Os maiores inimigos do ser humano - Hipocrisia

“E, quando orarem, não sejam como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade lhes digo que eles já receberam a recompensa” - Mateus 6.5.

Hipocrisia, do grego antigo hupókrisis, significa "encenar", "interpretar". O adjetivo hipócrita vem do grego hupokritḗs, que significa "ator". Hipocrisia está ligada à ideia de falsidade, dissimulação, fingimento, carência de sinceridade, ato ou efeito de fingir.

Jesus condenou os religiosos de sua época categorizando-os como hipócritas, que dizer gente que tinha preocupação em aparentar uma bela vida exterior, mas no seu interior predominava a existência podre do ser humano. Uma horrível comparação deles foi com os sepulcros caiados, bonitos por fora e horríveis por dentro. Por fora, vida, por dentro, morte. Deus se ofende menos com um ateu sincero do que com um cristão hipócrita.

O desejo de Deus é que a hipocrisia seja vencida com humilde submissão ao Espírito Santo, despindo-se da teatralização e vestindo a roupa da sinceridade.

Os maiores inimigos do ser humano - Inveja

“O ânimo sereno é a vida do corpo, mas a inveja é a podridão dos ossos” - Provérbios 14.30.

Inveja é um mal estar, ou desgosto, que se apresenta quando alguém percebe a felicidade de outra pessoa. O mal estar é amplificado quando se trata de alguém bem próximo. Pode ser também um desejo por algum bem que alguém tenha conseguido.

A inveja pode desenvolver um sentimento de inferioridade em quem a acolhe em seu coração e mente, considerando que possíveis comparações brotarão do tipo “ele ou ela é mais capaz e eu não consigo nada mesmo!”.

A Igreja Católica alista a inveja como um dos pecados capitais e o remédio que sugere é a caridade e amor ao próximo. Sem dúvida é uma boa receita, olhar para o próximo e fazer algo por ele reoxigena a alma e oferece ao potencial invejoso ou invejosa amadurecimento ao se sentir bem com o bem do outro.

A inveja está na lista de Paulo sobre as obras da carne. E Salomão alertou muito sobre ela. Destaco mais dois ensinos dele: “não tenhas inveja dos homens malignos, nem queiras estar com eles” e “cruel é o furor, e impetuosa, a ira, mas quem pode resistir à inveja?” - Provérbios 24.1 e 27.4

Os maiores inimigos do ser humano - Incredulidade

“E Jesus disse a Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também à mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente” - João 20.17.

Normalmente, o termo incredulidade está relacionado a quem ainda não assumiu um compromisso público com Jesus, são aqueles que precisam de salvação. Você já refletiu sobre a possibilidade de crentes incrédulos?

É possível que Tomé tenha criado essa escola, a Escola de Crentes Incrédulos. Tomé, segundo o próprio Jesus esclareceu, creu porque viu. A proposta do evangelho não é ver para crer. A proposta de Cristo é crer para ver. E quando se reflete assim, vamos perceber que, algumas ou muitas vezes, somos crentes incrédulos, estamos matriculados na Escola de Tomé!

Somos crentes incrédulos quando, diante de uma dificuldade, seja ela de que natureza for, tentamos dar um jeitinho, às vezes ferindo a ética, e não confiamos e descansamos que Deus é capaz de resolvê-la.

Diante de situações da vida, creia primeiro para depois ver o agir de Deus! Jesus afirmou: quem não deseja ver primeiro para crer, é feliz!

Os maiores inimigos do ser humano - Compulsão

A compulsão é um transtorno que envolve hábitos específicos e repetidos sem critérios que atendam realmente às necessidades da pessoa. A pessoa compulsiva sente-se bem com o objeto de sua compulsão e, instintivamente, toma alguma decisão sem avaliar os desdobramentos dela. 

A compulsão pode se apresentar em áreas diversas como compulsão por alimentação, compulsão por atividades físicas, compulsão por jogos, compulsão por compras, compulsão por trabalho e compulsão por sexo. Percebe como nem sempre é algo tão negativo como, por exemplo, a compulsão pelo trabalho?

Muitos problemas são causados a partir de compulsão e tanto pessoas compulsivas quanto as próximas sofrem muito quando ocorre em determinadas áreas mais prejudiciais, como jogos, compras e sexo. 

Ao identificar possível quadro compulsivo, primeiro apresente a Deus em oração, pedindo libertação. Segundo, caso seja um quadro excessivo, procure um profissional e seja acompanhado num tratamento.

A Bíblia ensina: ““Seja sóbrio e vigilante” - I Pedro 5.8. Vença a compulsão, é um terrível inimigo.

Os maiores inimigos do ser humano - Glutonaria

Glutonaria está relacionada a comer demais. Glutão é aquele que come exageradamente. O glutão é um mamífero que vive no hemisfério norte e se alimenta tanto de matéria vegetal quanto de animal. Apresenta características meio gordinhas, daí a relação com a glutonaria.

Glutão é quem come demais, traça tudo. E uma das características é comer apressadamente, sem boa mastigação e seu espaço entre as alimentações.

Em Gálatas 5.19-21, Paulo fala das obras da carne. Glutonaria está na mesma lista que prostituição, feitiçaria, inveja e bebedice. Como reagimos com o assunto glutonaria? De maneira humorada. Mas a Bíblia fala que é obra da carne.

Comer demais é pecado. A Bíblia orienta em I Coríntios 10.25 “comei de tudo”, mas não “comei tudo”. Estabeleça limites na quantidade de sua alimentação. Fará bem à sua saúde. Diminua um pouco, pelo menos, e, gradativamente, se liberte de uma atitude compulsiva. O ditado popular ensina que “o peixe morre pela boca”. Comer exageradamente prejudica sua saúde e, muito provavelmente, antecipa seus dias.

Os maiores inimigos do ser humano - Indisciplina

O exemplar e bem sucedido jogador de futebol Cristiano Ronaldo afirmou que “sem disciplina, o talento não vale para nada”. 

Etimologicamente, disciplina tem origem no latim e significa "educação que um discípulo recebia de seu mestre". A indisciplina é a quebra da educação recebida, a falta de respeito às regras, mau comportamento que compromete a vivência social.

Uma pessoa indisciplinada tende a não perseverar nos ideais propostos na caminhada. Ela perde o foco dos valores que realmente valem a pena. A indisciplina produz uma vida improdutiva, sem realizações. A trajetória de uma pessoa indisciplinada é como uma terra infértil, árida.

É muito comum encontrarmos pessoas com grande potencial e talento não apresentando uma vida produtiva. Em muitos casos, foi a indisciplina a causa de seu fracasso.

O sábio Salomão orientou: “Dedique à disciplina o seu coração e os seus ouvidos às palavras que dão conhecimento” - Provérbios 23.12.

Programe seus passos, sepulte a indisciplina, valorize a disciplina e veja o resultado no futuro.

Os maiores inimigos do ser humano - Preguiça

Trabalhar demais é um problema, trabalhar de menos também. Há os que têm antipatia pelo trabalho. Uma ovelha chamada Eloíza disse certa vez que “há gente que vive procurando um barranco para morrer encostada”.

A preguiça é um dos grandes inimigos do ser humano. Não é sem propósito que o sábio disse em Provérbios 6.6 “Vá ter com a formiga, ó preguiçoso! Observe os caminhos dela e seja sábio”. Os minúsculos insetos sendo exemplo para musculosos seres.

A preguiça como inimigo não se trata daquela indisposição temporária, momentânea que pode acontecer com todo mundo. É aquela permanente e deliberada atitude de não suar a camisa, esforçar-se e encarar o trabalho desleixadamente.

A preguiça traz grandes prejuízos e pode se desdobrar em comodismo, improdutividade, procrastinação, irrealizações e até problemas nos relacionamentos.

O lema do Bradesco na década de 80 no século passado era “só o trabalho pode produzir riquezas”. A partir desse lema, “a preguiça pode produzir pobreza”.

Vença a preguiça e mãos à obra! Xô preguiça!

Os maiores inimigos do ser humano - Ganância

Você conhece alguém que tudo quer para si? Mesmo tendo suficiente, ainda quer mais e mais? Pois é, assim é o ganancioso. A ganância é um sentimento que exageradamente deseja possuir todas as coisas mesmo sem necessidade.

Um dos desdobramentos da ganância é nunca estar satisfeito com o que se tem. O senhor Ademir Santana, reformado da Marinha do Brasil e filósofo prático de São Pedro da Aldeia, afirma que “o saco da ganância não tem fundo”.

Ganância e ambição apresentam realidades bem diferentes. A ambição sinaliza desejar as coisas de maneira equilibrada, com finalidades positivas. A ganância é o desejo intenso de querer apenas para si e o ganancioso ou gananciosa não mede esforços e é capaz de atropelar princípios para alcançar seu intento.

Jesus advertiu aos discípulos sobre este mal: “Cuidado! Fiquem de sobreaviso contra todo tipo de ganância; a vida de um homem não consiste na quantidade dos seus bens" - Lucas 12.15.

O ganancioso não tem os bens, mas os bens que o tem. Ele pensa que é dono dos bens, mas os bens que são donos dele.

Os maiores inimigos do ser humano - Mentira

“Por isso, deixando a mentira, que cada um fale a verdade com o seu próximo, porque somos membros do mesmo corpo” - Efésios 4.25.

Não é intrigante ler Paulo orientando os crentes da Igreja em Éfeso para deixarem a mentira? Ora, se eram cristãos, por que a orientação? Crente mente? Sim. Não deve e não é o ideal.

A mentira é um poderoso inimigo e pode se apresentar por vários motivos. A Psicóloga Tamiris Mariana Silva apresenta cinco razões que levam as pessoas a mentirem: 

Autodefesa, que funciona como autopreservação. 

Controle. Normalmente, pessoas controladoras aderem a mentira.

Medo. Mentir é igual a não confrontar o problema diante de si.

Inclusão. Desejo de ser aceito num grupo social pode levar a pessoa a mentir.

Aumentar a verdade. A realidade, mesmo sendo verdadeira, não impacta, daí a necessidade de acrescentar, florear a mensagem para reforçar a ideia.

O problema da mentira é que sua escalada é implacável e, sem perceber, a pessoa pode se tornar mitômana, ou seja, mentir compulsivamente.

A mentira destrói, fuja dela.

Os maiores inimigos do ser humano - Trabalho

“As mãos preguiçosas empobrecem o homem, porém as mãos diligentes lhe trazem riqueza” - Provérbios 10.4.

O trabalho é uma bênção, foi instituído por Deus na criação. Então, por que figura na série dos maiores inimigos do ser humano? O trabalho mesmo é uma bênção, reafirmamos, mas o trabalho em excesso é uma maldição e se torna um inimigo feroz.

Na criação, temos o relato de Deus trabalhando, mas, também, o relato d’Ele descansando. No ministério de Jesus, Ele afirma que “meu pai trabalha até agora e eu trabalho também”, mas o encontramos se retirando para ficar sozinho, provavelmente para descansar, além de orar, e suas visitas à casa do amigo Lázaro podem ser vistas como um momento de relax.

Há pessoas que pensam que são máquinas, nunca param. E, mesmo as máquinas, precisam ser paradas para manutenção, revisão e ajustes e algumas para esfriamento.

O trabalho em excesso é uma agressão ao corpo, uma sobrecarga para a mente e uma ducha de água fria nos relacionamentos. Há casais que sofrem, filhos que se desviam dos padrões éticos e amizades desfeitas pelo excesso dele.

Trabalhe, mas não exageradamente, assim ele é um inimigo.

Os maiores inimigos do ser humano - Vaidade

A palavra vaidade tem duas leituras. A primeira é de cunho humorístico no trocadilho: vai idade. Ou seja a idade está indo. A aplicação é que toda vaidade será consumida pelo tempo. A segunda leitura é o sentido da palavra em sua origem que significa o que é vão, fútil, ilusório, passageiro, sem valor.

Há quem defenda que uma dose equilibrada de vaidade faz bem e a sustentação é sobre as pessoas, sobretudo do sexo feminino, que apreciam embelezarem-se. Nesse sentido, até que não faz mal.

Mas a vaidade exagerada apresenta danos irreparáveis na vida da pessoa. Ela esconde uma insegurança e mascara uma fragilidade, considerando que a pessoa vaidosa, quer dizer cheia de vaidade, já que o sufixo oso/osa significa abundância, deseja ardentemente ser reconhecida e ter a aprovação dos outros. Nesse sentido, até que faz muito mal. Ao se vestir com as roupas mais caras, femininas ou masculinas, não é apenas para beleza, mas desejando a aprovação dos outros. O triste de tudo é que se assemelham aos mausoléus pomposos, bonitos por fora, podre por dentro.

A palavra divina adverte: “Seca-se a erva, murcha a flor...”.

Os maiores inimigos do ser humano - Ingratidão

Um episódio na Bíblia pouco lembrado fala das cidades que Salomão deu a Hirão I, rei de Tiro, como recompensa pelo apoio recebido na construção do templo. Hirão proveu toda a madeira de cedro e de cipreste e ouro necessários para a obra. Ao visitar as cidades, Hirão ficou surpreso: “Que cidades são essas, meu irmão? E chamou Terra de Cabul!”. Terra de Cabul significa terra arenosa, improdutível, infértil. 

Salomão revelou com o ato o que ocorre na vida de muita gente: ingratidão. Recebe o melhor e entrega o pior. Recebe em grande escala e devolve o mínimo. É abençoado com coisa boa e apresenta coisa ruim.

Cássia Cristina Berçot afirma que “a ingratidão é uma das piores traições que o ser humano pode praticar”.

Baltazar Capesse de Lima ensina que “quem tem a coragem de fazer o bem, tem que ter a sabedoria de suportar a ingratidão".

E de autor desconhecido, temos: “Existem três cachorros perigosos: a ingratidão, a soberba e a inveja. Quando mordem deixam uma ferida profunda”. 

E a Bíblia orienta: “Que a paz de Cristo seja o árbitro no coração de vocês, pois foi para essa paz que vocês foram chamados em um só corpo. E sejam agradecidos” - Colossenses 3.15.

Os maiores inimigos do ser humano - Avareza

A palavra "avareza" tem origem no latim “avaritia” e significa falta de generosidade ou apego excessivo a bens materiais, relacionada ao verbo “avare”, "querer muito, desejar desesperadamente". Para a doutrina católica, é um dos sete pecados capitais.

Lucas 12.13-21 registra uma parábola, cujo título incluído nas traduções é Parábola do Rico Insensato. Ao ser provocado para repartir a herança entre dois irmãos, Jesus orientou: “Tenham cuidado e não se deixem dominar por qualquer tipo de avareza, porque a vida de uma pessoa não consiste na abundância dos bens que ela tem”.

A pessoa avarenta trilha a estrada do egoísmo. Ela só pensa nela e tudo é feito com o fim de satisfazer o seu ego e seus desejos. E, para alcançar seu objetivo, é capaz de driblar pessoas, buscar atalhos na caminhada e atropelar o que se apresentar em sua frente.

A maior tristeza da pessoa avarenta é perceber que a vida passa como uma neblina e, caso tenha ajuntado muito, nenhum prazer e satisfação tem no que ajuntou. Tudo será distribuído e alguém vai desfrutar de seu esforço, ainda que involuntariamente.

Os maiores inimigos do ser humano - Verborragia

Em Tiago 1.19, lemos assim: “Vocês sabem estas coisas, meus amados irmãos. Cada um esteja pronto para ouvir, mas seja tardio para falar e tardio para ficar irado”.

O maior inimigo do ser humano destacado é verborragia. Que significa isso? Verborragia é falar demais. Verborrágico é quem fala demais sem necessidade, aquela pessoa que os antigos diziam que parecia ter engolido uma vitrola. É muito triste quando algum cristão é conhecido como falador ou faladeira.

Deus nos deu dois ouvidos e uma boca para que ouçamos mais e falemos menos. É interessante e lógico o raciocínio que assegura que quem fala mais, erra mais, e quem fala menos, erra menos.

Quando falamos demais perdemos a bênção de desfrutarmos do ensino que está em Colossenses 4.6: “Que a palavra dita por vocês seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibam como devem responder a cada um”.

Uma advertência séria é feita por Jesus em Mateus 12.36-37: “Digo a vocês que, no Dia do Juízo, as pessoas darão conta de toda palavra inútil que proferirem; porque, pelas suas palavras, você será justificado e, pelas suas palavras, você será condenado”.

Ouça mais e fale menos!

Os maiores inimigos do ser humano - Prepotência

Prepotência vem do Latim “praepotens” e significa “muito poderoso”. De prae-, “à frente”, mais “potens”, o prepotente é “aquele que coloca o seu poder adiante, que o faz sobressair”.

Ser prepotente é relacionar-se com as pessoas tomar a decisões com base no cargo e não na apresentação e discussão de ideias. Ser prepotente é assumir insegurança em relação à capacidade de liderança. Ou seja, o que não se pode conquistar pelas vias do diálogo é imposto pelas vias do poder.

A prepotência estabelece uma distância quilométrica com os ensinos dos evangelhos. A essência da proposta de Jesus está no homem reconhecer sua falibilidade e incapacidade de ser o dono da situação. Sua atuação pressupõe uma dependência total a um ser que tudo, que não é prepotente, mas onipotente, Deus.

O prepotente, antes de ofender o seu semelhante, com sua arrogância e altivez, ofende a Deus, que o criou com a orientação de estabelecer vínculos amorosos e saudáveis com o seu próximo.

Muito cuidado com o cargo e função que lhe foram confiados, tudo isso passa e a prepotência, um poderoso inimigo, se dilui como uma manteiga.

Os maiores inimigos do ser humano - Baixa Autoestima

Como eu reajo diante dos desafios, ao ser testado numa prova objetiva ou numa circunstância inesperada? Nossas ações e reações dependerão de nossa autoestima. Caso seja alta, enfrentaremos a situação de cabeça erguida. Sendo o contrário, autoestima baixa, parece que a abóboda celeste desabou sobre nós e o chão abriu uma cratera que nos engole.

A baixa autoestima é uma conclusão negativa de si mesmo. A baixa autoestima leva a pessoa a se sentir inadequada, não merecedora de coisas boas e incapaz de alcançar seus objetivos, provoca o desejo de se preocupar como as pessoas nos veem e a própria pessoa se enxerga de maneira totalmente negativa. Ela se olha com os olhos negativos dos outros. E, a rigor, ela não quer se ver com outros olhos, ela quer que os outros olhos a vejam como ela é. Isso não acontecendo e ela não se vendo assim amplifica a visão deturpada dos outros olhos.

A baixa autoestima é um poderoso inimigo. Primeiro, olhe para Deus, depois, olhe para você, pois “os olhos são a lâmpada do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz; se, porém, os seus olhos forem maus, todo o seu corpo estará em trevas. Portanto, se a luz que existe em você são trevas, que grandes trevas serão!” - Mateus 6.22-23.

Os maiores inimigos do ser humano - Medo

“O Senhor é quem irá à sua frente. Ele estará com você, não o deixará, nem o abandonará. Não tenha medo, nem fique assustado” - Deuteronômio 31.8.

O medo está alistado entre os maiores inimigos do ser humano. O escritor Emilio Mira y López escreveu o livro “Os quatro gigantes da alma” e sinalizou que eles são: o medo, a ira, o amor e o dever.

O medo apresenta a vertente positiva ao impedir ações impensadas e perigosas. Um bebê de nada tem medo, por isso a vigilância dos adultos é importante para que ele não tome uma atitude que lhe cause dor.

A vertente negativa do medo é a imaginação de realidade que não se tem qualquer confirmação que venha acontecer, mas paralisa a pessoa, impedindo-a de realizar atividades, tomar decisão e agir no dia a dia.

O medo pode se tornar um impiedoso dominador e se apresentar com a timidez, o pessimismo, o ceticismo e, até mesmo, a mentira. Há quem minta por medo.

Deus tem remédio para o medo e deixou a prescrição em Isaías 41.10: “Não tema, porque eu estou com você; não fique com medo, porque eu sou o seu Deus. Eu lhe dou forças; sim, eu o ajudo; sim, eu o seguro com a mão direita da minha justiça".

Os maiores inimigos do ser humano - Murmuração

Murmuração está relacionada a uma atitude de vida. Murmurar é apresentar um descontentamento com a vida. É apresentar-se insatisfeito por qualquer coisa que aconteça, seja ruim ou boa.

A murmuração é um dos maiores inimigos do ser humano porque em sua essência é uma declaração que faria melhor que Deus. Os que acreditam que Deus está sempre no controle da história muito dificilmente murmurarão.

A murmuração, também, é uma forma de ingratidão. Os que têm corações agradecidos muito dificilmente murmurarão.

Pâmella Ferracini advertiu que “perdemos tempo reclamando da vida, e esquecemos de agradecer por ter uma vida”.

A murmuração turva a visão, impedindo o murmurador de visualizar grandes possibilidades no futuro que há de vir. O foco é totalmente centrado na insatisfação e a construção de um futuro promissor se torna impossível. O apóstolo Paulo testemunhou “esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo”.

Que tal, no lugar da murmuração, a oração? A murmuração fecha portas, a oração as escancara. 

Os maiores inimigos do ser humano - Egoísmo

Egoísmo está na lista top 5 dos maiores inimigos do ser humano. Trata-se de uma atitude em que a pessoa olha apenas para as suas realidades, valoriza tão somente as suas opiniões, preocupa-se com seus interesses e só lembra de suas necessidades, desprezando as necessidades do outro.

Oscar Wilde sugere que “egoísmo não é viver à nossa maneira, mas desejar que os outros vivam como nós queremos”.

Para Aristóteles, “o egoísmo não é amor por nós próprios, mas uma desvairada paixão por nós próprios”.

Um texto budista realça que “devido à sua ambição e egoísmo, o homem faz da sua vida um verdadeiro naufrágio”.

E para Albert Einstein, “o valor do homem é determinado, em primeira linha, pelo grau e pelo sentido em que se libertou do seu ego”.

A proposta do evangelho é frontalmente oposta ao egoísmo. Ela se volta para o bem estar do outro. Valoriza os relacionamentos como estratégia de fazer o outro crescer, enquanto nós diminuímos. 

Ao provocarem João Batista com uma comparação com Jesus, ouviram do profeta do deserto: “É necessário que ele, Jesus, cresça e que eu diminua”.

Os maiores inimigos do ser humano - Arrogância

Um homem dirigia pela rodovia e foi orientado a parar num posto da Polícia Federal. Rudemente foi abordado por um policial que lhe exigia a apresentação dos documentos pessoais e de habilitação.

O condutor gentilmente disse-lhe “bom dia”. O policial de forma ainda mais rude retrucou-lhe e fez questão de realçar “bom dia coisa nenhuma, passe os documentos e deixe de conversa!”.

O condutor insiste num diálogo amável, mas não alcança êxito. Desce do carro, caminha em direção ao posto da PF, em frente, apresenta uma carteira ao policial diretor da unidade. Solicita a presença do policial que o abordou e o repreende severamente, anotando em livro próprio a ocorrência. Ele também era policial federal e chefiava praticamente todo o estado. Em sua despedida, disse ao policial: “Nós somos servidores públicos e somos pagos para tratamento digno aos cidadãos, se souber de outra falha, a sanção será maior!”.

Arrogância foi o erro do policial que abordou aquele homem. A arrogância é um dos maiores inimigos do ser humano. Sepulte a arrogância, deixe brotar a humildade.

Os maiores inimigos do ser humano - Homem

Sabendo que a nossa batalha não ocorre no campo material, mas no campo espiritual, como se materializam as estratégias bélicas do mentor espiritual da maldade em nossa vida? Lembre-se de que o texto de Efésios ensina que “a nossa luta é contra os poderes, autoridades e dominadores deste mundo de trevas”. Isso significa que não é luta humana, sim, contra um poderoso inimigo espiritual.

Mas o inimigo mor utiliza-se de estratégias e recorre a auxiliares para alcançar o seu objetivo que é macular a obra prima da criação de Deus, ou seja, escravizar o homem.

O mais importante e eficiente ajudante do inimigo mor é o próprio ser humano. Desde a queda, o inimigo conhece suas fraquezas e nessas áreas que ele atua. Em suma, o inimigo mor para alcançar seu objetivo conta com a participação ativa do homem. A rigor, depois do inimigo mor, o maior inimigo do homem é ele mesmo. 

O apóstolo Paulo parece sugerir ter reconhecido isso ao dizer “em mim, não habita bem algum, quando quero fazer o bem, já está feito o mal”.

Não lance a culpa somente no inimigo mor, reconheça que, depois dele, você é seu maior inimigo.

Os maiores inimigos do ser humano - Diabo

“A nossa luta não é contra pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais” - Efésios 6.12.

Você já parou para refletir sobre quem é o seu maior inimigo? Você já foi envolvido com a imaginação que seu maior inimigo é uma pessoa? Em algum momento você foi traído com o pensamento que seu maior inimigo é o pai, ou a mãe, ou o irmão, ou o patrão, ou a esposa, ou o esposo, ou o concorrente no negócio ou quem disputa uma vaga com você na empresa?

Pois é, a tendência nossa é olhar as pessoas como se fossem nossas inimigas. O texto da introdução informa com clareza: “A nossa luta não é contra pessoas!”. Então, nossos maiores inimigos não são as pessoas.

O mesmo texto informa que a nossa luta é “contra os poderes e autoridades, os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais”. 

O nosso inimigo está no campo espiritual, não no material. A partir de agora, não olhe para o seu semelhante como um inimigo, mas como um parceiro na jornada da vida. 

Dois ícones batistas no Pedro Bial da Rede Globo

 

A data de hoje pode se tornar histórica para os evangélicos no Brasil, quando se pensa no recorte evangélico com capacidade cognitiva acima da média. Dois ícones batistas serão entrevistados pelo ícone da televisão brasileira Pedro Bial.

O programa é o Conversa com o Bial e Luiz Sayão e Israel Belo de Azevedo serão os entrevistados. O assunto é "as traduções da Bíblia" e vai ao ar na TV Globo logo após o último telejornal da líder de audiência no Brasil. Para os que acessam a GNT, às 23h30, o mesmo programa será apresentado.

A expectativa é muito grande pelo nível do entrevistador e dos entrevistados e o valor do evento é inestimável, com possibilidades de derrubar preconceitos por parte de um público que, muito provavelmente, pouco interesse tem pela Bíblia.

Uma fonte antecipou ao blog que tanto o Luiz Sayão, pastor da Igreja Batista Nações Unidas, em São Paulo, e Israel Belo de Azevedo, pastor da Igreja Batista de Itacuruçá, no Rio de Janeiro, ficaram impressionados com a fidalguia e gentileza do apresentador no tratamento com eles e que concordaram que o povo evangélico "pensante" merece mais espaço na grande mídia para apresentar os fundamentos da fé com substância.

É esperar pra ver! Após a entrevista, faremos uma reportagem completa sobre seu valor e repercussão!

 

Quem ousa atirar a primeira pedra? - 02

Em Levítico 20.10, lemos assim: "Se um homem adulterar com a mulher do seu próximo, será morto o adúltero e a adúltera". Pois é, veja que interessante! A lei prescrevia que no caso de adultério os dois deveriam ser apedrejados. Mas onde estava o homem?

O julgamento humano é sempre falho. Ou por interesse ou por maldade absolve-se ou condena-se. Pr. Hernandes Dias Lopes argumenta que “esse episódio nos leva a entender que o tribunal dos homens é mais rigoroso que o tribunal de Deus, pois no tribunal dos homens a mulher saiu envergonhada e condenada; mas, no tribunal de Cristo, ela foi exortada a deixar seu pecado e a recomeçar sua vida”.

Aquela mulher estava ali paralisada, estatelada, desprezada e envergonhada por gente que perdera a sensibilidade e dava mais valor a um ato do que ao ser humano.

Deus, independentemente do ato, olhou Adão caído e foi reerguê-lo! Jesus, sem realçar o ato, enxergou na mulher a possibilidade de um novo caminho!

Ao encontrar alguém caído, não olhe para o ato, olhe para o ser humano e estenda a mão para levantá-lo! Você está caído ou caída? Deus estende sua mão para você!

Quem ousa atirar a primeira pedra? - 01

“Visto que continuavam a interrogá-lo, ele se levantou e lhes disse: "Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela" - João 8.7.

Jesus estava no templo ensinando e os mestres da lei e fariseus trouxeram uma mulher que fora surpreendida no ato do adultério. Eles argumentam com Jesus: “Na Lei, Moisés nos ordena apedrejar tais mulheres. E o senhor, que diz?". 

A provocação a Jesus “E o senhor, que diz?” é uma pegadinha no texto. Se a resposta fosse deixar a mulher livre, Jesus iria contra lei de Moisés. Se a resposta fosse apedrejar, Jesus não amava a mulher verdadeiramente.

É muito pedagógica a atitude dos líderes religiosos levarem a mulher até Jesus com a intenção de apedrejá-la. Até que ponto líderes religiosos têm que se prestar a isso? Em algum momento se dispuseram a ajudar a mulher? Em algum momento se sensibilizaram com seu sofrimento? Em algum momento se mostraram acolhedores buscando ajudá-la a se levantar?

Como você tem agido ao presenciar alguém que fraquejou e precisa de amparo? Seu prazer é apedrejar ou acolher?

Dívida milionária obriga CBF a vender patrimônio

Vista do plenário na Assembleia Extraordinária

Com 34 associações, 203 Igrejas e 430 mensageiros devidamente inscritos na Assembleia Extraordinária, a Convenção Batista Fluminense tomou uma decisão histórica na manhã de hoje na sede do Acampamento Batista, em Rio Bonito.

Convocada para 9h, antes do horário previsto o auditório estava praticamente cheio, vindo a superlotar logo na abertura dos trabalhos que, destaca-se, teve início antes do horário com momento de cânticos e reflexão bíblica apresentada pela Prª Ana Lúcia Reghin. Além dos inscritos, dezenas de irmãos e irmãs se fizeram presentes elevando o número, aproximadamente, para 500 pessoas.

Instalada a Assembleia, o Presidente da Convenção, Pr. Rafael Antunes Vieira, encaminhou os dois assuntos com uma breve, clara e contundente apresentação. Nas palavras do Presidente, “nosso objetivo não é uma caça às bruxas, mas sentimos necessidade de avaliar cuidadosamente a situação, pois uma sombria realidade se apresentava, estávamos sem caixa e compromissos financeiros muito próximos, como 13º, não tinham provisão para pagamento”.

Pr. Rafael Antunes Vieira, Presidente da CBF

Acrescentou o Presidente: “A realidade é esta: temos uma Convenção endividada. A dívida está em torno de 10 milhões de reais. E cresce a cada dia com os juros. Convidamos um consultor respeitado com trabalhos realizados na Convenção Batista Brasileira e outras convenções estaduais, isento, extremamente técnico e sem vínculo com a Convenção Batista Fluminense, e sua avaliação e orientação foi taxativa: “Ou se toma medida urgente ou a Convenção em pouco tempo será totalmente bloqueada”.

Pr. Rafael Antunes Vieira concluiu sua apresentação: “O relatório do Conselho Fiscal em julho foi de reprovação do relatório da JUNEDAS. Para os irmãos terem ideia, temos situação de apropriação indébita, o que caracteriza um crime”.

Pr. Dr. Marcelo Rosa, Consultor Jurídico da Convenção, foi o responsável por apresentar a realidade do patrimônio identificado, conforme abaixo:

1 - Colégio Batista Fluminense em nome da Denominada.

2 - Casa em Paraíba do Sul com situação indefinida

3 - Casa Residencial em Campos - tem processo na justiça

4 - Acampamento Rio Bonito - documentado, registrado em nome da Convenção

5 - Sítio Manaim - anexo ao Acampamento Batista - documentado e registrado - Disponível

6 - Sede do Ingá - documentada e registrada em nome da Convenção - Disponível

7 - Lar Batista - decisão anterior autorizou a venda do patrimônio para construir no Acampamento o Retiro dos Profetas - 146 mil metros quadrados - a maior parte é protegida por APA - Disponível

8 - Propriedade rural em Itaocara - está subutilizada - registrada em nome da Convenção - Disponível - Uma pessoa está morando e cuidando dele e alguma decisão precisa ser tomada em relação a ela.

Mesa Diretora da Convenção

Após a apresentação do patrimônio, foi informado que os itens 5,6,7 e 8 da lista acima estão totalmente disponíveis e, após esclarecimentos por parte do plenário, foram apresentadas duas propostas pelo Conselho Deliberativo da Convenção:

Proposta 1: Dar à diretoria e ao Executivo autorização para venda e disponibilidade/garantia de patrimônio disponível para zerar a dívida e oferecer condições da Convenção prosseguir. Num clima de discussão leve, agradável e tempo recorde foi aprovada com apenas dois votos contrários. Foi oferecida a oportunidade dos contrários, desejando, registrarem o voto por escrito.

Proposta 2: Os valores alcançados serão aplicados totalmente no pagamento das dívidas, que será realizado pela própria Convenção, e o saldo restante será aplicado nos projetos da Convenção para avanço do trabalho no campo fluminense.  Aprovada por unanimidade.

A presença da liderança batista foi marcante, destacando a Ordem dos Pastores, União de Homens, União Feminina, JUBERJ e irmãos e irmãs de todo o estado. Líderes como os pastores Geraldo Geremias, Éber Silva, Hudson Galdino e Adonias Júnior estiveram presentes e apoiaram integralmente a orientação da diretoria.  O clima era de total aprovação e esperança de um futuro promissor. Segundo comentários de vários, o avião CBF vai decolar.

Assim que terminou a Assembleia, Pr. Rafael Antunes Vieira e Pr. Diego Bravim destacaram em entrevista a gratidão ao povo batista fluminense, a expectativa de grande futuro é muito grande, que a sabedoria divina esteja sobre nós para que nunca mais a Convenção passe por uma situação semelhante e que e a locomotiva do Brasil está de volta.

Paz com Deus - VII

Jesus experimentava os últimos momentos de seu ministério terreno e a tensa experiência da crucificação se aproximava.

Pilatos o interroga, mas, sabendo que era da jurisdição de Herodes, o encaminha. Sonhava estar com o Príncipe da paz! Queria ver um milagre! Jesus não aceita seu jogo. Com desprezo, é devolvido a Pilatos, que não encontra nele pecado, mas, pressionado pela multidão, lava as mãos.

Situação curiosa acontece naquela ida e vinda de Jesus entre as duas autoridades e Lucas 23.12 registra assim: “E no mesmo dia, Pilatos e Herodes entre si se fizeram amigos; pois dantes andavam em inimizade um com o outro”. A versão católica tem a seguinte redação: “Naquele mesmo dia, Pilatos e Herodes fizeram as pazes, pois antes eram inimigos um do outro”.

A presença de Jesus é capaz de fazer até com que inimigos se reconciliem. É verdade que a motivação de Pilatos e Herodes era outra, mas também é verdade que muitos inimigos tem se reconciliado a partir do encontro com Cristo. Ele é a Paz que reconcilia.

Você tem desejo de se reconciliar com alguém? Receba a paz de Cristo e tenha paz com essa pessoa. A reconciliação virá naturalmente.

Paz com Deus - VI

O famoso Cantor Cristão, primeiro hinário dos batistas brasileiros, traz o hino “O Coração Em Paz”.

O refrão diz assim:

Se teu coração estiver em paz

Bem contente e alegre sempre te acharás

Se teu coração estiver em paz

Verás que um arco-íris cada nuvem traz

Nas estrofes, temos:

Vindo sombras escuras nos caminhos teus

Oh, não te desanime! Canta um hino a Deus!

Cada nuvem escura um arco-íris traz

Quando em teu coração reinar perfeita paz

Se o viver é de lutas, cheio de amargor

Mostra afeto aos aflitos, age em seu favor

E de tudo o que sofres tu te esquecerás

Fruirás gozo e calma, se tiveres paz

Vem após negra noite a aurora matinal

Fica o céu mais brilhante após o temporal!

A esperança não percas, tudo vencerás!

Fugirão as tristezas, se tiveres paz.

Se teu coração estiver em paz

Bem contente e alegre sempre te acharás

Se teu coração estiver em paz

Verás que um arco-íris cada nuvem traz

Coração em Paz produz alegria, ânimo e esperança. E o coração só terá paz com Deus. E só terá paz com Deus quem tiver a Paz de Deus.

Paz com Deus - V

Ter paz com Deus significa, essencialmente, ter paz de Deus. E não se tem paz de Deus sem relacionamento com ele.

Preste atenção: não se trata de paz com sua religião, é paz com Deus. A fonte da paz é Deus.

Recorrer a essa fonte é receber alimento para enfrentar as adversidades e não desistir.

Nelson Mandela nasceu em 1918. Em 1962, com 44 anos, foi preso e, por quase 28 anos, sofreu injustamente. É muito possível que amigos seus, ao visitá-lo, após 1 ano, dois, cinco, dez, vinte, vinte e cinco, tenham sugerido esquecer aquela causa e ficar livre. Ele não desistiu. Em 1990 foi solto. Em 1993, recebeu o Prêmio Nobel da Paz.   

Declarou: “Se você quer fazer as pazes com seu inimigo, você tem que trabalhar com ele. Em seguida, ele irá tornar-se seu parceiro”.

Um de seus mais brilhantes pensamentos, para mim, é: “Quando eu saí em direção ao portão que me levaria à liberdade, eu sabia que, se eu não deixasse minha amargura e meu ódio para trás, eu ainda estaria na prisão”.

Ter paz com Deus é ser livre! E não se tem liberdade sem a Paz de Deus!

Paz com Deus - IV

“Não andem ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as suas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus” - Carta de Paulo aos Filipenses 4.6-7.

Noutra versão, o texto tem seu início assim: “Não estejam inquietos por coisa alguma”. Inquietude no texto é o mesmo que ansiedade. Um mal que assola milhões de pessoas e, em muitos casos, levando-as ao desespero. Desesperar é perder a capacidade de esperar. Quem espera, não se desespera!

O texto apresenta a orientação: suas petições sejam totalmente conhecidas por Deus. O sentido é de lançar sobre o Senhor as necessidades, considerando que ele as conhece antes de pedirmos. E que elas sejam reveladas ao Senhor com ações de graças, pois “em tudo, devemos dar graças”. O resultado é que a paz de Deus, que está acima da razão, guardará o coração e a mente do pedinte.

Você está inquieto, inquieta? Ansioso, ansiosa? Entregue tudo para Deus, confie n’Ele, Ele sabe cuidar de tudo.

Paz com Deus - III

Em carta escrita aos cristãos romanos, o apóstolo Paulo ensina: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” - Romanos 5.1.

Ser justificado não é ser justo, mas receber de Deus, pela fé em Cristo, a declaração de que não há culpa em nós porque Jesus Cristo levou sobre si toda a nossa culpa. A paz com Deus vem como consequência da libertação da condenação que nos afligia. Estamos livres. 

Como explicar, então, a situação de muitos cristãos que, mesmo tendo sido alcançados por Cristo e terem recebido a justificação, não desfrutam de paz? Vivem em permanente guerra interior e a vida é levada com muito peso como se carregassem um fardo. É possível que a razão passe pela falta de entrega total ao senhorio de Jesus, após a entrega para receber a salvação.

Descansar no senhorio de Cristo é desfrutar de paz, independentemente do que acontece na caminhada. Paz com Deus não é sinônimo de ausência de problema, mas é a capacidade de manter-se com equilíbrio em qualquer circunstância, sabendo que Deus está no controle e, no final, tudo dará certo.

Paz com Deus - II

A paz oferecida por Cristo é totalmente diferente da paz oferecida por qualquer sistema, até mesmo pelo Cristianismo. Este, em nome de Cristo, provocou muita guerra e muita gente foi parar nas arenas para escárnio público, foi queimada viva em praça pública e, até, arrastada por animais por longa distância.

A paz oferecida por Cristo surpreende o opressor quando o oprimido se dispõe a caminhar duas milhas mesmo que a lei o obrigue a caminhar tão somente uma. É também capaz de entregar a capa quando apenas a túnica lhe foi exigida.

A paz oferecida por Cristo desmonta qualquer provocação por parte dos mais cruéis e violentos opressores. Foi assim que Estêvão, um dos diáconos, ao ser apedrejado, serenamente rogava ao Pai não imputar aquele pecado aos seus algozes e Paulo, o líder daquele apedrejamento, desde então, não conseguia dormir mais tranquilo até se render ao Príncipe da Paz.

O príncipe da paz disse assim: “Deixo a paz para vocês, a minha paz dou para vocês, não a dou como o mundo (sistema) a dá” - João 14.27. 

Não adianta, lutar contra a paz de Cristo é guerra perdida.

Paz com Deus - I

“Não existe um Caminho para a PAZ. A PAZ é o Caminho” - Mahatma Gandhi.

Viver em paz é um grande desafio que a humanidade persegue. Em todos os tempos e em todo o tempo, em algum lugar do planeta, alguma guerra é travada e bilhões de dólares são investidos para a pacificação. O paradoxal é que, via de regra, o próprio homem promove a guerra por interesses econômicos e, em seguida, investe para que um acordo de paz seja celebrado. 

Infelizmente, essa experiência de guerra entre os povos faz parte da vida humana. Mas nem sempre o ser humano se dá conta que uma guerra é travada todo dia na vida de cada pessoa. E, não utilizando as armas corretas para combatê-la, muitos vivem como um vulcão em permanente erupção, derramando suas lavas por todos os lados.

Todo dia, ao acordar, somos provocados a viver em guerra com alguém próximo. A vitória sobre essa guerra não depende do outro, depende de mim, depende de você. Que armas usaremos para evitá-la? Armas erradas provocarão ainda mais conflitos.

Antes de pensarmos nas armas, que tal recorrermos ao Príncipe da Paz, Jesus? Ele venceu a pior de todas as guerras e pode nos dar as estratégias.

Quando Jesus escreveu na areia - 05

“Visto que continuavam a interrogá-lo, ele se levantou e lhes disse: "Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela" - João 8.7.

Jesus, sabiamente, como sempre não caiu na provocação deles. Ele não veio para destruir a lei. Sua ação sempre foi de valorização da lei, contudo, ampliando o seu entendimento.

Sem uma resposta objetiva em relação às duas possibilidades apresentadas por eles, Jesus mostrou a condição de todos. Quando Jesus escreveu na areia todos se igualaram. A expressão “quem estiver sem pecado” foi como uma pedrada na consciência deles. Era como se Jesus dissesse claramente: “Vocês são tão pecadores quanto ela!”. A Bíblia ensina que todos somos pecadores e não há um justo sequer. A régua que mede nossa pureza não é a comparação com o semelhante, mas nossa comparação com Deus. Diante de Deus, todos somos iguais, miseráveis pecadores que, em Cristo, podemos encontrar perdão.

Não temos autoridade para exigir o apedrejamento de nosso semelhante, nossa situação diante de Deus só se sustenta por causa de sua misericórdia.

Quando Jesus escreveu na areia - 04

“Eles disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi surpreendida em ato de adultério. Na Lei, Moisés nos ordena apedrejar tais mulheres. E o senhor, que diz?" - João 8.4-5.

O verso seis informa que “eles estavam usando essa pergunta como armadilha, a fim de terem uma base para acusá-lo”. Em outras palavras, tratava-se de uma pegadinha.

Veja bem o dilema: Se Jesus autoriza apedrejar, faltava-lhe o amor. Se Jesus desautoriza o apedrejamento, contrariaria a Lei de Moisés. E o povo judeu respeitava e ainda respeita muito Moisés. 

Sem responder, Jesus começou a escrever na areia. Especula-se o que Jesus escrevia na areia. Ninguém sabe, mas algumas conjecturas são interessantes. Algumas delas: Onde está o homem que adulterou com ela? Escrevendo o nome de cada um, escrevia os seus pecados. 

Caso fossem verdades essas conjecturas, escrever na areia tem uma aplicação interessante: em pouco tempo, a terra cobriria o conteúdo escrito e Jesus escreve na areia os nossos pecados, mas registra na rocha o perdão que nos concede.

Ele é a Rocha dos séculos.

Quando Jesus escreveu na areia - 03

“Ao amanhecer ele apareceu novamente no templo, onde todo o povo se reuniu ao seu redor, e ele se assentou para ensiná-lo. Os mestres da lei e os fariseus trouxeram-lhe uma mulher surpreendida em adultério. Fizeram-na ficar em pé diante de todos” - João 8.2-3.

Em que local os escribas e fariseus levaram a mulher para se apresentar diante de Jesus? No templo. Pode ser que esse pormenor passe despercebido, mas tem aplicação muito forte. Com que finalidade você vai ao templo?

Há os que vão ao templo como se fossem a um clube de convivência. Há outros que vão para buscar solução para algum problema. Jesus contou uma parábola em que um fariseu e um publicano foram ao templo orar. O fariseu era religioso, o publicano era um rejeitado pelas pessoas. O fariseu, cheio de presunção, se comparava com o publicano e orava. O publicano orava com a consciência que era pecador. Jesus disse que o publicano voltou para casa com sua oração atendida. O fariseu não.

A mulher adúltera foi levada pelos escribas e fariseus ao templo para que Jesus a condenasse. Cuidado com as motivações que levam você ao templo!

Quando Jesus escreveu na areia - 02

“Os mestres da lei e os fariseus trouxeram-lhe uma mulher surpreendida em adultério. Fizeram-na ficar em pé diante de todos e disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi surpreendida em ato de adultério” - João 8.3-4.

Uma informação importante no texto. Quem levou a mulher à presença de Jesus? Os mestres da Lei e os fariseus. Os mestres da Lei eram os escribas. Sua função era escrever. Eles registravam e copiavam coisas importantes por escrito, como: documentos legais ou administrativos. No contexto do ministério de Jesus, escreviam a Lei e a conheciam totalmente. Os fariseus eram um grupo religioso muito radical, muito zelosos e cumpridores da Lei. 

Atente para a incoerência: dois grupos envolvidos com a religião levam somente a mulher a Jesus com a intenção de apedrejá-la.

Cuidado com o que você faz com sua religião! Em nome da religião, muita maldade foi praticada e muitos prejuízos causados. Ela não pode entravar, atrapalhar, constranger e humilhar a vida do próximo. Mais importante do que qualquer norma é o ser humano. É isso que Jesus ensina.

Quando Jesus escreveu na areia - 01

“Disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi surpreendida em ato de adultério. Na Lei, Moisés nos ordena apedrejar tais mulheres. E o senhor, que diz?". Eles estavam usando essa pergunta como armadilha, a fim de terem uma base para acusá-lo. Mas Jesus inclinou-se e começou a escrever na areia com o dedo” - João 8.4-6.

O texto é muito claro. Uma mulher fora apanhada em adultério e levada à presença de Jesus com exigências que a lei fosse cumprida.

Veja o que a lei dizia: “Se um homem for achado deitado com uma mulher que tem marido, então, ambos morrerão, o homem que se deitou com a mulher e a mulher; assim eliminarás o mal de Israel” - Deuteronômio 22.22. Percebeu alguma anormalidade? Onde está o homem que adulterou com a mulher? Só ela foi levada? Essa atitude revela o preconceito que se tem com a mulher, muito marcante naquela cultura, deixando a mulher de, sequer, ser contada nos ajuntamentos.  

O triste é saber que até hoje, em muitos lugares, a mulher recebe tratamento diferenciado dos homens, inclusive por cristãos. Jesus sempre exaltou a mulher e reconheceu o seu valor.

Graça e Paz

“Graça e paz sejam convosco, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo” - II Coríntios 1.2.

Graça e paz são duas palavras sempre presentes nas cartas de Paulo. Graça significa favor imerecido, um favor que recebemos sem merecer. Paz significa uma experiência capaz de dar segurança interior independente do que venha acontecer no exterior. A fonte da graça e da paz é Deus, nosso Pai.

Numa sociedade em que se valoriza grandemente o mérito pessoal, somos abençoados por dádivas sem nenhum merecimento. É muito comum trilharmos a perigosa estrada da meritocracia na exaltação de nossas virtudes. Não devemos nos esquecer, “é graça, não merecemos”. Ao compreender com clareza tal realidade, desfrutaremos de paz interior e nada que venha acontecer tirará a nossa tranquilidade, mesmo que passemos por apreensões, tensões e preocupações.

Você pode orar hoje assim: “Senhor, reconheço que em minha vida tudo é graça do Senhor e que preciso de tua paz”.

A vontade de Deus

“Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo, à igreja de Deus, que está em Corinto, com todos os santos que estão em toda a Acaia” - II Coríntios 1.1.

Um dos maiores problemas na vida do cristão é a tensão entre a vontade divina e a vontade humana. Pressionados por exigências da cultura, expectativas de resultados imediatos e necessidade de atender programas religiosos, o cristão realiza muitas atividades tendo como base sua vontade. Paulo ensina: “sou apóstolo pela vontade de Deus”.

A vontade divina não anula a participação humana, o cristão não passa a ser um robô, mas sua maturidade provoca a atitude de buscar sempre a vontade de Deus. Isso tem um custo muito alto e há situações em que sofrimentos acontecem, renunciar traz dor em muitos casos.

A melhor decisão é estar no centro da vontade de Deus, ainda que para isso o preço pago seja alto.

Sua oração hoje deve ser: Senhor, quero me submeter e obedecer à sua vontade.

Descanse em Deus

Em Filipenses 4.6-9, lemos assim:

“Não estejam inquietos por coisa alguma; antes as suas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.

E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e os seus pensamentos em Cristo Jesus.

Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensem.

O que também aprenderam, e receberam, e ouviram, e viram em mim, isso façam; e o Deus de paz será com vocês”.

Para o Reverendo Presbiteriano Augustus Nicodemos, este texto apresenta três atitudes para combater a ansiedade:

1ª - Apresentar tudo a Deus em oração.

2ª - Ocupar o pensamento com o que é bom.

3ª - Praticar o que se aprende.

O apóstolo Pedro diz assim: “Lançando sobre Deus toda a sua ansiedade, porque Ele tem cuidado de vocês”. Lançando sobre Deus toda, não alguma ansiedade.

Ficamos ansiosos porque queremos e porque não queremos descansar em Deus.

Salmo 150

Uma teologia do louvor

O Salmo 150 apresenta uma verdadeira teologia do louvor. Veja só:

1° - A quem se deve louvar: “Louvai ao Senhor”. 

2° - Onde se deve louvar: “Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento do seu poder”. Para o judeu, santuário era um local. Para o cristão, é a própria vida. A ideia de santuário restringe, apenas um local, o templo. A ideia de firmamento do seu poder amplia, quer dizer, em todo lugar. 

3° - A razão do louvor: “Louvai-o pelos seus atos poderosos; louvai-o conforme a excelência da sua grandeza”.

4° - Os instrumentos do louvor: “Louvai-o com o som de trombeta; louvai-o com o saltério e a harpa. Louvai-o com o tamborim e a dança, louvai-o com instrumentos de cordas e com órgãos. Louvai-o com os címbalos sonoros; louvai-o com címbalos altissonantes. Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor”.

Louvar é falar bem, elogiar, apresentar palavras de reconhecimento. Deus é o único que, sendo louvado, nunca ficará aquém de quem o louva (louvor pode ser dado também a pessoas; adoração, não, só a Deus).

Ao ler esta meditação, conclui-se que você tenha fôlego. Então, louve ao Senhor!

Salmo 149

Essência e não forma

Eu me lembro do tempo em que grandes discussões foram travadas a respeito da prática do louvor e adoração. 

Em alguns lugares, os chamados corinhos não eram permitidos no templo. Em outros, permitidos os corinhos, mas não podiam ser com palmas. A guitarra primeiro, mais tarde a bateria, quando começaram a ser incluídas nas bandas foi um Deus nos acuda. Não era maldade, era imaturidade, conhecimento adquirido de líderes que, inconscientemente, assumiam o lugar de Deus para decretar “isso pode e isso não pode”.

O poeta do Salmo 149, no verso 3, orienta: “Louvem o nome do Senhor com danças, cantem-lhe salmos ao som de tamborins e harpas”. Em outras palavras, ensinava: o que prevalece é a essência e não a forma.

Estávamos eu e meu amigo Pr. Hudson Galdino num Congresso da Aliança Batista Mundial. Num intervalo, ao caminharmos pelo gigantesco ginásio, vimos num canto mais isolado 10 a 12 irmãos orando e cantando. Não fosse conhecido o contexto, a conclusão é que seriam de outro credo e estariam possuídos.

Seu coração foi limpo por Jesus? Louve com alegria e não se importe com a forma!

Salmo 148

Fechado com o louvor

O Salmo 148 é todo marcado pela ênfase no louvor. Treze vezes, num pequeno poema de 14 versos, aparece o verbo louvar. Após uma solene convocação para se louvar do alto dos céus, os anjos, os astros, os céus e a terra, os seres marinhos, os fenômenos da natureza, montes e florestas, os animais, soberanos e súditos, rapazes e moças, velhos e crianças, tudo e todos devem louvar. É como se o poeta dissesse: aqui tudo está fechado com o louvor.

O saudoso Lázaro cantava com entusiasmo: “Vou passando pela prova dando glória a Deus! É difícil quando a gente tá na prova, e vem um atribulado enviado do diabo, ele vem totalmente carregado, todo contaminado pra tirar a sua paz, e não entende que Deus quando tem uma obra, na vida de um crente, primeiro ele prova, é por isso que eu vou passando pela prova dando glória”.

Louvar é elogiar, falar bem. Louvar a Deus é falar bem Deus! É muito fácil isso acontecer quando tudo está bem, mas quando tudo está mal, é muito difícil!

Meu desafio para você agora é: está tudo, bem? Louve ao Senhor! Está tudo mal? Louve ao Senhor!

Salmo 147

O Deus acessível

Para Charles Haddon Spurgeon, pastor batista inglês no século XIX, o Salmo 147 é um poema da cidade e do campo, da primeira criação e da segunda, da nação e da igreja”. Uma ênfase do salmo é a realidade do Deus Todo Poderoso, o ser que não é vencido por nenhum outro e a ninguém teme. Ele, como assegura o verso quatro, “conta o número das estrelas, chamando-as todas pelo seu nome”.

O mais interessante é que o Deus poderoso não despreza os que são fracos e impotentes. O verso 3 do poema registra: “Ele sara os que têm coração quebrantado e trata das feridas deles”. Na experiência humana, é inconcebível um soberano se preocupar com um súdito que se encontra na sarjeta. E tem mais: o verso seis informa que “o Senhor ampara os humildes”.

Consciente dessas realidades, o salmista convoca: “Cantem ao Senhor com ações de graças; ao som da harpa, cantem louvores ao nosso Deus” - verso 7.

Uma lição prática para nós: O Deus soberano, inatingível, inacessível, veio até nós para cuidar de nossas fraquezas e, através de Jesus Cristo, podemos acessá-lo quando desejarmos.

Salmo 146

Aleluia! Aleluia!

“Aleluia! Louve, ó minha alma ao Senhor!” - Salmo 146.1.

Do Salmo 146 ao 150, temos o chamado bloco dos salmos de Aleluia. Todos eles começam e terminam com a palavra aleluia!

Aleluia significa “Louvado seja Deus”. É como se o organizador do livro desejasse fechar todo o Saltério com um tempo significativo de louvor ao Senhor.

É uma pena que o vocábulo “Aleluia”, por algum tempo e em alguns segmentos do cristianismo, significou característica de adorador, diferenciando-o entre renovado e tradicional. Aleluia deve ser um refrão repetido durante todo o dia, independentemente das circunstâncias enfrentadas.

Neste Salmo, o poeta inicia convidando sua alma a louvar ao Senhor, ou seja, dar “Aleluia” e termina registrando que o reinado do Senhor é para sempre e acontece de geração em geração!

Você já pensou em iniciar o seu dia com a repetição de “Aleluias” durante um minuto? E que tal terminar o dia da mesma forma? Apenas uma advertência: não é para ser uma declaração retórica, é um sério compromisso de vida, em tudo Deus deve ser louvado por nós!