Por Robert J. Tamasy
No mercado de trabalho falamos de “ergonomia”, o “estudo da relação entre trabalhadores e seu ambiente, especialmente no que se refere aos equipamentos que utilizam”. Tudo é levado em consideração, desde ruídos ao design das cadeiras, localização de computadores e análise do ambiente de trabalho. Porém, outro tipo de “ambiente” também merece atenção – o espaço onde as pessoas podem maximizar seus talentos, dons, experiências e paixões.
Quando eu era editor de um jornal de bairro, havia um membro do quadro de funcionários que era como o proverbial pino redondo que tenta se encaixar no buraco quadrado. Eu vou chamá-lo de Mary. Como a equipe editorial era pequena, nós a experimentamos em várias funções.
De início eu a designei para cobrir reuniões das diretorias e comissões escolares. Depois ela passou a escrever sobre atividades sociais e eventos femininos. Ela passou também por reportagens esportivas. Mary era disposta e trabalhava arduamente, mas nenhuma dessas funções parecia ideal para ela.
Finalmente, quando tive que demitir o fotógrafo de tempo integral, perguntei a Mary se ela gostaria de tentar essa função. Ela brilhou como uma lâmpada de 1.000 watts - encontrou seu nicho, trabalho que realizou com paixão. Tornou-se uma empregada feliz e realizada. Levou tempo, mas descobrimos o lugar a que ela pertencia em nossa equipe. Para mim foi recompensador ajudá-la a encontrar alegria no trabalho que desempenhava.
Uma das mais importantes responsabilidades de um líder é capacitar seus liderados a encontrar seu “ambiente”, a área de interesse e experiência na qual podem florescer. O antigo lema do exército americano era: “Seja o que você pode ser!” A Bíblia reafirma a importância dessa função:
Somos dotados de forma exclusiva. Não há dois indivíduos iguais, nem fisicamente nem em termos de habilidades, interesses e paixões: “Eu Te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável” (Salmos 139.14).
Todos têm um propósito específico a cumprir. Deus determinou um propósito específico para cada um de nós. Como líderes, podemos auxiliar na busca desse propósito e capacitar as pessoas a cumpri-lo. “Antes de formá-lo no ventre Eu o escolhi; antes de você nascer, Eu o separei” (Jeremias 1.5).
O líder extrai mais – e o melhor – de seus liderados. Jesus contou a “parábola dos talentos”, na qual um homem de negócios testou a capacidade de seus servos de gerenciar os interesses dele. De igual modo, os líderes são responsáveis pela propriedade e também pela utilização apropriada dos recursos humanos que administra. “Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito” (Mateus 25.21).
O líder faz do cuidado com seus liderados sua prioridade. Se os liderados não estão florescendo, precisamos investigar o motivo. Podemos estar esperando que eles sejam como os pinos quadrados tentando se encaixar em buracos redondos. “Esforce-se para saber nem como as suas ovelhas estão, dê cuidadosa atenção aos seus rebanhos” (Provérbios 27.23).
*Vice-presidente de comunicações da Leaders Legacy, corporação beneficente com sede em Atlanta. Georgia, USA. Com mais de 30 anos de trabalho como jornalista, é co-autor e editor de nove livros.Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes (fortes@cbmc.org.com)
MANÁ DA SEGUNDA é uma refelxão semanal do CBMC - Conecting Business and Marketplace to Christ, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial.
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