Em
vinte e dois de novembro de 1987, eu e Ilcimar iniciamos nossa
caminhada juntos. Lembro-me como se fosse hoje.
Reflito
que, se eu pudesse voltar no tempo, muita coisa diferente faria.
Eu a
trataria com mais docilidade do que sempre tratei.
Eu
evitaria a todo custo ser ríspido com ela porque algum problema
externo estava me tirando a calma.
Eu a
abraçaria e a beijaria mais ainda do que sempre fiz
Eu
lavaria mais a louça suja da cozinha após refeições tão
deliciosas que ela preparou.
Eu
limparia mais o chão da casa, poupando-lhe grandes esforços.
Eu
nunca a deixaria jogar o lixo fora, deixando-a mais feliz ainda.
Eu
aprenderia, mesmo que precisasse de um curso fazer, comprar presentes
para presenteá-la.
Eu
escreveria mais poemas para ela, registrando em textos o que estava
no coração e na mente.
Eu
veria mais filmes com ela e programas de TV que ela gostava.
Eu a
levaria mais vezes para almoçar e jantar fora, deixando-a escolher o
local e cardápio.
Eu a
surpreenderia mais vezes ao chegar à casa com um lanche de sua
preferência.
Mas eu
não posso voltar no tempo. Sei que não fui um namorado, noivo e
esposo tão cruel, mas que faria muita coisa diferente, faria, mesmo
que tivesse que renunciar muitas atividades que pouco benefício
trouxeram.
Não dá
para voltar no tempo, mas dá para fazer diferente a partir de agora.
Façamos.
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