naquele dia nada pediríamos a Deus. Só agradeceríamos. Terminaríamos o dia com um culto à noite, também só para agradecer.
Foi horrível. Quando vinha o impulso para orar, logo a mente fervilhava de motivos para pedir. Como eu estava proibido de pedir, agradecia.
Confesso que, ao final do dia, foi como se não tivesse orado. Meu desejo era que as horas logo passassem para poder voltar ao normal, readmitida a estação das solicitações.
Como não orar pelo amigo que luta contra o câncer? Como não pedir pela jovem que briga contra seu vício de drogas? Como não me juntar ao irmão que deseja um emprego? Era como se estes motivos não pudessem esperar pela manhã seguinte.
O mal-estar de não pedir revela muito sobre quem somos. Também mostra como vemos Deus: uma máquina dispensadora de bênçãos.
Meu jejum (não de comida, mas de orações intercessórias) escancarou o meu egoísmo, travestido de boas intenções.
Pedir é natural. Agradecer é espiritual.
É longa a jornada.
Desejo-lhe um BOM DIA.
Israel Belo de Azevedo
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