H. C. Tucker (1857-1956) foi um dos primeiros missionários metodistas no Brasil, aqui chegando em 1886. É impossível, neste espaço, relacionar tudo o que fez. Basta dizer que entre suas obras principais está a fundação do Hospital Evangélico no Rio de Janeiro (1887). A notícia de seu falecimento em 4 de novembro de 1956 saiu no "Repórter Esso" da Rádio Nacional, espécie de "Jornal Nacional" do rádio.
Em 1887, Tucker tornou-se secretário (executivo) da Sociedade Bíblica Americana, tendo que viajar por quase todo o Brasil, distribuindo Bíblias e pregando o evangelho. Mas o trabalho não era feito sem enorme oposição. Muitas Bíblias foram queimadas em praça pública, e o próprio Tucker chegou a ser preso e ameaçado de morte. Contava ele que certa vez, numa dessas viagens, foi cercado por um grupo de homens mal-encarados, cujo visível propósito era lhe fazer mal. Tucker confessou que no princípio teve medo, muito medo, mas aos poucos foi se animando e foi falando das maravilhas do evangelho. À medida que falava, a arma foi se abaixando, os homens a tudo escutaram e depois foram embora em paz. Alguns meses mais tarde, Tucker recebeu uma carta dos Estados Unidos, em que sua mãe dizia que enquanto lhe escrevia essa mesma carta, tivera o pressentimento de que ele estava numa situação de perigo. Interrompeu a escrita, ajoelhou-se e orou longamente pelo filho. Fazendo os cálculos depois, Tucker descobriu que a hora da oração era a mesma em que estava sendo abordado pelos homens mal-encarados.
O caso de Tucker é mais um dentre milhares de experiências de irmãos em perigo, cujo livramento se dá de maneira inexplicável. Como também inexplicável é o fato de os intercessores sentirem o impulso de orar por certos irmãos em determinados momentos. Há mais mistérios no universo espiritual do que o supõe a nossa vã filosofia. Sentiu vontade de orar? Ore. Não sentiu? Ore também!
Pr. João Soares da Fonseca
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