Em casa, impossível viver. Dominado pelos
demônios, anda nu de dia e de noite, dos montes e sepulcros, ecoava sua voz,
sempre apavorante.
Seu corpo marcado pelos cortes com
pedras, nada o detinha, nem cadeias, nem grilhões, deles fazia migalhas. Indomável,
indomesticável. Parece selvagem animal irracional.
De longe, vê Jesus, corre em sua
direção e o adora. Adoração rejeitada, não brota de um coração sincero nem de
liberta alma disposta a obedecer.
Seus dominadores sabem seu destino
final, mas desconhecem o tempo da execução. Rendem-se ao poder de Jesus,
suplicando-lhe pena menor. Ordenados, incorporam-se nos porcos que,
atormentados, se atiram no mar, com grande prejuízo.
Já vi gente assim. Perambula de um
lado para o outro, discursa alternando lucidez e loucura, oscila entre a
amabilidade e violência com rapidez impressionante. Carece de sobriedade, paz
interior e sentido para a vida.
O homem é liberto, experimenta
calma, a sobriedade volta, compõe-se socialmente e seu tino reorientado.
Também já vi gente assim. Os vícios
vencidos, a índole violenta dominada, a alma invadida pela paz, a vida refeita,
torna-se dócil como uma criança.
Jesus expulsa os demônios. Os empresários
de porcos mandam embora Jesus. Há quem valorize mais os porcos do que a pessoa.
Você está sem paz? Corra para Jesus.
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