sexta-feira, 19 de julho de 2013

Um salmo de dor


            O Salmo 32 é um daqueles que marcam o sofrimento que o pecado traz. Relaciona-se a um período triste da vida de Davi que, sem máscara, confessou o que tinha feito e revelou a dor que sentia enquanto se calava.
            Embora a ciência tenha descoberto a doença psicossomática bem recente, Davi mostrou como experimentou essa realidade: “Quando eu guardei silêncio, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia. Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio”. Envelhecimento dos ossos e humor se tornar seco são linguagens que revelam grande sofrimento da alma que se transfere para o corpo.
            Entretanto o salmo da dor sinaliza também a solução: “Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano”.
            Há perdão para qualquer pecado. Basta confessar. E perdão dos pecados significa libertação de dores terríveis. Dores da alma que, muitas vezes, se transferem para o corpo.

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