Por Robert J. Tamasy
Embora não jogue golfe, existe um aspecto do jogo que me atrai: o “mulligan”. Em um jogo amistoso os competidores recebem uma segunda chance para dar uma tacada - dar um mulligan. Pode acontecer depois de uma tacada muito ruim ou é simplesmente dada pelos demais jogadores para que a pessoa tente pela segunda vez passar por um ponto crítico do percurso. Em qualquer evento, o mulligan – o “faça outra vez” – é uma chance para corrigir uma tacada infeliz.
Seria muito bom se, de tempos em tempos, a vida nos oferecesse um mulligan, não é? Uma oportunidade para avaliar uma decisão ou ação específica e concluir: “Eu não gosto do resultado. Posso tentar outra vez?”
Ao terminar mais um calendário anual você pode estar desejando que lhe ofereçam um mulligan para algo que você fez: uma decisão financeira desagradável, um relacionamento danificado, uma escolha profissional deficiente, uma estratégia ou plano de negócios mal concebido ou oportunidade desperdiçada. “Posso fazer de novo?”, você gostaria de poder perguntar.
Infelizmente, pelo menos até que inventem a máquina do tempo, não podemos voltar atrás. A vida não oferece a chance de “fazer outra vez”, nem nos convida a “dar um mulligan”. Devemos enfrentar e viver com as consequências das nossas decisões e ações erradas, bem como colher os benefícios do que fizemos corretamente. Apesar disso, quando um ano termina e outro está para começar, não podemos deixar de fazer uma “revisão”, avaliando o que foi e o que não foi tão bom assim nos últimos 12 meses.
Assim, enquanto celebramos os triunfos no ano que passou e sacudimos de nossos ombros os fracassos, eis alguns princípios extraídos da Bíblia que nos podem ser úteis:
Não se deixe distrair. Atualmente as pessoas têm grande prazer em realizar múltiplas tarefas. Mas diz o ditado que se você se torna “pau para toda obra” geralmente acaba por não dominar nenhuma. Determine o que você faz melhor e se concentre nisso. “Suporte comigo os meus sofrimentos, como bom soldado de Cristo Jesus. Nenhum soldado se deixa envolver pelos negócios da vida civil, já que deseja agradar aquele que o alistou” (2Timóteo 2.3-4).
Concentre-se em um propósito preponderante. Por que você está aqui? Qual seu propósito? Estas perguntas o capacitarão a se concentrar. “Não estou querendo dizer que já consegui tudo o que quero ou que já fiquei perfeito, mas continuo a correr para conquistar o prêmio, para isso já fui conquistado por Cristo Jesus” (Filipenses 3.12).
Olhe adiante, nunca para trás. Um corredor que olha frequentemente para trás não corre em linha reta. De igual modo, se continuarmos a olhar o que está no passado e não o que vamos encontrar no futuro, provavelmente nos desviaremos do objetivo. No mínimo o ritmo de avanço será menor. “Porém, uma coisa eu faço: esqueço aquilo que fica para trás e avanço para o que esta na minha frente” (Filipenses 3.13).
Tenha em vista o final desejado. O fracasso não é necessariamente o fim: ele pode nos instruir quanto ao que mudar ou fazer melhor, nos ajudando na busca pelo sucesso. “Corro direto para a linha de chegada a fim de conseguir o prêmio da vitória. Esse prêmio é a nova vida para a qual Deus me chamou por meio de Cristo Jesus” (Filipenses 3.14).
Texto de Robert J. Tamasy, vice-presidente de comunicações da Leaders Legacy, corporação beneficente com sede em Atlanta. Georgia, USA. Com mais de 30 anos de trabalho como jornalista, é co-autor e editor de nove livros.Tradução de Mércia Padovani.Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes (fortes@cbmc.org.com)
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