quinta-feira, 27 de julho de 2017

Chegue perto


De longe, eles gritaram: “Jesus, Mestre, tenha misericórdia de nós”. De longe, ouviram: “Vão, e mostrem aos sacerdotes”.

Enquanto iam, foram totalmente curados da lepra. Eram dez.

A condição em que estavam limitava-os em suas relações com a sociedade. Não podiam se aproximar, moravam fora do arraial, tinham que se apresentar como “imundos” e, dependendo de situações climáticas, a distâncias eram diferentes.

Estavam longe de casa. Longe do sorriso familiar. Longe do abraço fraterno. Longe do lazer com amigos. Longe de tudo.

Agora, estão curados. A narrativa não informa se foram mostrar ao sacerdote. Devem ter ido, era prescrito. Um, entretanto, volta e se apresenta diante do sumo-sacerdote. Prostra-se aos pés de Jesus com o rosto em terra e agradece. Era um samaritano.

Preste atenção: este se aproxima. Não está de longe. Mas, e os nove, admira-se o mestre? Continuam longe. A ingratidão distancia. A gratidão aproxima.

Ao que chegou perto, uma palavra especial: “Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou”. Jesus está sempre no mesmo lugar. Uns se aproximam, outros distanciam-se.

A cura física tem prazo de validade, mais cedo ou mais tarde, a pessoa parte. A cura da alma invade a eternidade.

Chegue perto. Vale a pena!

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