sábado, 19 de março de 2011

Eu creio

Deus existe?

Os grandes pensadores de todos os tempos, os maiores filósofos e estudiosos nos campos da cosmologia e da metafísica, têm dedicado sua inteligência e seu tempo à pesquisa e ao entendimento da figura do Criador de todas as coisas e seres do Universo, este tomado no sentido amplo. Criaram até uma ciência para isso: a TEODICÉIA. Dois assuntos principais foram objeto do exame desses estudiosos: a) a existência de Deus, e b) a essência de Deus.
Deus Existe? O grande filósofo da França, Descartes, baseia-se no chamado argumento ontológico, para afirmar que sim: eu tenho idéia de um ser, de um ente perfeito; este ente perfeito tem que existir, porque se não existisse faltar-lhe-ia a perfeição da existência e então não seria perfeito. É o argumento pela evidência.
Outro vulto notável do pensamento francês foi Voltaire. Seu raciocínio é prático, ao afirmar: “O Universo me espanta e não posso imaginar que este relógio exista e não tenha relojoeiro“. Assim, diante da realidade do Universo, é forçoso reconhecer que ele foi feito por alguém. Se esse alguém não foi o homem, só pode ter sido Deus, mas este nos concede sempre o benefício da dúvida, não é mesmo?
Deve-se, porém, ao famoso S. Tomaz de Aquino, autor da não menos famosa Summa Theológica, a prova da existência de Deus mais convincente, baseada nos argumentos metafísicos.

Ele diz que a existência de Deus pode ser provada por cinco vias, que são a do movimento, da causalidade, dos seres contingentes, dos graus de perfeição dos seres e da ordem do mundo. Esses argumentos assim se sintetizam:
1 – Se no mundo existe movimento ou mudança, que caracteriza o vir-a-ser, deve existir um motor primeiro que não seja movido por nenhum outro, pois se tudo fosse movido, teríamos o efeito sem causa;
2 – Há uma causa absolutamente primeira, transcendente às causas em geral; assim, se existem as causas segundas, deve existir a causa primeira, porque as causas segundas são efeitos.
3 – Existem seres contingentes, que não possuem em si mesmos a razão de sua existência, que são mas poderiam não ser; se existem seres contingentes, deve existir um ser necessário;
4 – Nas coisas existem vários graus de perfeição, referentes à beleza, à bondade, à inteligência, à verdade; então deve haver um ser infinitamente perfeito, porque o relativo exige o absoluto;
5 – Prova pela ordem do mundo, pela organização complexa do Universo, pelo governo das coisas, tudo devido a uma inteligência ordenadora, superior, absoluta, necessária.

Fonte: http://duplavista.com.br/arquivo/deus-existe

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