Pr. João Soares da Fonseca
Era uma adolescente rebelde. Seus pais, que lhe ensinaram o caminho de Deus, um dia ouviram-na declarar: "Não quero o seu Deus. Desisto, vou embora". E foi.
Logo, porém, descobriu que não era tão fácil viver sozinha, tendo que arcar com o alimento, as roupas, um lugar para viver. Tudo era muito caro. Sem conseguir emprego, passou a se prostituir.
Tempos depois, o pai morreu. A mãe envelheceu. E ela nunca mais tentou contato.
Um dia, a mãe soube que ela estava numa zona de prostituição da cidade. Foi lá, mas não a encontrou.
No caminho de volta, tomou uma resolução. Parou em cada uma das igrejas e pediu licença para deixar ali uma foto. Era uma foto daquela mãe grisalha e sorridente, com uma mensagem manuscrita: "Eu ainda amo você. Volte para casa".
Um dia, a jovem foi a um local onde se distribuía sopa aos carentes. Em dado momento, seu olhar se voltou para o lado e viu o quadro de avisos. Pareceu reconhecer aquela foto. Seria possível? Não se conteve. Levantou-se e leu a mensagem: "Eu ainda amo você. Volte para casa". Reconheceu a mãe no retrato. Tantas vezes quisera voltar, mas temia não ser recebida, já que se considerava uma vergonha para os pais.
Mesmo assim, decidiu voltar. Aproximou-se de sua casa, com medo. Não sabia bem o que fazer. Bateu à porta, que se abriu sozinha. Ela se assustou. Alguém arrombara a casa? Preocupada com sua mãe, correu para o quarto e a viu dormindo. Acordou-a, chamando-a: "Mãe, sou eu. Voltei para casa".
A mãe mal podia acreditar. Abraçou-se à filha em lágrimas. "Fiquei tão preocupada, mãe. A porta estava aberta. Pensei que alguém tivesse entrado e machucado você".
Enquanto afagava a filha, a mãe disse: "Minha filha, desde o dia em que você se foi, essa porta nunca mais se fechou".
Dizem que esta história aconteceu em Glasgow, na Escócia. Mas certamente ela está acontecendo agora em muitos lugares do mundo.
Fonte: http://www.pibrj.org.br/
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