sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Pr. Elildes Junio Macharete Fonseca, novo Presidente da Convenção Batista Fluminense: "O nosso povo pode esperar comprometimento, seriedade, visão, foco, ousadia, praticidade, alegria, leveza e harmonia relacionais".

Pr. Elildes Junio Macharete Fonseca 
Um dos mais novos em idade a assumir a presidência da Convenção Batista Fluminense, com a marca de ter sido o mais novo a compor a mesma diretoria com 24 anos em 2006, Elildes Junio Macharete Fonseca, pastor da Primeira Igreja Batista no Bairro São João, chega com 37 anos à liderança dos batistas fluminenses com a esperança de unir juventude e experiência na Convenção que já foi considerada a maior do Brasil.

Dono de um currículo que inclui Doutorado em Teologia pela PUC-RJ, o novo presidente tem carisma e transita em todos os setores com leveza e piedade que impressionam.

Casado com a Profª Thaís, tem duas filhas, Elisa e Luísa.

Com a simpatia, espontaneidade e rapidez, marcas de sua vida, concedeu entrevista exclusiva ao blog e que você acompanha abaixo na íntegra.

Ser presidente da CBF é uma honra e privilégio. Era seu sonho alcançar esse posto?
Com certeza, presidir a CBF é uma honra e um grande privilégio. Não há mérito em mim para isso, é unicamente fruto da bondade de Deus. Foi por Ele e é para a glória dEle. Não era um sonho, embora sempre estivesse à disposição para servir; porém, independente de cargos. Creio que a eleição foi uma consequência do envolvimento denominacional, pela vontade de Deus expressa na generosidade dos batistas fluminenses.

Os desafios que se vislumbram nesse tempo são muito grandes. O irmão está preparado para liderar o povo batista fluminense na superação desses desafios?
Tomando emprestadas as palavras do apóstolo Paulo, “no que depender de mim, estou pronto” (Romanos 1.15) para liderar os batistas fluminenses. A minha parte é estar em prontidão, sempre disponível ao Senhor. Ele me preparará para esses desafios. Eu sou simplesmente um “vaso de barro”.

Diretoria eleita para o biênio 2019/2021
Que podem esperar os batistas fluminenses da diretoria eleita nesse próximo biênio?
Tenho ao meu lado uma excelente diretoria, um time de primeira grandeza. Nesta semana, inclusive, já teremos a nossa primeira reunião presencial, pois já estamos em contato desde quando fomos empossados. Estamos empolgados. O nosso povo pode esperar comprometimento, seriedade, visão, foco, ousadia, praticidade, alegria, leveza e harmonia relacionais. Esses princípios nortearão os planejamentos e, por conseguinte, as execuções. Como Neemias, estamos empenhados numa grande obra (6.3). Reconhecemos a dedicação das diretorias que nos antecederam, fazendo o melhor pela causa. Faremos a nossa parte nessa construção.

Elildes, Thaís, Elisa e Luísa, família do Presidente
O ex-presidente, Pr. Dr. Vanderlei Batista Marins, declarou numa das sessões: “Vivemos uma crise e a CBF não está operando no vermelho pela graça de Deus e competência do Pr. Dr. Amilton Vargas”. Como pretende superar a crise que apresenta queda vertiginosa do Plano Cooperativo?
Realmente, muitos analistas afirmam que esta é a pior década da história econômica do Brasil. Seria ingenuidade achar que as igrejas não seriam, em certo sentido, afetadas. O que acontece nas igrejas locais, obviamente, reflete na Convenção. Damos graças a Deus pela competência do Pr. Amilton e sua equipe. Dependemos do Senhor em todo tempo, não seria diferente diante das crises. A primeira ação é buscar a direção do alto. Também precisamos de uma gestão séria e competente, como já foi mencionada. Como liderança denominacional, temos o dever de apresentar um trabalho relevante, porque nossas igrejas e seus pastores são grandes cooperadores. Tenho esperança de que viveremos dias melhores. O povo brasileiro merece, de igual forma, nossas igrejas e Convenção.   

Momento da posse em que dirigiu as primeiras palavras aos batistas fluminenses,
causando grande impacto e boas expectativas para o biênio
A assembleia de São Gonçalo foi uma das menos concorridas em número de participantes, ainda que acontecesse na região metropolitana do Rio de Janeiro, onde concentra o maior número de batistas do estado. A próximo assembleia será em Campos. Como a diretoria pretende resgatar a participação em massa dos batistas?
Nossa diretoria ainda se reunirá para construir o planejamento, mas, posso garantir que não faltará empenho para que a próxima assembleia seja bem concorrida. Vamos trabalhar, e muito, para isso. Sonhamos que em Campos, além da aprovação dos relatórios, tenhamos uma assembleia propositiva, oferecendo encorajamento para cada mensageiro voltar para a sua igreja vibrando com a nossa denominação.

A participação da nova geração nas assembleias convencionais é inexpressiva. Há em mente alguma estratégia para rever o quadro?
Como testemunhei na palavra presidencial no dia da posse, minha primeira participação numa assembleia da CBF foi em 1999, quando tinha 17 anos de idade. Já era envolvido no trabalho regional, no campo litorâneo, mas me encantei com o que vi. Como no ano seguinte estaria ingressando no Seminário, acompanhei a Assembleia da Ordem dos Pastores. Foi muito interessante. Depois, a assembleia convencional, cujas lembranças permanecem vivas em minha memória afetiva. Mas, reconheço que, desde aquela época, a presença da juventude já era minoria. Precisamos lutar para mudar esse quadro. A juventude está envolvida e vibrante nas igrejas locais. Os congressos, como o Despertar, acontecido recentemente, estão concorridos. Está faltando a ponte entre a juventude e as assembleias. Os jovens se envolvem com projetos, com causas desafiadoras e de resultados práticos visando o bem comum. A juventude não se empolga muito com eventos que fiquem apenas “olhando o retrovisor”. Ela quer resposta e ação futura, quer participar do processo. Muitos jovens e adolescentes acham o ambiente das assembleias chato e improdutivo. Não estou dizendo que eles estão totalmente certos, mas, pensando no futuro, na continuidade, precisamos nos reinventar. A essência sempre será a mesma. A forma precisa ser adequada a tempos cujas decisões precisam ser mais rápidas e menos burocráticas. Esse é um aspecto que chama a juventude, entre outros.

Nos últimos anos surgiu na CBF um movimento chamado Coalizão Batista Conservadora que se autodeclara único detentor da fidelidade às doutrinas bíblicas. É um grupo composto de pastores sérios, mas uma das estratégias do movimento é indicar candidatos para que assumam posições importantes no seio da Convenção. Em São Gonçalo, as investidas foram frustradas. Que benefícios e prejuízos movimentos assim podem apresentar num tempo de reconstrução? 
Como não faço parte do movimento, não o conheço suficientemente para emitir uma opinião sobre ele. Não tenho o que falar nesse sentido. Apenas posso afirmar que tenho amigos pastores que participam da Coalizão e que são dignos de crédito, gente comprometida. Na igreja local, na denominação ou em qualquer outro ambiente, todo movimento que promove divisão, segregação, fracionamento, é maléfico. Todo movimento que promove integração, paz, unidade, que pensa no todo em detrimento das partes, que soma pelo bem comum da causa, é benéfico. Vale a máxima, que alguns atribuem a Agostinho: “nas coisas essenciais, unidade; nas coisas não essenciais, a liberdade; em todas as coisas, o amor”.         

Considerações finais:
Agradeço a oportunidade da entrevista. Reafirmo que contamos com as orações e apoio do povo batista fluminense. Contamos com as igrejas locais, a base de tudo. Contamos com as Associações, que são parceiras fundamentais na dinâmica denominacional. Contamos com as Organizações, que desenvolvem um trabalho muito importante. Contamos com os gestores, uma equipe competente, liderada pelo nosso diretor executivo. Contamos com os pastores, cuja amizade e convivência me enobrecem. Sou muito feliz por ser pastor e conviver com pastores. É bom demais fazer parte da Ordem e aprender com os vocacionados do Senhor. Contamos com a liderança em geral. Contamos com cada servo de Deus, que milita a boa milícia da fé numa igreja cooperante com a Convenção Batista Fluminense. A obra é de Deus, por isso, ela vai crescer e avançar!

Jubileu de Pérola



Quem acolhe um benefício com gratidão, paga a primeira prestação da sua dívida
Sêneca

Gratidão é a palavra para este dia! Há trinta anos assumi o ministério da Igreja Batista no Braga. Jamais esperava conhecer uma Igreja tão encantadora. Tudo que disser e fizer em gratidão, será pouco pelo que ela tem feito por mim e por nossa família.

Aqui, cheguei sozinho. Cinco meses e dezoito dias depois, chegou Ilcimar, com o nosso casamento. Dois anos, três meses e nove dias depois, chegou João Marcos, pastor. Cinco anos, três meses e vinte um dias depois, Raquel, psicóloga. Uma família a quem devo tudo abaixo de Deus por alcançar esse tempo.

Tenho na Igreja os meus melhores amigos. Alguns que me acompanham pari passo desde o início, cuidando, apoiando, amando, zelando, sorrindo, chorando. Outros chegaram depois, mas com o mesmo amor. Citar nomes seria uma temeridade, certamente cometeria injustiças.

Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios - Salmos 103.2.

Senhor Deus, como é impossível lembrar-me de todos os benefícios, recebe minha gratidão, a Ti, eu devo tudo. Pura bondade divina.

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Luta diária



Um cristão certa vez me disse: “Pr. Neemias, antes de eu me converter, eu não tinha problema, era tudo tranquilo”. Declarou com dor na alma.

Tentei mostrar-lhe algumas realidades:

1ª - É um engano, ele tinha problema, sim. E problemas muito mais sérios do que imaginava.

2ª - A nova vida com Cristo deflagrou uma luta contra a vida velha sem Cristo. A natureza velha não aceitando a nova natureza que Cristo oferecia.

3ª - A partir de seu compromisso com Cristo ele passou a ter um acusador. Ele só cairá no final dos tempos. Apocalipse 12.10 registra: “E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite”.

Uma das diferenças entre Jesus e o Diabo é que este sente prazer em destacar nossas falhas e esquecer nossas virtudes, enquanto aquele sente prazer em destacar nossas virtudes e grande dor ao perceber nossas falhas.

Com quem nos parecemos mais?