O cativeiro de José não foi vontade dos irmãos. Foi direção divina. Isso pode parecer loucura e é. Entender racionalmente os planos divinos é tarefa árdua demais. O salmista tentou e não conseguiu: “Quando pensava em entender isto, foi para mim muito doloroso; até que entrei no santuário de Deus...” - 73.16-17. Agir assim pode parecer atitude passiva, de quem não tem garra, afinal o senso comum sugere reação, dar o troco, ir à forra. Aquele, entretanto, que tem consciência da direção divina sabe que nada foge ao propósito de Deus e isso lhe dá descanso e paz. Em outras palavras, é saber que Deus está no controle em qualquer circunstância.
Em Romanos 8.28, lemos: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”. Na versão chamada NVI há algo que precisa ser destacado: “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam...”. Lembro-me de uma que acentua “E Deus faz com que todas as coisas contribuam para o bem daqueles que o amam”.
A experiência com Deus não nos garante livramento do mal que possam nos fazer. Mas nos garante reagir de maneira diferente que o senso comum impõe. Quer dizer, podemos ser escravos nas circunstâncias, mas nunca na reação. Nesta, somos senhores, pois sabemos que o Senhor dos senhores, nosso Senhor, nos liberta do mal maior.
José não exclui a responsabilidade dos irmãos - “nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá...” -, mas sabia do plano divino - Deus me enviou adiante de vós. Em três versos, 5, 7 e 8, José repete a ideia.
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