Auditor Fiscal do Trabalho e membro da Primeira
Igreja Batista de Pila, Duque de Caxias
O pedido de renúncia de Bento XVI
Não somente os católicos, mas o mundo ficou perplexo com o pedido de renúncia do Papa XVI. Talvez pelo fato de não ser algo comum e o último caso ter ocorrido há mais de seiscentos anos.
A alegação dado pelo pontífice foi sua idade avançada e seu estado de saúde. Se essa foi a causa, nada mais sincero, evidenciando a humildade do supremo padre. Todavia, a posição conservadora de Bento XVI e a pressão interna diante de temas tão atuais (como a pedofilia cometida por padres, corrupção na igreja...) e sem uma posição definida pela liderança católica tenha sido o estopim da renúncia.
A Europa está cada vez mais materialista e perdendo a noção do sacro, com decisões que acabam por evidenciar uma fé cada vez menos arraigada nos princípios cristão, como na recente decisão de uma das Câmaras inglesas de reconhecer legalmente o casamento entre pessoas do mesmo sexo, aliás, já aprovado em outros parlamentos.
Nesse contexto, ressurge a possibilidade de um líder católico, cuja origem seja a América latina, onde se concentra uma população considerável do catolicismo.
Possa ser que haja opiniões que entendam que essa crise fortaleça a situação dos evangélicos, mas não tem nada a ver, pois crise por crise, o que se questiona é o materialismo e a fuga das coisas espirituais. Pelo contrário, espera-se que o novo representante católico seja alguém carismático, conciliador e que não desperte o ódio entre os religiosos.
A renúncia do papa fará bem ao homem Joseph Ratzinger, mas se vier alguém que possa enfrentar com sabedoria e vigor as questões existentes, então sua renuncia também fará bem a igreja católica.
Fica o exemplo para várias religiões, inclusive para os evangélicos: muitas vezes a renovação é necessária e a capacitação de novos líderes é condição indispensável para a sobrevivência da obra.
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