Estava numa fila num banco. Meu
telefone toca. Atendo:
“Oi, Alair, tudo bem?”, atendo e
pergunto.
“Sim, tudo bem, e com você?”,
responde.
“Graças a Deus, tudo bem, melhor do
que mereço!”.
“Olhe, tenho algo interessante pra
te falar...”, declara Alair.
Minha vez chega. Tenho que utilizar
o caixa eletrônico. Emendo: “Alair, tenho que desligar agora”.
Ele insiste: “É rapidinho...”.
“Desculpe, Alair, mas não dá pra
continuar agora, depois nos falamos”.
Ao me encaminhar ao caixa, percebo
uns três olhares surpresos e condenatórios. Resolvo o que tinha que resolver e
saio.
Diante dos olhares surpresos e condenatórios, imaginei outro diálogo:
Diante dos olhares surpresos e condenatórios, imaginei outro diálogo:
“Desculpe-me, mas você deixou Alair
te esperando?!”.
“Sim, qual o problema?”, indago.
"Cara, ele é o prefeito eleito de
Cabo Frio, toma posse dia primeiro, todo mundo quer falar com ele, ele liga
para você e ouve que não pode continuar, deixasse a fila para lá e falasse com
ele, depois resolveria no caixa”, dispara sem que pudesse falar.
“Hum, hum”, é o que consigo falar.
Ele insiste: “Você é maluco...”.
Pausa.
Respondo calmamente: “O Alair que estava no telefone não é o prefeito eleito de Cabo Frio que tomará posse em primeiro de janeiro, é meu irmão, pastor em São Gonçalo”. Imagine a reação do sujeito!
Respondo calmamente: “O Alair que estava no telefone não é o prefeito eleito de Cabo Frio que tomará posse em primeiro de janeiro, é meu irmão, pastor em São Gonçalo”. Imagine a reação do sujeito!
Ri um bocado. Sozinho.
Lições:
1ª - Não julgue precipitadamente.
Isso pode custar caro.
2ª - Tome menos conta do que
acontece ao redor, só o que for útil e relevante.
3ª - Ao repreender alguém, conheça
primeiro todo o contexto.
Alair, me ligue. Pra eu rir ou ficar
sério!
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