Num sermão eu sugeri, com a intenção de consolar, que, enquanto escrevemos nossa história, Deus escreve a sua. Não sabemos como terminará a nossa, mas a que Deus escreve para nós terá um final feliz, sempre.
Depois, lembrando dos meus estudos de filosofia, questionei-me se não estava aderindo ao velho idealismo, inventado por Platão. O sábio grego ensinava que há dois níveis de história: o físico (real) que acontece aqui, e o metafísico (ideal), que se dá no mundo das ideias.Nao me reprovei.
Temos razão para ter esperança. Temos que tocar nossas vidas, mas não estamos sozinhos. Estamos, por exemplo, vendo a vitoria da doença, mas Deus está em ação para produzir saúde. Estamos diante do triunfo da desavença, enquanto Deus silenciosamente trabalha pela paz.
Na Bíblia, o apóstolo Paulo fala em convergência. Escrevemos nossa história. Deus escreve a sua história na nossa, sem que vejamos. A história que Ele escreve transforma as nossas frustrações, responde as nossas perguntas, supre as nossas necessidades, reorienta as nossas vidas.
Há uma alternativa difícil: escrevermos a quatro mãos (as nossas e as de Deus) a nossa história, mas esta é uma possibilidade que nos soa estranha, porque amamos nossa propria independência.
Desejo-lhe um BOM DIA.
Israel Belo de Azevedo
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