Temos uma relação muito ruim com os meios de comunicação de massa.
De ambos os lados.
De um, os meios de comunicação, a televisão sobretudo, não levam a sério o poder que têm, poder de influenciar, poder de esculpir mentes, poder de gerar gerações. Muitos dos seus produtores de conteúdo acham que fazem apenas jornalismo. Muitos dos seus artistas acham que fazem "arte pela arte", mas, mesmo quando fazem arte, não fazem apenas arte. Fazem uma escola de vida, com suas atitudes e seus valores.
De outro lado, somos muito passivos, até para usar o controle remoto.
A propósito, um dirigente de TV por quem nutro profunda e gratuita admiração repete que quem tem o poder é o telespectador com o controle remoto à mão.
Ele está certo em tese. Ele está certo em tese porque se esquece do poder "hipnótico" da tela, particularmente quando nela aparece uma programação que parece anestesiar os dedos.
Os meios precisam ser mais autocríticos. Sucesso não é apenas audiência.
Os telespectadores devem ser mais que isto: devem ser cidadãos. Cidadãos dão audiência. Cidadãos negam audiência. Cidadãos não são ingênuos. Nem preguiçosos.
Desejo-lhe um BOM DIA.
Israel Belo de Azevedo
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