sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Abraão e eu - II



A narrativa do chamado de Abraão em Gênesis 12 não está preservada apenas como fato histórico. Ela apresenta princípios norteadores para a caminhada nesta vida.
Um dos princípios é o desprendimento do que é terreno. Deus ordena: “Sai da tua terra”. É verdade que tal convocação implicava numa mudança geográfica. É convidado a deixar o lugar em que está inserido e ir ao desconhecido. Considerando que não se tinham os conhecimentos e os recursos de tecnologia como hoje, era uma tremenda aventura, já que mesmo distâncias pequenas representavam um mistério.
A aplicação do princípio é: quanto mais distante de Deus, mais apegado a terra o ser humano é. Trata-se de uma inegável realidade. Vive-se como se aqui fosse sua morada eterna. E não é, aqui é uma passagem. Vida mesmo, completa, só depois.
A síndrome que acometeu o homem rico, cuja propriedade muito produzira, na parábola contada por Jesus, é a mesma que alcança muitos seres humanos: “Alma, tens em depósito muito bens: come, bebe, folga”. Foi surpreendido: “Esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado, para quem será?”.
Abraão foi chamado para conquistar à terra prometida, Canaã. Todos, em Cristo, são chamados a ir à terra prometida, conquistada pelo seu sangue precioso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário