Ao escrever sua carta aos cristãos em Roma, Paulo
destaca o fato de terem sido chamados para serem de Cristo, Romanos 1.6.
Todos pertencemos a Cristo, considerando que Ele é Deus. Somos d’Ele por direito de
criação e por direito de redenção. Uma ortodoxa distinção informa que nem todos
são filhos de Deus. E argumenta: filho de Deus é quem crê em Jesus como
Salvador, tendo como pano de fundo o que está em João 1.12, que registra: “Mas,
a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos
que creem no seu nome”.
Sem
querer descobrir chifre em cabeça de cavalo, o fato é que o ser humano, coroa
da criação, não pode ser criatura como qualquer outra, um animal irracional,
por exemplo. Da pena do mesmo Paulo, lemos: “Se alguém está em Cristo, nova
criatura é, as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo” - II Coríntios
5.17. Paulo não diz que “se alguém está em Cristo, é filho de Deus”, mas que é
nova criatura, ou nova criação.
Uma
tendência é concluir que pertencer a Cristo é mérito humano, como se fosse favor
que se faz a Deus, pertencer a Ele. Pertencer a Cristo é muito mais obra d’Ele
do que nossa. Fomos comprados, resgatados.
O desafio dos cristãos é viver como filhos de Deus.