À semelhança da multiplicação dos
pães e peixes que aquele rapaz levou para seu lanche, em nossa casa, Deus
multiplicou várias vezes o alimento.
Uma vez foi assim: cheguei da
escola, almocei angu e sabia que, para o jantar, somente angu. Gosto muito de
angu, mas, naquela época, para um adolescente, era difícil saber que só angu
seria o prato. Antes de sair para vender os doces, ajudando no sustento da
casa, deixei um anzol de espera no Rio Muriaé. Era do tipo varejo, aquele que
não tem vara, só a linha com o anzol e você atira-o bem longe. Quando voltei,
fui conferir. Estava pesado. Pensei tratar-se de um galho agarrado, tão comum
descer aquele rio. Assim que se aproximou da margem, um estacão. Levei um susto.
Controlei e quando trouxe à margem, um lindo piau rosa, bem grande. Nunca
pescara um assim. Em casa, mamãe conseguiu uns tomatezinhos com a vizinha, fez
um molho e o angu tornou-se um lauto jantar.
É apenas uma experiência. Ele
multiplicou várias vezes. De várias formas. Confie n’Ele, pois pode multiplicar
ainda hoje.
Ah,
e o caso do piau não é história de pescador. É milagre!
Nenhum comentário:
Postar um comentário