quarta-feira, 9 de abril de 2025

Superando as adversidades - IX

Murmuração é uma das mais eficazes atitudes para atrapalhar o testemunho. Se os cristãos entendessem, na prática, que as pessoas que se relacionam conosco precisam de afirmações de vida, palavras abençoadoras e conversas saudáveis, a murmuração não faria parte do cardápio diário. 

Paulo é objetivo em Filipenses 2.14: “Façam todas as coisas sem murmurações nem contendas”. E diz a finalidade no verso 15: “Para que sejam irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeçam como astros no mundo”. 

Interessante é que a murmuração tem a capacidade de cegar a pessoa não a deixando enxergar as coisas boas da vida, focando apenas nos problemas que surgem. E eles seriam mais facilmente vencidos com atitudes de moderação, de silêncio, aguardando a nuvem escura passar para perceber a beleza dos raios solares que estão por trás.

Ao murmurarmos, tendemos a lançar culpa em Deus, que é o governante moral do universo, nas pessoas próximas, que estão sempre nos ajudando na caminhada, e até em nós mesmos, provocando a síndrome do fracassado.

Ao enfrentar uma luta, você pode escolher duas rotas: a murmuração ou aguardar em silêncio o final da história.

Quer superar adversidades? Não murmure, testemunhe. Você e as pessoas próximas sentirão melhor.

terça-feira, 8 de abril de 2025

Superando as adversidades - VIII

Basta uma adversidade para ficarmos desconcertados. Assim é o ser humano. Muitas vezes, dono e dona de si, no meio de um temporal, torna-se uma minúscula figura temendo pelo pior. O que antes era um leão ou leoa feroz torna-se um gatinho ou gatinha medrosa, procurando o lugar mais seguro para se esconder.

A certeza que Deus está no controle absoluto de tudo só é realidade para nós quando tudo está bem. Quando o dinheiro no bolso é certo. Quando o emprego está garantido. Quando os exames apresentam resultados favoráveis. Quando o cônjuge é gentil e quando os filhos estão em perfeita harmonia com os princípios que lhes apresentamos.

Paulo nos ensina que Deus está sempre no controle de tudo. Em Filipenses 2.13 declara que “Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade”. E que sua vontade é boa, mesmo quando as adversidades nos assaltam.

Sim, não é nada fácil enfrentar as lutas com serenidade. Mas é o melhor caminho. Escabelar-se, dar xiliques e chutar o pau da barraca não são atitudes de quem aprendeu que Deus é o senhor absoluto da situação. Ele trabalha incessantemente para o nosso bem.

Quer superar adversidades? Tenha consciência que Deus está no controle absoluto de tudo. E que é capaz de conduzir tudo para o nosso bem.

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Superando as adversidades - VII

Farinha pouca, meu pirão primeiro, assevera a máxima egoísta. Cada um por si e Deus por todos, desde que primeiramente para mim, é atitude normal em nossa cultura e caminhada pessoal. Pensar no semelhante, principalmente quando se enfrenta adversidade, é tarefa árdua.

E é no meio de uma tormenta que Paulo ensina: respeite e valorize ainda mais o seu semelhante. 

Veja que preciosidade nos versos 3 a 5 do capítulo segundo de sua carta: “Nada façam por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vocês o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus...”.

Realizar sem interesse de glória pessoal, considerar o outro superior a si e interessar-se primeiro pelo que é do outro são atitudes muito distantes de nossa cultura e práticas pessoais. E muito difícil quando se enfrenta adversidade. Mas é assim que se demonstra maturidade.

Sua conduta tem sido de desrespeito e desvalorização do semelhante? Dê meia volta e comece uma nova caminhada, não permita que a adversidade tire esse brilho dos relacionamentos saudáveis.

Quer superar adversidades? Respeite e valorize ainda mais o seu semelhante.

domingo, 6 de abril de 2025

Superando as adversidades - VI

Filipenses 1 a partir do verso 21 registra assim: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei então o que deva escolher. Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor. Mas julgo mais necessário, por amor de vocês, ficar na carne”.

Quando temos valores eternos bem definidos em nossa vida, as adversidades tornam-se mais brandas. Não é preciso negá-las, nem ocultá-las, mas é como se informássemos a elas: “Meus valores não estão aqui, estão ali, logo ali, na eternidade”. É muito confortador perceber como Paulo declarava tais valores.

É na mesma sequência do texto, versículos 28 e 29, que ele afirma: “E em nada vocês espantem dos que resistem, o que para eles, na verdade, é indício de perdição, mas para vocês de salvação, e isto de Deus. Porque a vocês foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele”. 

No meio de uma adversidade podemos ter duas atitudes: olhar para a terra ou olhar para o céu. Reafirmar valores terrenos ou reafirmar valores eternos. Nós decidimos.

Quer superar adversidades? Reafirme sempre os valores eternos.

sábado, 5 de abril de 2025

Superando as adversidades - V

Uma das mais desastrosas atitudes no meio das adversidades é o julgamento precipitado. Com a capacidade de raciocínio afetada, tende-se a fazer juízos do que não existe e do que existe de maneira equivocada.

Paulo enfrentava a adversidade da prisão por pregar o evangelho genuíno e tem informações que outros não o faziam. Preste atenção na reação de Paulo, registrada no capítulo primeiro, versos de 15 a 18:

Verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa vontade; Uns, na verdade, anunciam a Cristo por contenção, não puramente, julgando acrescentar aflição às minhas prisões. Mas outros, por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho. Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e me regozijarei ainda.

Trilhar a estrada do lamento, da autocomiseração, da reclamação, seria algo perfeitamente compreensível e tentar desacreditar os outros, uma atitude natural. Pelo contrário, o apóstolo entende que juízos precipitados não levam a lugar algum. E ainda ensina que sempre tem algo positivo nas atitudes erradas das pessoas. 

Quer superar adversidades? Não faça julgamentos precipitados.

sexta-feira, 4 de abril de 2025

Superando as adversidades - IV

É muito fácil pensar que tudo acontece para o nosso bem quando as circunstâncias são favoráveis. Quando a situação é adversa, somos impelidos a tirar várias conclusões e nos esquecemos dessa verdade.

Paulo, não, ele tem consciência que tudo aconteceu com ele contribuía para o bem.

Veja o que ele diz nos versos 12 a 14 do capítulo primeiro: "As coisas que me aconteceram contribuíram para maior proveito do evangelho; As minhas prisões em Cristo foram manifestas por toda a guarda pretoriana, e por todos os demais lugares; Muitos dos irmãos no Senhor, tomando ânimo com as minhas prisões, ousam falar a palavra mais confiadamente, sem temor".

Era como se Paulo enfatizasse para eles: Saibam que tudo que acontece com a gente contribui para o nosso bem. Paulo tinha consciência que os acontecimentos em sua vida não eram obra do acaso e nem provocados por terceiros, fazia parte de um programa de amadurecimento.

Quer superar adversidades? Lembre-se que tudo o que acontece contribui para o nosso bem.

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Superando as adversidades - III

Ler a carta aos Filipenses sem a informação da prisão de Paulo enquanto escrevia leva-se a concluir que ele estava em situação muito tranquila.

Após destacar que agradecia a Deus a vida dos filipenses, o apóstolo diz que ora por eles e apresenta o conteúdo de suas orações:

1º - que o seu amor cresça mais e mais em ciência e em todo o conhecimento;

2º - que aprovem as coisas excelentes; 

3º - que sejam sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo;

4º - cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.

É inconcebível pensar em conteúdo desse tipo estando na condição em que se encontrava. Basta olhar as motivações de nossas orações hoje e perceber que estamos muito distantes de atitudes assim. Mas é dessa forma que mostraremos maturidade: ao orarmos no meio de adversidades, pensarmos em valores mais nobres.

Qual é o conteúdo de suas orações, principalmente quando você encontra ou enfrenta adversidades?

Quer superar adversidades? Apresente motivos de oração com valores eternos.

quarta-feira, 2 de abril de 2025

Superando as adversidades - II

Ainda que enfrentando lutas e privações, Paulo encontra motivos para gratidão. No capítulo primeiro, no terceiro versículo, lemos assim: “Dou graças, quer dizer, agradeço ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vocês, fazendo sempre com alegria oração por vocês em todas as minhas súplicas”.

Há quem pense que a gratidão é uma atitude que se vincula a estar tudo bem e que só deve acontecer quando algo extraordinário se fizer presente. Não. Nossa maturidade será percebida exatamente quando formos capazes de agradecer, mesmo que a batalha ainda esteja em andamento.

E precisamos transportar da abstração para o concreto a realidade da gratidão. Como lembrou George Herbert, “A gratidão tem três formas: um sentimento no coração, uma expressão em palavras e uma dádiva em retorno”.

Não basta um sentimento, é preciso expressar. Mas, também, não bastam expressões em palavras, é preciso uma dádiva em retorno.

Você tem sido agradecido? A Deus? Às pessoas? Há alguém de seu relacionamento que você precisa demonstrar gratidão e ainda não fez?

Quer superar adversidades? Agradeça, independentemente das circunstâncias.

terça-feira, 1 de abril de 2025

Superando as adversidades - I

Quando escreveu a carta aos filipenses, Paulo encontrava-se preso. Quem a lê sem essa informação tem a impressão que o apóstolo desfrutava de momento tranquilo, que tudo corria bem e que não enfrentava qualquer problema. Sugere-se, inclusive, que ela deveria se chamar “A carta da alegria”.

Bem na introdução, Paulo dá uma carteirada, mostrando quem ele é e a quem pertence. O primeiro versículo registra assim: “Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo...”.

Quem sou eu? Servo. A quem pertenço? Jesus Cristo.

A tendência do evangelho contemporâneo, em alguns arraiais, é iludir o homem com a ideia que ele tem alguma importância. Facilmente, se esquece de sua condição e assume o posto de senhor. “Sou filho do Rei” e “Sou cabeça e não cauda” são declarações que ocultam a verdadeira realidade, somos servos. Mas não somos servos de um rei humano. Paulo não era servo do imperador. Somos servos de Jesus. Isso faz toda diferença.

No meio de uma adversidade, é muito comum a tentação para esquecermos nossa identidade e nossa filiação. Sempre é tempo de resgatarmos tal verdade, “somos servos, Jesus é o Senhor”.

Quer superar adversidade? Saiba quem você é e a quem você pertence.