Dilma manda suspender kit anti-homofobia
Presidente assistiu aos vídeos e chamou o material de "inadequado"
A presidente Dilma Rousseff decidiu, nesta quarta-feira (25), suspender o kit
anti-homofobia, que seria distribuído pelo MEC (Ministério da Educação) às escolas.
O anúncio foi feito pelo ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência.
anti-homofobia, que seria distribuído pelo MEC (Ministério da Educação) às escolas.
O anúncio foi feito pelo ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência.
A ação do PRB (Partido Republicano Brasileiro) foi primordial para pôr fim à
campanha do MEC. O anúncio de Carvalho foi feito após reunião com representantes
do partido e da bancada religiosa na Câmara.
A decisão da presidenta é tomada logo após bancadas religiosas protestarem, no Congresso,
contra a distribuição do material. Dilma também decidiu que, além do 'kit anti-homofobia', qualquer
material que abordar "costumes" terá de passar pela coordenação-geral da presidência.
Parlamentares contrários ao material chegaram a anunciar que iriam recorrer à Justiça e cobrar
posição da presidenta Dilma para impedir sua distribuição, prevista para o próximo semestre
em seis mil escolas do País. Segundo a bancada evangélica, o material os vídeos
estimulam o homossexualismo em vez de combater a homofobia.
Os deputados também ameaçaram obstruir a pauta da Câmara e abrir uma Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a contratação pelo MEC da ONG que elaborou a cartilha.
Produzidos pela Pathfinder, ONG ligada ao movimento LGBT, os vídeos foram divulgados
pelo próprio Ministério da Educação. O vídeo ‘Encontrando Bianca’ mostra as dificuldades
de um jovem transexual, ‘Torpedo’ fala do amor entre duas meninas e ‘Probabilidade’ conta a
história de um garoto que se descobre bissexual. As tramas se desenrolam no ambiente escolar.
campanha do MEC. O anúncio de Carvalho foi feito após reunião com representantes
do partido e da bancada religiosa na Câmara.
Suspensão de kit contra homofobia é “passo atrás”, afirma socióloga
A decisão do governo de suspender a produção e distribuição de kits de combate à
homofobia nas escolas públicas de Ensino Médio pegou de surpresa os movimentos LGBT
(Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) e educadores. Para a socióloga Miriam
Abromovay, que pesquisa o tema da violência nas escolas, o recuo do governo diante
da pressão da bancada religiosa do Congresso Nacional é um “passo atrás”.
homofobia nas escolas públicas de Ensino Médio pegou de surpresa os movimentos LGBT
(Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) e educadores. Para a socióloga Miriam
Abromovay, que pesquisa o tema da violência nas escolas, o recuo do governo diante
da pressão da bancada religiosa do Congresso Nacional é um “passo atrás”.
A decisão da presidenta é tomada logo após bancadas religiosas protestarem, no Congresso,
contra a distribuição do material. Dilma também decidiu que, além do 'kit anti-homofobia', qualquer
material que abordar "costumes" terá de passar pela coordenação-geral da presidência.
Parlamentares contrários ao material chegaram a anunciar que iriam recorrer à Justiça e cobrar
posição da presidenta Dilma para impedir sua distribuição, prevista para o próximo semestre
em seis mil escolas do País. Segundo a bancada evangélica, o material os vídeos
estimulam o homossexualismo em vez de combater a homofobia.
Os deputados também ameaçaram obstruir a pauta da Câmara e abrir uma Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a contratação pelo MEC da ONG que elaborou a cartilha.
Produzidos pela Pathfinder, ONG ligada ao movimento LGBT, os vídeos foram divulgados
pelo próprio Ministério da Educação. O vídeo ‘Encontrando Bianca’ mostra as dificuldades
de um jovem transexual, ‘Torpedo’ fala do amor entre duas meninas e ‘Probabilidade’ conta a
história de um garoto que se descobre bissexual. As tramas se desenrolam no ambiente escolar.
Suspensão de kit contra homofobia é “passo atrás”, afirma socióloga
Brasília - A decisão do governo de suspender a produção e distribuição de kits de combate à
homofobia nas escolas públicas de Ensino Médio pegou de surpresa os movimentos LGBT
(Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) e educadores. Para a socióloga Miriam Abromovay,
que pesquisa o tema da violência nas escolas, o recuo do governo diante da pressão da bancada
religiosa do Congresso Nacional é um “passo atrás”.
“É uma pena. Avançou-se muito nesse debate [dos direitos da população LGBT], e o Brasil teria
dado um passo muito grande se o kit fosse aprovado e levado às escolas, como se pensava. Vivemos
numa sociedade homofóbica e a escola reproduz isso no seu cotidiano”, diz Miriam, que é
pesquisadora da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso).
Um estudo coordenado por ela e divulgado em 2010 indicava que, nas escolas públicas do Distrito
Federal, 44% dos estudantes do sexo masculino afirmaram que não gostariam de estudar
com homossexuais. Entre as meninas, o índice era de 14%.
“Essa discriminação causa um grande sofrimento ao aluno. A escola não pode ficar de fora do
debate porque ela é a principal instituição social com a qual crianças e jovens têm contato.
É lá que se de discutir e falar sobre a diversidade. Não falar sobre o que existe na nossa sociedade
é negar a diversidade”, ressalta.
O kit de combate à homofobia foi elaborado por entidades de defesa dos direitos humanos e da
população LGBT a partir do diagnóstico de que falta material adequado e preparo dos professores
para tratar do tema. Ele era composto por cadernos de orientação aos docentes e vídeos que
abordavam a temática do preconceito. O material deveria ser distribuído a 6 mil escolas de ensino
médio.
A Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) informou
que não irá se pronunciar sobre a suspensão dos kits antes de ser oficialmente comunicada.
“Quero crer que estamos com um governo aliado que é contra a homofobia e contra a violência”,
disse Toni Reis, presidente da entidade, à Agência Brasil.
Apesar da pressão dos parlamentares da bancada religiosa, o ministro da Educação, Fernando
Haddad, tinha afirmado na semana passada que o ministério não tinha decido suspender ou
aletrar o material, mas que os deputados poderiam participar dos comitês técnicos que
avaliariam a publicação.
homofobia nas escolas públicas de Ensino Médio pegou de surpresa os movimentos LGBT
(Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) e educadores. Para a socióloga Miriam Abromovay,
que pesquisa o tema da violência nas escolas, o recuo do governo diante da pressão da bancada
religiosa do Congresso Nacional é um “passo atrás”.
“É uma pena. Avançou-se muito nesse debate [dos direitos da população LGBT], e o Brasil teria
dado um passo muito grande se o kit fosse aprovado e levado às escolas, como se pensava. Vivemos
numa sociedade homofóbica e a escola reproduz isso no seu cotidiano”, diz Miriam, que é
pesquisadora da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso).
Um estudo coordenado por ela e divulgado em 2010 indicava que, nas escolas públicas do Distrito
Federal, 44% dos estudantes do sexo masculino afirmaram que não gostariam de estudar
com homossexuais. Entre as meninas, o índice era de 14%.
“Essa discriminação causa um grande sofrimento ao aluno. A escola não pode ficar de fora do
debate porque ela é a principal instituição social com a qual crianças e jovens têm contato.
É lá que se de discutir e falar sobre a diversidade. Não falar sobre o que existe na nossa sociedade
é negar a diversidade”, ressalta.
O kit de combate à homofobia foi elaborado por entidades de defesa dos direitos humanos e da
população LGBT a partir do diagnóstico de que falta material adequado e preparo dos professores
para tratar do tema. Ele era composto por cadernos de orientação aos docentes e vídeos que
abordavam a temática do preconceito. O material deveria ser distribuído a 6 mil escolas de ensino
médio.
A Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) informou
que não irá se pronunciar sobre a suspensão dos kits antes de ser oficialmente comunicada.
“Quero crer que estamos com um governo aliado que é contra a homofobia e contra a violência”,
disse Toni Reis, presidente da entidade, à Agência Brasil.
Apesar da pressão dos parlamentares da bancada religiosa, o ministro da Educação, Fernando
Haddad, tinha afirmado na semana passada que o ministério não tinha decido suspender ou
aletrar o material, mas que os deputados poderiam participar dos comitês técnicos que
avaliariam a publicação.
Com informações da Agência Brasil
De acordo com Carvalho, a presidente Dilma assistiu aos vídeos e não gostou do material.
- A presidente viu e não gostou. Achou que não era propício, achou o material inadequado.
Por isso, foi suspensa a produção desse material.
- A presidente viu e não gostou. Achou que não era propício, achou o material inadequado.
Por isso, foi suspensa a produção desse material.
O presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, participou de várias reuniões no Palácio do
Planalto com o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, e com a ministra da
Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas, acompanhado do líder do PRB na Câmara,
Vitor Paulo (RJ), para que a Presidência tivesse conhecimento do chamado “kit gay”. Ontem,
ele também esteve com o vice-presidente Michel Temer.
Planalto com o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, e com a ministra da
Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas, acompanhado do líder do PRB na Câmara,
Vitor Paulo (RJ), para que a Presidência tivesse conhecimento do chamado “kit gay”. Ontem,
ele também esteve com o vice-presidente Michel Temer.
- Eu, como presidente do PRB, participei de diversas reuniões no Palácio do Planalto
para levar ao conhecimento da Presidência o movimento contra o chamado “kit gay”. E, depois de
levado à presidente Dilma, tivemos essa decisão de encerrar a implantação do projeto.
Carvalho afirmou que o governo achou prudente não editar o material muito menos veicular o vídeo
feito por uma ONG.
- Nós recebemos a bancada evangélica e decidimos que está suspensa toda a produção de
material referente a esse assunto. Mas salientamos que somos contra qualquer tipo de homofobia,
assim como a bancada evangélica. Mas o governo achou prudente não editar o material. O vídeo
feito pela ONG também não será veiculado. Qualquer produção nessa área será feita com ampla
discussão, para não gerar esse tipo de polêmica.
O material que seria distribuído às escolas circulou pela internet antes mesmo de ser aprovado
pelo MEC e o seu conteúdo gerou grande repercussão. Na Câmara dos Deputados, a bancada
religiosa trabalha para suspender o projeto antes de ele ser lançado pelo MEC.
material referente a esse assunto. Mas salientamos que somos contra qualquer tipo de homofobia,
assim como a bancada evangélica. Mas o governo achou prudente não editar o material. O vídeo
feito pela ONG também não será veiculado. Qualquer produção nessa área será feita com ampla
discussão, para não gerar esse tipo de polêmica.
O material que seria distribuído às escolas circulou pela internet antes mesmo de ser aprovado
pelo MEC e o seu conteúdo gerou grande repercussão. Na Câmara dos Deputados, a bancada
religiosa trabalha para suspender o projeto antes de ele ser lançado pelo MEC.
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