Uma
cena que não me sai da cabeça acontecia no momento de culto de domingo à noite
na Igreja Batista de Cachoeiro de Cardoso Moreira. Cumpridas todas as partes
antes da mensagem, era a vez do Coral cantar. Fiz parte dele por um bom tempo.
O regente, irmão Rodolfo, usando uma perna mecânica pra se locomover, caminhava
de um banco do auditório e, solene e calmamente, chegava onde o Coro se
encontrava. Acontecia o ritual, em que todos olhavam para ele, erguia as mãos e
todos se levantavam. O órgão tocava e começava o hino.
Sua letra era
proposital, tinha como
objetivo silêncio absoluto para se ouvir a mensagem:
Silêncio, silêncio,
nenhum cochichar;
Atenta às palavras que
estão a pregar.
Silêncio, silêncio, que
Deus aqui está!
E ouve Lhe o doce convite
"vem cá".
Silêncio, silêncio, é
santo o lugar;
Mensagem de graça se diz
desse altar.
Silêncio, silêncio,
recolhe te a orar;
E paz da celeste vais
exp'rimentar.
Silêncio, silêncio,
relembra os dons seus;
Silêncio, silêncio,
espera em teu Deus.
Hoje,
quando me lembro desse hino, lembro-me do Salmo 46.10: Aquietai-vos e sabei que
sou Deus.
Como precisamos nos silenciar diante
de Deus. É hora tranqüila. É hora em que ouvimos sua mais contundente voz. E
sua mensagem preferida é: Eu te amo!
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