O filósofo italiano Giordano Bruno dizia que "todo homem é triste
quando pensa". Li uma estatística que me deixou assim: tanto triste quanto
pensativo: "entre 1881 e 1891, cada crente (salvo, no Brasil) conduziu a Cristo
62 novos crentes. Entre 1891 e 1901 essa proporção caiu para 7,13. Entre 1901 e
1911 a proporção foi de 4,6. Entre 1911 e 1921 a proporção foi de 1,92. Entre
1921 e 1931 a proporção foi de 1,4. Entre 1931 e 1941, a proporção foi de 1,3.
A partir de 1941, iniciou-se o terrível decréscimo, sendo
necessários 27 crentes para se ganhar mais um. Em 1989 teriam sido necessários
212 crentes para se ganhar um novo convertido".
Por que nossos esforços nos oferecem tão poucos resultados? Quais
são os inimigos da evangelização? Há muitos, certamente. Mas à primeira vista
podemos identificar entre eles o raquitismo espiritual de alguns crentes, o
materialismo de outros e o analfabetismo bíblico de muitos.
Em geral, os apóstolos são tomados como modelo de evangelistas.
Toda igreja consciente, hoje, gostaria de repetir o sucesso inegável da igreja
primitiva. Parodiando Amélia, "aquilo sim é que era" igreja; ela não diminuía,
mas "se multiplicava"! Qual era o segredo deles? A mim me parece que a diferença
essencial entre eles e nós é a motivação. Em O Jornal Batista de 26-01-92 foi
publicada uma entrevista com o Pr. Hygino Teixeira de Souza, que
recém-completara 100 anos de existência. A certa altura, o entrevistador lhe
perguntou: "O senhor nota alguma diferença entre os crentes de hoje e os de
antigamente?". Todos imaginavam que o centenário obreiro iria responder que os
costumes estão mais frouxos, as roupas menos decentes, etc., mas ele respondeu:
"O testemunho antigamente era mais vibrante. Hoje o povo está muito acomodado,
em que pesem tantas oportunidades que Deus tem oferecido à igreja".
Que o Senhor nos ajude a recuperar a alegria contagiante de ser
crente!
Pr. João Soares da Fonseca
jsfonseca@pibrj.org.br
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