Diligência no contribuir – Uma prova do amor de Deus
Texto Bíblico: I Coríntios 16.1-3
INTRODUÇÃO
A graça excede a Lei, ou seja, vai
além nas expressões e objetivos da adoração. Nossa justiça tem que exceder a
dos rigorosos escribas e fariseus, porque o culto sustentado pelos dízimos na
Antiga Aliança era o culto de uma nação profética, porém, os nossos dízimos
visam à expansão do Evangelho a todo o mundo, no menor tempo possível.
Não ofertamos os nossos dízimos com a finalidade de
alcançarmos bênçãos, mas ofertamos porque a bênção das bênçãos – a salvação da
nossa alma – já nos foi dada pelo Senhor Jesus. O que está dentro do envelope
de contribuição é uma prova do amor de Deus. Vejamos à luz do texto bíblico,
como proceder diligentemente no contribuir:
“Quanto
à coleta para o povo de Deus, façam como ordenei às igrejas da Galácia. No
primeiro dia da semana, cada um de vocês separe uma quantia, de acordo com a
sua renda, reservando-a para que não seja preciso fazer coletas quando eu
chegar. Então, quando eu chegar, entregarei cartas de recomendação aos homens
que vocês aprovarem e os mandarei para Jerusalém com a oferta de vocês”
(1Co 16.1-3).
NO PRIMEIRO DIA DA SEMANA
Contribuir sistematicamente, como parte do culto de
adoração no dia do Senhor. Isso quer dizer que cada crente deve obedecer a um
critério de ordem e reverência dentro do culto do Senhor. Pensemos sobre três
desses critérios:
1º)Domingo, o primeiro dia da semana, representa o dia em
que a congregação, os membros da igreja e demais participantes estão reunidos
em cultos de celebração. Este é o momento da comunhão com os demais irmãos. É o
momento de todos juntos, sem egocentrismo e vaidade, demonstrarem gratidão a
Deus por seu incomparável amor.
2º)O momento de adoração, através da contribuição, deve ser
de total satisfação para o crente. Não deve ser de amargura e preocupação:
“entreguei o dízimo, e agora?” A alegria será uma demonstração de confiança nas
provisões do Senhor para os dias vindouros.
3º)O dízimo não é para ser entregue nas mãos do tesoureiro,
dos diáconos e, muito menos, nas mãos do pastor. Aliás, mesmo que seja uma
oferta pessoal ou familiar de pessoas íntegras, o pastor deve fugir de receber
dinheiro das mãos de membros da igreja. O ideal é que este membro ou família,
entregue na igreja a sua oferta, acompanhado de adoração e oração.
CADA UM DE VÓS
Contribuir é um privilégio de todos
e para todos. Não deve haver exclusão. Ninguém, seja qual for o nível da sua
prosperidade, está fora da graça dessa contribuição. Isto quer dizer que a
oportunidade é de todo o crente, seja rico ou pobre, criança ou adulto, culto
ou iletrado, empregado ou desempregado, todos são amparados pelo Senhor.
Portanto, podem e devem participar desse momento solene: “Já fui jovem e agora sou velho, mas
nunca vi o justo desamparado, nem seus filhos mendigando o pão” (Sl 37.25). Há na igreja aqueles que pensam
que os não membros não podem e não devem participar do momento de adoração
através da contribuição, contudo, devemos entender que Deus deseja receber
adoração de todas as pessoas, elas também são sustentadas e amadas pelo Senhor.
Não as impeçamos da alegria desse momento.
PONHA DE PARTE
O que é do Senhor deve ser separado,
santificado. O dízimo não deve ser “tirado” de última hora. Não deve ser a
sobra. Minha avó materna, Maria Leopoldina da Conceição, era crente
comprometida com o Senhor e com a sua igreja. Analfabeta, não lia uma palavra e
não tinha muita intimidade com o dinheiro, porém, da lavoura, de tudo o que
plantava, colhia e vendia, rigorosamente dizimava. Durante um mês o dízimo era
guardado em uma lata daquelas de leite em pó. Ali ninguém mexia. Ao fim de
trinta dias de trabalho, como não tinha muita segurança quanto ao valor
separado, solicitava que alguém fizesse a conferência. Sua preocupação era de
não ficar com nada que ao Senhor pertencesse. Muitas vezes eu a ajudei nessa
tarefa. Como aprendi com minha avó!
Separe a parte que será oferecida Àquele que deve tomar o
primeiro lugar em sua vida. Não dê resto, sobra e nada imundo para quem é
Santo.
O QUE PUDER
Isso não significa que deve ser a
menor parte, o mínimo. “O que puder” do crente significa o máximo. Grande
exemplo disso podemos extrair das igrejas da Macedônia e da viúva observada por
Jesus:
“Agora, irmãos, queremos que vocês tomem conhecimento
da graça que Deus concedeu às igrejas da Macedônia. No meio da mais severa
tribulação, a grande alegria e a extrema pobreza deles transbordaram em rica
generosidade. Pois dou testemunho de que eles deram tudo quanto podiam, e até
além do que podiam. Por iniciativa própria eles nos suplicaram insistentemente
o privilégio de participar da assistência aos santos” (2Co 8.1-4).
“Jesus olhou e viu os ricos colocando suas contribuições
nas caixas de ofertas. Viu também uma viúva pobre colocar duas pequeninas
moedas de cobre. E disse: ‘Afirmo-lhes que esta viúva pobre colocou mais do que
todos os outros. Todos esses deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua
pobreza, deu tudo o que possuía para viver” (Lc 21.1-4).
CONFORME O QUE TIVER
PROSPERADO
Na proporção da sua prosperidade,
não na proporção dos seus investimentos, nem na proporção das suas carências. A
proporcionalidade da contribuição está aí reconhecida, como em “Nosso desejo
não é que outros sejam aliviados enquanto vocês são sobrecarregados, mas que
haja igualdade.
No presente momento, a fartura de vocês suprirá
a necessidade deles, para que, por sua vez, a fartura deles supra a necessidade
de vocês. Então haverá igualdade, como está escrito: Quem tinha recolhido muito
não teve demais, e não faltou a quem tinha recolhido pouco" (2Co 8.13-15).
Deus dá a prosperidade. A contribuição o reconhece. A pessoa que atua como um canal das bênçãos divinas
tem suas posses aumentadas, pois Deus vê que ela reparte com os necessitados
aquilo que Ele as dá. É comum notar que Deus concede a essas pessoas a
capacidade de aumentar suas posses, abençoa seus negócios de modo que elas
prosperam e vão bem.
GUARDEM. NÃO FAÇAM COLETAS
QUANDO EU CHEGAR
Contribuir com aprovisionamento e
com dedicação é o comportamento que todo crente deve adotar. Deus não nos deu
nada improvisado. O amor que Ele nos deu não foi um amor de última hora. A
contribuição não deve ser realizada sob ação emocional, quando alguém apresenta
uma necessidade. Deus planejou todas as suas dádivas desde a eternidade. Por
que pensaríamos em agradar a Deus com um dízimo improvisado?
MANDAREI O QUE POR CARTA
APROVARDES
Respeito à decisão, aos direitos e
ao impulso motivador dos ofertantes. O empenho na aplicação das ofertas é tão
necessário quanto o empenho no contribuir. A igreja é o canal apropriado.
Lembre-se de que os dízimos devem ser levados para a “casa do tesouro” e
administrados por aqueles que foram eleitos por Deus e pela igreja para tão
grande responsabilidade: “Tragam o dízimo todo ao depósito do templo, para que
haja alimento em minha casa. Ponham-me à prova, diz o Senhor dos Exércitos, e
vejam se não vou abrir as comportas dos céus e derramar sobre vocês tantas
bênçãos que nem terão onde guardá-las”
(Ml 3.10); “Ezequias... ordenou ao povo
de Jerusalém que desse aos sacerdotes e aos levitas a porção que lhes era
devida a fim de que pudessem dedicar-se à Lei do Senhor. Assim que se divulgou
essa ordem, os israelitas deram com generosidade o melhor do trigo, do vinho,
do óleo, do mel e de tudo o que os campos produziam. Trouxeram o dízimo de
tudo. Era uma grande quantidade. Os habitantes de Israel e de Judá que viviam
nas cidades de Judá também levaram o dízimo de todos os seus rebanhos e das
coisas sagradas dedicadas ao Senhor, o seu Deus, ajuntando-os em muitas pilhas.
Começaram a fazer isso no terceiro mês e terminaram no sétimo. Quando Ezequias
e os seus oficiais chegaram e viram as pilhas de ofertas, louvaram o Senhor e
abençoaram Israel, o seu povo" (2Cr 31.2-10). E ainda, Neemias 10.31-39; 13.1-14.
CONCLUSÃO
Os aspectos essenciais da
contribuição cristã são aqui expostos pelo apóstolo de uma maneira bem clara, e
procuramos discorrer sobre o assunto de modo bem objetivo, dando oportunidade
para reflexões e discussões que ampliem o universo de ensinamentos que este
texto nos transmite.
Em resumo, para Paulo, a contribuição:
- Deve ser sistemática.
- É para todos.
- Deve ser santificada pela santidade do seu próprio
ofertante.
- Deve ser proporcional à renda.
- Deve ser feita na igreja local.
- Deve ser aplicada rigorosamente dentro da destinação dada
pela decisão dos ofertantes.
PARA
REFLETIR:
·
A doutrina cristã da
contribuição é uma disposição criada pelo Espírito Santo na vida do crente.
Você se dispõe a permitir que Ele aja por completo em sua vida?
·
Em contraste com a Lei,
que impunha a contribuição como uma exigência divina, a contribuição cristã é
voluntária e um teste de sinceridade e amor. Você deseja ser submetido constantemente a esse teste
divino?
Leitura diária:
Segunda–
Atos 4.32-37;
Terça–
Atos 5.1-11;
Quarta–
Hebreus 7.1-10;
Quinta–
Neemias 10.28-39;
Sexta–
Deuteronômio 26.1-19;
Sábado–
Êxodo 34.10-28;
Domingo–
1Coríntios16.1-3
Fonte: Revista Palavra e Vida da Convenção Batista Fluminense
Autor da Lição: Pr. Nathanael Pedroza Corsino