Tendo
vinte e sete anos e quase cinco meses de casado com Ilcimar e dois
filhos, João Marcos e Raquel, reflito que, se pudesse voltar no
tempo, faria muita coisa diferente.
Eu
rolaria mais no chão com meus filhos e daria e levaria chutes
carinhosos.
Eu
tomaria mais sorvetes com eles, mesmo que fossem aqueles baratinhos,
numa praça onde pudessem correr.
Eu
compraria mais balas para eles e lhes daria todas as vezes que
chegassem à casa.
Eu
jogaria mais futebol com eles na grama do quintal e os deixaria fazer
gols para alegria deles.
Eu iria
mais à praia nos sábados pela manhã daria caldos e surfava nas
pranchas de isopor.
Eu
andaria mais de bicicleta, mostrando-lhes os bairros da
cidade,
Eu
faria o dever de casa com eles, ensinando-lhes as primeiras letras.
Eu iria
ao cinema com eles, suportando os filmes que eles gostariam de ver.
Eu
abraçaria e beijaria muito mais vezes do que abracei e beijei.
Eu
pediria mais perdão pelos erros cometidos do que pedi.
Mas eu
não posso voltar no tempo. Sei que não fui um pai irresponsável,
mas que faria muita coisa diferente, faria, mesmo que tivesse que
deixar de estar presente em algumas reuniões que, na verdade, poucos
benefícios trouxeram.
Não dá
para voltar no tempo, mas dá para fazer diferente a partir de agora.
Façamos.
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