O primeiro dos quatro Opalas que tivemos era um carro velho, de 1979. Um dia, um problema na porta, do lado do carona, não permitia que ela se fechasse de jeito algum. Ficava apenas encostada. Como o nosso lanterneiro em Cascadura estava ocupado demais para fazer o serviço na hora, marcamos um dia para o conserto. "O único problema - lembrou-nos - será a chateação de as pessoas ficarem avisando no trânsito, apontando para a sua porta".
Certo dia, Peggy estava vindo para a Tijuca. Passando por Quintino, alguém, ao seu lado, percebendo a situação da porta, fez desesperados sinais para ela, avisando que a porta não estava completamente fechada. Tanto se concentrou ele no problema do nosso carro, que esqueceu que estava dirigindo o seu, e acabou batendo no carro que estava parado no sinal, à frente dele.
Lamentamos que isso tenha ocorrido: alguém queria ajudar e acabou se prejudicando. Mas o episódio nos enseja uma preciosa lição: Não devemos ficar por demais ocupados com os defeitos dos outros, esquecendo nossas próprias falhas. A tentação do exame da vida alheia foi condenada por Jesus quando disse: "E por que vês o argueiro no olho do teu irmão, e não reparas na trave que está no teu olho?" (Mt 7.3). Paulo trata do tema quando instrui Corinto sobre a celebração da Ceia: "Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice" (1Co 11.28).
Há não crentes que rejeitam a salvação argumentando que examinaram a vida de alguns crentes na igreja, e só encontraram sujeira. A esses também dizemos que devem examinar a própria vida, e não a alheia, já que "cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus" (Rm 14.12). Lembre-se, amigo, você dará contas de sua vida a Deus!
Pr. João Soares da Fonseca
jsfonseca@pibrj.org.br
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