terça-feira, 25 de outubro de 2011

Aprendi a gostar de Igreja


Aprendi a gostar de Igreja

  • Imprimir
  • E-mail
AddThis Social Bookmark Button
Em recente visita a uma ovelha ouvi a declarativa que dá título a esta pastoral. Veio como um bálsamo. Tento reproduzir fielmente fragmentos do encontro.
A ovelha em pauta lembrou que, ao se converter, teve um prazo estabelecido de permanência na Igreja. Os “amigos” mais crédulos davam menos de seis meses.“E graças a Deus, estou até hoje. Eu aprendi a gostar de Igreja desde 1951”, destacou a ovelha.
Em recente visita a uma ovelha ouvi a declarativa que dá título a esta pastoral. Veio como um bálsamo. Tento reproduzir fielmente fragmentos do encontro.
A ovelha em pauta lembrou que, ao se converter, teve um prazo estabelecido de permanência na Igreja. Os “amigos” mais crédulos davam menos de seis meses.“E graças a Deus, estou até hoje. Eu aprendi a gostar de Igreja desde 1951”, destacou a ovelha. Fiz minhas contas bem rápido: 57 anos de vida cristã. 684 meses. Cem vezes mais que o projetado pelos amigos. Ainda no bate-papo, lembrou-se dos tempos em que teve grandes responsabilidades no reino de Deus e sempre fazendo com alegria no coração. Destacou: “Às vezes, chegava cansado do trabalho, tomava um banho, colocava uma roupa bem passadinha e me deslocava para o templo, ora em ensaios de coral, ora em cultos coletivos, ora em outros programas”. E repetiu mais de uma vez: aprendi a gostar de Igreja.
Durante a conversa, lembramos o tempo atual: com a saúde afetada - é freqüente não ficar mais de três horas sem uso de medicação -, não tem mais condições de freqüentar o templo com a mesma intensidade. Impressionante é que não carrega qualquer tipo de culpa ou tristeza por não ter aproveitado as oportunidades. Juntos, lembramos: “Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar” - João 9.4. E ainda: “Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento; Antes que se escureçam o sol, e a luz, e a lua, e as estrelas, e tornem a vir as nuvens depois da chuva” - Eclesiastes 12.1-2. Os dois textos eram conforto para a ovelha: trabalhou enquanto era dia e aproveitou com responsabilidade os dias da mocidade.
Ao sair da visita, a declarativa “aprendi a gostar de igreja” não me saía da cabeça. Como é bom gostar de igreja. Em nosso lar aprendemos também a gostar dela. Nossos pais nos ensinaram. Como era agradável nos arrumar - quase sempre a mesma roupa da semana passada, e do mês passado e, até, do ano passado - e sair para o templo. Cantávamos com entusiasmo! E participávamos de tudo! E até hoje, mesmo de férias ou folga, não deixo de ir ao templo. Faz-me bem!
Quem gosta de Igreja, vibra com ela. E faz tudo por ela. Sua igreja é a melhor de todas, sem desprezo às outras. Muitas vezes, renuncia a algo para valorizá-la. Ela é a noiva de Cristo. Significa dizer: o crente cuida da noiva de seu Salvador.
Quem gosta de Igreja, reconhece que, embora imperfeitos, somos o corpo de Cristo. É um mistério que só a eternidade desvendará. Não fala mal dela e dela cuida com muito carinho, pois, afinal, é a noiva de seu Salvador. Sabe, inclusive, que as imperfeições dos outros são as mesmas suas, moralmente falando.
Quem gosta de Igreja, não fica de igreja em igreja - aqui, o sentido é local. Ele se firma numa. E mesmo que venham lutas, permanece. E luta para que as lutas sejam vencidas. E consegue vencer, pela graça de Deus. E a igreja vai se aperfeiçoando porque a graça de Cristo a purifica. Até o dia em que “Cristo, que a amou, e a si mesmo se entregou por ela, e a santificou, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, a apresentará a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” - Efésios 5.25-27.
Eu sei que a curiosidade te alcançou. Afinal, que ovelha é esta? Antes de revelar, indago: você gosta de igreja? Gosta mesmo? Ou é lembrada quando algo mais importante não está em pauta? Seus familiares testemunham que você gosta de igreja?
Mate a curiosidade: Benedito de Oliveira Moreira. Seu nome denuncia: abençoado, louvado, bendito. Que bom foi visitá-lo na última quarta-feira!

Nenhum comentário:

Postar um comentário