Folha Evangélica
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domingo, 30 de setembro de 2012
Missões Nacionais
Próxima Quarta-Feira, dia 03 de outubro
Lançamento da Campanha de Missões Nacionais
Igreja Batista do Braga
Rua Omar Fontoura, 117 - Braga
Em frente à Central de Marcação de Consultas
Se o Campeonato Brasileiro terminasse hoje - 27ª Rodada
O Fluzão seria o Campeão
O Vasco seria o 4º Colocado
O Botafogo seria 7º Colocado
O Flamengo seria o 11º Colocado
sábado, 29 de setembro de 2012
Pr. Roberto Carvalho comenta postagem
Caro pr. Neemias, em que pese a franca e corajosa palavra do ilustre pastor Vice-Presidente da CBF, pr. Ceza Duarte, mesmo que razão lhe assista, penso que não deveria ser divulgada na mídia a situação do Diretor Executivo por se tratar de um assunto pertinente, a princípio, ao Conselho da própria CBF. Essa mídia chega aos de fora o que não contribui em nada com a solução administrativa e nos expõe sem nenhuma necessidade.
Texto muito bom, como sempre
A FORÇA DOS FRACOS
Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho
Pastoral da Igreja Batista Central de Macapá, 30.9.12
No livro Das profundezas – preces, de Kierkegaard, há uma oração intitulada “A fraqueza verdadeira”. Assim se expressa o filósofo dinamarquês: “Pai celeste! No mundo cá de fora, um é forte, outro é fraco. O forte – quem sabe – envaidece-se com a sua força; o débil suspira e, ai de mim, torna-se invejoso. Mas aqui, bem no interior da tua Igreja, todos somos fracos: aqui, perante tua presença – tu és o poderoso, só tu és o forte”.
Gosto de Kierkegaard. Crítico severo da cultura européia, ele via a Europa indo à bancarrota. Foi duro com o cristianismo de sua época, principalmente sua Igreja, a Luterana. Ele a chamava de “igreja de domingo”. Muita forma e pouca vida. Para ele, a questão fundamental não era se o cristianismo era verdadeiro, mas se era verdadeiro para a pessoa. Se a pessoa o vivia. Hoje se procura uma igreja pelo que ela oferece, pelo entretenimento, e status que dá. Não se ela chama à vida santa. Um cristianismo social, de compromissos mundanos e conveniências: “O que é bom para mim?”.
No mundo, as pessoas são avaliadas pela força social, econômica ou cultural. A roupa e o carro dizem quem somos e quanto temos. Lutamos por status. Queremos ser grandes aos olhos alheios. Quem não pode ser apraz-se em fofocar sobre os “famosos”, na Internet. Mas dentro da igreja, diz Kierkegaard, todos são pequenos. Há só um Grande, o Senhor. Nós não fazemos a grandeza da igreja. Deus faz.
Alguém me falou que admirava os pastores por que têm uma vida espiritualmente superior. Eu não. Passo por vales e por vezes me desanimo. Não sou um super-homem espiritual. Alguns são. Eu não. Nunca fui.
No princípio, isto me arrasava. Via-me indigno do ministério. Se eu fosse Deus (a frase é retórica), não me chamaria para o ministério pastoral. Mas aprendi que não preciso ser um super-homem. Preciso apenas ser dependente da graça de Deus. Esperar e viver da sua misericórdia. Deus não espera que sejamos infalíveis e invencíveis, mas que sejamos suscetíveis à sua graça. Ele disse a Paulo: “A minha graça é tudo o que você precisa, pois o meu poder é mais forte quando você está fraco” (2Co 12.9).
Não somos pote de ouro, mas de barro. São estes que Deus usa: “Porém nós que temos esse tesouro espiritual somos como potes de barro para que fique claro que o poder supremo pertence a Deus e não a nós” (2Co 4.7). Somos fracos e carentes da graça de Deus. Nosso Salvador nos anima, perdoa, capacita e nos ajuda a viver.
A igreja de Jesus é a confraria de fracos e pecadores que ele, gracioso, salvou e capacita para a vida. Fracos e pecadores com um Deus de poder e graça. Isto basta. Assim o fraco se torna forte.
Peça luz ao Criador da luz
Jovem rebelde, Reuben A. Torrey (1856-1928) fazia chacota de Deus, da Bíblia, de Cristo, do Inferno e da Vida eterna. Mas alguém orava constantemente por sua conversão. Crente fiel, sua mãe orava e exortava o filho a mudar de vida. O filho tanto se aborreceu com as palavras dela, que resolveu ir embora de casa. No dia da partida, ela o seguiu até o portão, chorando e pedindo que ele não fizesse aquilo. Quando viu que ele não retrocedia, disse-lhe em tom de despedida: "Meu filho, quando você chegar à hora mais escura de todas, quando não houver mais esperança em sua vida, clame ao Deus de sua mãe; e Ele ouvirá você".
Torrey deu as costas e saiu. Daí por diante, enterrou cada vez mais sua vida na lama do pecado. O tempo passava, e sua frustração com a vida não se resolvia.
Um dia, a cerca de 600 quilômetros distante de casa, ele estava hospedado num hotel. O vazio de seu coração chegou ao nível do insuportável. Derrotado e deprimido, tomou o revólver e pensava, com um tiro único, dar fim ao "drama ridículo" de sua vida, segundo suas próprias palavras. Foi aí que o Espírito Santo lhe trouxe de volta à memória as palavras de sua mãe: "Meu filho, quando você chegar à hora mais escura de todas, quando não houver mais esperança em sua vida, clame ao Deus de sua mãe, e Ele ouvirá você".
Imediatamente o jovem se ajoelhou à beira da cama e arriscou fazer uma prece: "Ó Deus de minha mãe, se tu existes, quero luz. Se me deres alguma, vou segui-la".
O Deus que responde a orações enviou luz àquela alma em trevas. E ele a seguiu. Levantou-se como o pródigo e foi de volta à casa materna. A mãe foi-lhe ao encontro e o abraçou, recebendo-o de volta, mas agora uma nova criatura. R. A. Torrey tornou-se um dos maiores evangelistas do início do século XX, além de educador e escritor.
Se algum dia você também se sentir em trevas, lembre-se de pedir luz àquele que é o Criador da luz.
Pr. João Soares da Fonseca
jsfonseca@pibrj.org.br
jsfonseca@pibrj.org.br
Café com Cristo - Respostas que o ateu não tem
Um
professor ateu e um crente
Década de 60, São Gonçalo, um pregador
chamado leigo proclama no culto na casa de uma família. Usa o texto de João
2.1..., que tem como tema “Jesus transforma a água em vinho”.
Terminado o culto, um professor aproxima-se
do pregador e diz: “O senhor acredita mesmo que isso aconteceu da forma em que
está no texto?”.
Respondeu o pregador “sim, se este livro da
capa preta diz, eu acredito!”.
Continua o professor: “Mas isso não foi bem
assim. Jesus enganou as pessoas, elas estavam meio bêbadas, pois a festa durava
vários dias e ele, aproveitando-se disso, usou de ilusionismo e as pessoas, sem
senso crítico, foram enganadas”.
O pregador declara: “Bem, eu não estudei como
o senhor, não entendo bem dessas coisas, mas transformar água em vinho, para
mim, não é nada, pois, lá em casa, ele fez coisa mais difícil”.
“O que ele fez em sua casa?”, quis saber o
pregador.
“Lá em casa, ele transformou cachaça em pão e
leite e comida em geral, cigarro em móveis, jogo em casa, eu gastava todo o meu
dinheiro suado em bebida, cigarro e jogo, faltava alimento, não tínhamos móveis
e morávamos de favor. E, por cima, nos deu paz e harmonia, pois nossa casa era
uma confusão só, brigas, meus filhos tinha medo de mim. O dia em que encontrei
Jesus e dei minha vida a ele, isso tudo mudou, transformar água em vinho é nada
perto disso”.
Como você acha que ficou a cara do professor?
PODE SER QUE DEUS INTERVENHA
Você se pergunta por que tanto sofrimento.
Se fosse com você, até suportaria. Mas com seu filho, por que? É muito duro.
Sei que já ouviu muitas explicações. Deus sabe de todas as coisas. Deus tem o melhor. Não pergunte por que, mas para que?
Embora isto tudo seja verdade, convido-lhe para outro caminho.
Sabe para que servem as explicações? Para nos deixar mais aflitos. Vejamos: você orou e nada aconteceu. Por que nada aconteceu? Então a explicação explica que você não mereceu ser seu pedido atendido. Por que? E lá vêm outras perguntas. A explicação para o sofrimento só tem valor intelectual. Não ajuda em nada a quem sofre. Traz culpa. A culpa de não ter merecido a atenção de Deus.
Por isto, gosto de uma ideia que bebi num dos livros do teólogo católico Peter Kreeft. Diz ele que a Bíblia não explica o sofrimento, mas mostra um Deus que sofre com os que sofrem. Em outras palavras: quando sofremos, não estamos sozinhos. Nosso companheiro é Deus.
Então, em lugar de buscar explicações, peça a Deus para lhe dar forças para enfrentar a dificuldade, sobretudo com as incertezas sobre o futuro.
Ao mesmo em lugar, em vez de achar que não tem mais jeito, continue a pedir a Deus que intervenha. Ele pode fazer isto. E talvez faça.
Se fizer, cante.
Se não fizer, agradeça.
Agradeça mesmo que não compreenda.
Agradeça-lhe por estar ao seu lado quando o vale se enche de sombras. Acima delas, o sol brilha.
Desejo-lhe um BOM DIA.
Israel Belo de Azevedo
Mais um comentário sobre a entrevista do pr. Ceza Duarte
Uma das minhas maiores crises com a denominação é justamente a dura mania que temos de querer agradar gregos e troianos e muitas vezes o fazemos em detrimento da verdade, quiçá até mesmo em detrimento dos nossos próprios "princípios", por isso fico muito feliz em saber que existem jovens pastores como eu que procuram caminhar em direção contrária. Pra mim os que não querem "colocar a cara à tapa" não devem compor o quadro de líderes, o líder é o que direciona, o que conduz e firmeza é uma característica fundamental, lembrando que firmeza não é inflexibilidade, excelente entrevista, inteligente e firme. DEUS ABENÇOE ESTE NOSSO CAMPO FLUMINENSE!
Pr. André Daniel da Costa Loureiro
Mais comentários sobre a entrevista do Pr. Ceza Duarte
- Marcos Habib Pr. Ceza, está firmado no estatuto da CBF para se posicionar se não fosse ele questionar teria outro pastor que faz parte do CPC da CBF a falar mas na boa é hora de hora de conversar com Pr. José Maria sob sua situação e assim tudo que se fechará será para Glória de Deus !
- Lusitano Vicente S. Couto Corajoso vc amigo. Tem gente q sabe das coisas mas nao se manifesta e ainda fica falando por trás. Te dou toda razão e concordo contigo tb. Um abraço.
Líderes comentam entrevista do pr. Ceza Duarte, 2º Vice-Presidente da Convenção Batista Fluminense
pastor ivan pereira28 de setembro de 2012 10:59
Ótima entrevista, não podemos perder a nossa identidade por abraçar alguns costumes e doutrinas do nosso tempo.
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Concordo com os posicionamentos, em especial o da secretaria executiva da convenção, a tradição e importante nos identifica, no entanto há algumas que precisam ser repensadas, Como o rebatismo em alguns casos , e a ceia restrita a mesma fé e “ Ordem” tradições desprovidas de embasamento bíblico sólido, que é praticada pelo simples fato de sempre ternos feito assim, o equilíbrio precisa ser encontrado, mas infelizmente temos mais facilidade de viver em extremos.
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É lamentável a situação da CBF. Investir apenas 5% em evangelismo e pagar um salário que corresponde a 26 salários mínimos (salvo engano) ao executivo que trabalha 2 dias por semana. Na verdade, a situação dos executivos da nossa denominação já tem me incomodado há tempo. É preciso rever conceitos, valores...para que o trabalho avance e vidas sejam alcançadas.
O executivo, no mínimo, executa algo em favor de alguém. É um funcionário das Igrejas cooperantes. É preciso trabalhar sem perder o foco, sem deixar de lado as Igrejas Batistas do interior (por exemplo), que contribuem com pouco e necessitam de muito. Como fechar os olhos?
Há algum tempo atrás, ouvi de um líder (que prefiro não mencionar), que a única função da Ordem dos Pastores era reunir-se para tomar cafezinho.
Pasme! Precisamos nos posicionar, levantar a nossa voz, para que a CBF, OPBB e CBB EXECUTEM o que é necessário, deixando de lado as "fábulas profanas". Estamos juntos, Pr. Neemias! Forte abraço.
Veja matéria completa:
http://prneemiaslima.blogspot.com.br/2012/09/vice-presidente-da-convencao-batista.html
O executivo, no mínimo, executa algo em favor de alguém. É um funcionário das Igrejas cooperantes. É preciso trabalhar sem perder o foco, sem deixar de lado as Igrejas Batistas do interior (por exemplo), que contribuem com pouco e necessitam de muito. Como fechar os olhos?
Há algum tempo atrás, ouvi de um líder (que prefiro não mencionar), que a única função da Ordem dos Pastores era reunir-se para tomar cafezinho.
Pasme! Precisamos nos posicionar, levantar a nossa voz, para que a CBF, OPBB e CBB EXECUTEM o que é necessário, deixando de lado as "fábulas profanas". Estamos juntos, Pr. Neemias! Forte abraço.
Veja matéria completa:
http://prneemiaslima.blogspot.com.br/2012/09/vice-presidente-da-convencao-batista.html
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Um diácono que foi modelo de integridade
Pr. Neemias Lima
Atos 6:1-15
1.Ora,
naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos
gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério
cotidiano.
2.E os
doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós
deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas.
3.Escolhei,
pois, irmãos, dentre vós, sete homens de
boa reputação (de bom testemunho), cheios do Espírito Santo e de sabedoria,
aos quais constituamos sobre este importante negócio.
4.Mas nós
perseveraremos na oração e no ministério da palavra.
5.E este
parecer contentou a toda a multidão, e
elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e
Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia;
6.E os
apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.
7.E crescia
a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos
discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.
8.E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes
sinais entre o povo.
9.E
levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos libertinos, e dos
cireneus e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam
com Estêvão.
10.E não
podiam resistir à sabedoria, e ao Espírito com que falava.
11.Então
subornaram uns homens, para que dissessem: Ouvimos-lhe proferir palavras
blasfemas contra Moisés e contra Deus.
12.E
excitaram o povo, os anciãos e os escribas; e, investindo contra ele, o arrebataram
e o levaram ao conselho.
13.E
apresentaram falsas testemunhas, que diziam: Este homem não cessa de proferir
palavras blasfemas contra este santo lugar e a lei;
14.Porque
nós lhe ouvimos dizer que esse Jesus Nazareno há de destruir este lugar e mudar
os costumes que Moisés nos deu.
15.Então
todos os que estavam assentados no conselho, fixando os olhos nele, viram o seu
rosto como o rosto de um anjo.
Introdução:
Conceituando:
Integridade: do latim
integritate. Qualidade do íntegro. Inteireza. Retidão. Inteiro.
Significa a qualidade de
alguém ou algo ser íntegro, de conduta reta, pessoa de honra, ética, educada,
imparcial... o que é íntegro, é justo e perfeito, é puro de alma e de espírito.
Um ser íntegro não se vende
por situações momentâneas, infringindo as normas e leis, prejudicando alguém
por um motivo fútil e incoerente. A moral de uma pessoa não tem preço e é
indiscutível.
Pressupostos:
1º - Nenhum de nós é íntegro totalmente.
Como escreveu C. S. Lewis: “Quando um homem se torna
melhor, compreende cada vez mais claramente o mal que ainda existe em si.
Quando um homem se torna pior, percebe cada vez menos a sua própria maldade”.
“Precisamos compreender que
integridade não é uma atitude medida pela ausência de erros, mas pela decisão
de não repeti-los” - Do livro Liderança
e Integridade, Ronaldo Lidório.
“Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer” - Romanos 3.10.
Parece-me que o texto de
Paulo aos Efésios “Até que todos
cheguemos à estatura do varão perfeito” sinaliza que só alcançaremos a
perfeição depois de muito tempo na eternidade.
2º - A vigilância deve fazer parte da caminhada para não sermos
traídos em nossa integridade.
É muito oportuna a
advertência de Paulo: “Aquele, pois, que
cuida estar em pé, olhe não caia” - I Coríntios 10.12.
3º - Nossas atitudes devem ser carregadas de misericórdia com os
que caem, mas de intenso combate ao erro.
“Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós,
que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti
mesmo, para que não sejas também tentado. Levai as cargas uns dos outros, e
assim cumprireis a lei de Cristo. Porque, se alguém cuida ser alguma coisa, não
sendo nada, engana-se a si mesmo” - Gálatas 6.1-3.
Dito isso, vamos ao diácono
que foi modelo de integridade. Não apenas para ter a informação de sua vida,
mas com o objetivo de termos como modelo para nossa caminhada cristã.
1º - Em que circunstância Estêvão
demonstrou integridade?
Resposta: No meio
da adversidade.
7.54.E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus
corações (esbravejaram de raiva), e rangiam os dentes contra ele.
55.Mas ele, estando cheio do Espírito Santo,
fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à direita de
Deus;
56.E disse: Eis que vejo os céus abertos, e o
Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus.
57.Mas eles gritaram com grande voz, taparam os
seus ouvidos, e arremeteram unânimes contra ele.
58.E,
expulsando-o da cidade, o apedrejavam.
Temos a ideia que ser
íntegro é não ficar devendo, ter o nome limpo, não cometer alguns pecados. Isso tudo sinaliza integridade, mas é muito
mais do que isso.
1.1
- É permanecer firme na fé no meio da
adversidade.
1.2 - É não ser dirigido pelo politicamente correto.
A Convenção Batista
Fluminense investe 5% do Plano Cooperativo em Evangelismo, ninguém fala nada
para não parecer rebelde.
Por outro lado, há
funcionário que custa o dobro do que é investido em Evangelismo. Participar
disso sem questionar é deixar de lado a integridade.
2 - Que aconteceu com Estêvão?
Resposta:
Foi apedrejado.
Ser íntegro significa, muitas vezes, sofrer a
ponto de morrer.
Ilustração: o
rapazinho que trabalhava e o patrão o orientou a colocar menos mantimento na
sacola. Mostrar só até o ponto em que foi demitido.
3 - Como Estêvão deu exemplo de
integridade?
1º - Olhou na direção certa
Verso 55: “Cheio do Espírito
Santo, fitando os olhos no céu”.
Pode parecer sem propósito,
mas a direção que dirigimos nossos olhos demonstra nossa integridade.
O hinozinho antigo dizia:
“Cuidado olhinho no que vê... O Salvador do céu está olhando pra você, cuidado
olhinho no que vê”.
Pra onde você olha na hora da aflição, do dilema ético, da necessidade de tomar
decisão? Olha para o seu semelhante? Para o político?
Se olharmos para o céu, teremos
o padrão de integridade bem definido.
2º - Teve visão correta do domínio de Deus e senhorio de Cristo
Verso 55: “viu a glória de
Deus, e Jesus em pé à direita de Deus”.
O que você vê na hora da aflição? Vê as circunstâncias?
É na visão do domínio de
Deus sobre tudo e todos que você deve firmar suas posições. Somente a Deus
devemos temer, a ninguém mais.
Isso não significa que
seremos irresponsáveis, mas conscientes que estamos guardados pelo Senhor e
nada nos acontece sem o consentimento dele.
Interessante a súplica de Estêvão: “Senhor, não lhes imputes este pecado”. Em
outras palavras: vocês podem me matar, mas quem domina é Deus, é a Ele que
vocês prestarão contas e eu peço que este pecado não seja imputado a vocês.
A integridade nos faz dominar a situação, mesmo quando estivermos à
beira da morte.
3º - Usou palavras edificadoras
Versos 56, 59-60: “e disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem em pé
à direita de Deus. Apedrejavam, pois, a Estêvão que orando, dizia: Senhor
Jesus, recebe o meu espírito. E pondo-se de joelhos, clamou com grande voz:
Senhor, não lhes imputes este pecado”.
O Salmo 19.14 diz: “Sejam
agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua
face, Senhor, Rocha minha e Redentor meu!”.
Que
palavras você usa na hora da adversidade?
4º -
Assumiu a posição correta: de joelhos
Atente para o conteúdo da oração dele: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito. E
pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este
pecado”.
Que posição você assume
quando precisa decidir uma situação adversa? A de boxeador? A de um atirador?
Estêvão ficou de joelhos.
Será que dói menos as pedradas?
O que você usa mais no meio
da adversidade: os joelhos ou a língua?
Conclusão:
Do livro Liderança e Integridade, Ronaldo Lidório: “Observando a cíclica evangélica brasileira
podemos perceber processos de coerção social sobre a liderança eclesiástica
levando-a a valorizar mais os resultados do que a fidelidade, prestigiando mais
os títulos que a intimidade com Deus, pagando mais pela eloquência do que pela
integridade. Estes são processos nocivos que mancham a alma, entristecem a vida
e geram modelos equivocados de liderança que, infelizmente, serão seguidos”.
A integridade sempre nos fará vencedores.
Ilustração: Lembra a história do rapazinho que
trabalhava e o patrão o orientou a colocar menos mantimento na sacola? Mostrar
o final depois.
E no caso de Estêvão, como ele se saiu vitorioso?
Um detalhe despercebido por muitos no verso
60 ou no primeiro do 8º: “E Saulo consentia na sua morte”.
Quem foi Saulo?
Saulo - Hebraico / Paulo - Romano
A IDADE NÃO IMPORTA
Coisa de jovens, alguém poderá pensar. Sim, de jovens: neste caso, de jovens maiores de 50 anos.
Eu os saúdo e lhes desejo vida longa e cheia de amor apaixonado.
Os desejos que nos alimentam não precisam estar condicionados aos anos que temos.
Aprendi cedo esta verdade. Eu estreava na adolescência e conheci dona Cecília, em Campo Grande (na região metropolitana de Vitória, ES). Nunca me esquecerei desta mulher. Nunca. Ela marcou a minha vida. Para mim, ela era "velha". Talvez tivesse entre 50 e 60 anos. Dava os primeiros passos nos estudos para entrar no "ginásio", algo como a quinta série do ensino fundamental. Seu desejo era fazer uma faculdade. Muitos anos depois, talvez com mais de 70, concluiu seu curso de direito. Fiz parte da história dela. Ela faz parte da minha vida.
Por isto, fico triste com aqueles que acham que suas vidas terminaram aos 50 ou aos 60 anos. Nossas vidas podem começar sempre que quisermos, não importa a data de nascimento que apareça em nosso registro. Também não importam as limitações que nosso corpos eventualmente apresentem.
Moisés começou aos 80.
Desejo-lhe um BOM DIA.
Israel Belo de Azevedo
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Vice-Presidente da Convenção Batista Fluminense levanta polêmica sobre Direção Executiva
Embora jovem, o pr. Ceza Duarte (foto) tem se destacado com sua presença em várias diretorias da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil e da Convenção Batista Fluminense.
Uma de suas características é se posicionar nas questões que muitas vezes se torna polêmica, fugindo à postura tradicional de alguns em ficarem em cima do muro.
Atendendo ao nosso blog, o 2º Vice-Presidente da Convenção Batista Fluminense fala sobre diversos assuntos, inclusive sobre a questão da direção interina da Convenção, situação incomum já que o pr. José Maria de Souza dirige uma Igreja que pertence a outra Convenção, no caso a Primeira Igreja Batista da Barra da Tijuca na Convenção Batista Carioca.
Ascensão rápida como liderança
Tudo o que acontece na minha vida eu atribuo a meu DEUS, pois é Ele o responsável por tudo. Por ser de uma família batista, e ter meus irmãos pastores (Aécio Pinto Duarte, Amilton Duarte dos Santos e Milton Duarte dos Santos), também contribuiu para que isso acontecesse.
Construção do Colégio Batista em Niterói
Eu me posiciono sempre, nunca fico escondido diante de qualquer assunto, o Colégio Batista é necessário em todos os municípios que tem uma Igreja Batista da Convenção. Eu penso que tem que ser construído sim, porém com recursos do próprio colégio.
Evangelização do estado do Rio pelos Batistas
O nosso estado é privilegiado, tem mais de 1300 igrejas batistas, o trabalho que as igrejas fazem é maravilhoso, o mutirão realizado pelas igrejas é fantástico, com isso vejo que o nosso estado é muito bem EVANGELIZADO.
Tradição X Modernismo
Vejo esse assunto como primordial, é preciso manter a tradição pois ela faz parte da nossa história e não podemos abandoná-la por qualquer vento de doutrina que aparece, já tivemos muitos ventos que passaram. O modernismo é importante, pois todos precisamos da modernidade se não ficaremos para trás, mas para se modernizar não precisamos deixar a tradição, o mundo evolui gradativamente e precisamos dessa evolução moderna para alcançarmos os nossos objetivos e não podemos deixar a tradição pois ela nos conduz com mais firmeza.
Diretoria da Convenção Batista Fluminense
Direção executiva da CBF
Boa, o Pr. José Maria faz um bom trabalho que é visível, porém precisa se definir, se fica como nosso diretor ou não, o prazo foi dado e até agora ele não respondeu, e precisa fazer, pois eu acho inadmissível um Diretor Executivo trabalhar apenas duas vezes na semana e ter um ótimo salário como ele tem. Estamos aguardando o que ele vai dizer para nós. Penso que as normas para o Diretor Executivo tem que estar no estatuto, como por exemplo a exclusividade como funcionário, não podendo ter outra função e ter aproximadamente seis meses para poder deixar o ministério e ficar como diretor, com o atual isso não aconteceu, isso precisa ser revisto.
Considerações finais
Gostaria de agradecer primeiro a Deus por ter me dado a oportunidade de servi-lo como pastor batista e também a nossa denominação por fazer parte dela, pois é uma denominação séria e aos amigos pastores que muito me abençoam.
Nota do Blog: O espaço é garantido para que qualquer parte se manifeste.
Entrevista com grande liderança da Convenção Batista Fluminense
Ainda hoje, entrevista com uma grande liderança da Convenção Batista Fluminense. Dentre vários assuntos, ele fala sobre a situação da direção executiva e questiona alguns fatos.
Veja aqui mais tarde!
Café com Cristo - Línguas abençoadoras
Línguas
abençoadoras
O Salmo 45 tem um início magistral: “O meu coração ferve com palavras boas, falo
do que tenho feito no tocante ao Rei. A minha língua é a pena de um destro
escritor”. O restante é de uma beleza extraordinária, vale a pena ler.
O verso segundo apresenta um pouco
do conteúdo das palavras boas de que fala o salmista: “Tu és mais formoso do que os filhos dos homens; a graça se derramou em
teus lábios; por isso Deus te abençoou para sempre”.
Ao iniciarmos o dia temos oportunidade
para usar nossa língua com o bem ou com o mal. Nós fazemos as escolhas e nos
relacionamentos empregamos o que está plantado em nosso coração. Como afirma o
ditado, “a boca fala do que está cheio o
coração”. E Jesus, em sua passagem aqui, assegurou que do coração procedem
as saídas da vida.
Assim, você não precisa se preocupar
com sua língua, mas com seu coração. Se ele ferve com palavras boas, sua língua
será canal de bênçãos. Se não, será de maldição.
Encorajo você neste dia a usar sua
língua como a pena de um destro escritor. O mundo será melhor e todos
precisamos disso.
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
A religião determina a escolha do candidato
Critério religioso na escolha do candidato
Pesquisa mostra que pentecostais tendem a utilizar parâmetros religiosos em todas as áreas da vida, inclusive na política
Você leva em consideração a religião do seu candidato na hora de decidir o voto? Essa foi uma das perguntas levantadas pela pesquisa de doutorado efetuada pelo jornalista Gustavo Smiderle no Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política da UENF. Em um contexto de sociedade moderna e Estado laico, a resposta mais esperada para essa pergunta seria “não”, mas a realidade encontrada pelo pesquisador foi um pouco diferente.
É de conhecimento geral que as igrejas evangélicas pentecostais disseminam um estilo religioso com ênfase na emoção e em milagres, usam de uma leitura mais literal da Bíblia e tendem a explicar bons e maus acontecimentos do mundo pela batalha entre o céu e o inferno. Segundo a pesquisa, que teve vertentes quantitativa e qualitativa, é neste grupo da população que se encontra o maior número de pessoas que consideram mais importante a crença em Deus, por exemplo, na hora de escolher um candidato. O trabalho foi orientado pelos professores Sergio de Azevedo e Wania Mesquita, do CCH/UENF.
A pesquisa utilizou dados de questionários aplicados em Campos (2008) e em Macaé (2009) e ainda informações levantadas anteriormente pelo “Observatório das Metrópoles” nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e Natal. Em Campos e Macaé, o questionário incluiu questões para avaliar a importância que os eleitores atribuem a critérios religiosos na escolha dos candidatos, o que pôde ser cruzado com a pertença religiosa do entrevistado. Os resultados indicaram que os que se declararam evangélicos pentecostais ou católicos carismáticos – a vertente pentecostal do catolicismo – davam mais importância a parâmetros religiosos.
— Um governante evangélico atrairia bênçãos para o país enquanto um governante “pecador” acarretaria consequências negativas — afirmou um pastor entrevistado na fase qualitativa da pesquisa, intitulada 'Modernidade mágica: o pentecostalismo brasileiro 100 anos depois'.
De acordo com o estudo, os praticantes das religiões evangélicas pentecostais tendem a analisar toda a realidade pelo filtro de categorias religiosas. Não só na política ou na eleição, mas em todas as áreas da vida. Segundo esta visão de mundo, a maioria do que acontece na Terra é reflexo da batalha espiritual entre Deus e Satanás. Isto pode ser aplicado a fatos como perda de emprego, problemas conjugais ou doenças não diagnosticadas: tudo isto seriam obras de entidades malignas que se aproveitam das fraquezas humanas.
- Trabalhamos com a noção de pentecostalização e vimos que onde ela é mais forte o indivíduo fica mais exposto à possível influência das lideranças religiosas sobre suas decisões eleitorais – resume Gustavo Smiderle, que contou com a colaboração do professor Vitor Morais Peixoto e do então mestrando Marcus Cardoso na tabulação dos dados.
Ana Clara Vetromille
Você leva em consideração a religião do seu candidato na hora de decidir o voto? Essa foi uma das perguntas levantadas pela pesquisa de doutorado efetuada pelo jornalista Gustavo Smiderle no Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política da UENF. Em um contexto de sociedade moderna e Estado laico, a resposta mais esperada para essa pergunta seria “não”, mas a realidade encontrada pelo pesquisador foi um pouco diferente.
É de conhecimento geral que as igrejas evangélicas pentecostais disseminam um estilo religioso com ênfase na emoção e em milagres, usam de uma leitura mais literal da Bíblia e tendem a explicar bons e maus acontecimentos do mundo pela batalha entre o céu e o inferno. Segundo a pesquisa, que teve vertentes quantitativa e qualitativa, é neste grupo da população que se encontra o maior número de pessoas que consideram mais importante a crença em Deus, por exemplo, na hora de escolher um candidato. O trabalho foi orientado pelos professores Sergio de Azevedo e Wania Mesquita, do CCH/UENF.
A pesquisa utilizou dados de questionários aplicados em Campos (2008) e em Macaé (2009) e ainda informações levantadas anteriormente pelo “Observatório das Metrópoles” nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e Natal. Em Campos e Macaé, o questionário incluiu questões para avaliar a importância que os eleitores atribuem a critérios religiosos na escolha dos candidatos, o que pôde ser cruzado com a pertença religiosa do entrevistado. Os resultados indicaram que os que se declararam evangélicos pentecostais ou católicos carismáticos – a vertente pentecostal do catolicismo – davam mais importância a parâmetros religiosos.
— Um governante evangélico atrairia bênçãos para o país enquanto um governante “pecador” acarretaria consequências negativas — afirmou um pastor entrevistado na fase qualitativa da pesquisa, intitulada 'Modernidade mágica: o pentecostalismo brasileiro 100 anos depois'.
De acordo com o estudo, os praticantes das religiões evangélicas pentecostais tendem a analisar toda a realidade pelo filtro de categorias religiosas. Não só na política ou na eleição, mas em todas as áreas da vida. Segundo esta visão de mundo, a maioria do que acontece na Terra é reflexo da batalha espiritual entre Deus e Satanás. Isto pode ser aplicado a fatos como perda de emprego, problemas conjugais ou doenças não diagnosticadas: tudo isto seriam obras de entidades malignas que se aproveitam das fraquezas humanas.
- Trabalhamos com a noção de pentecostalização e vimos que onde ela é mais forte o indivíduo fica mais exposto à possível influência das lideranças religiosas sobre suas decisões eleitorais – resume Gustavo Smiderle, que contou com a colaboração do professor Vitor Morais Peixoto e do então mestrando Marcus Cardoso na tabulação dos dados.
Ana Clara Vetromille
Maioria das pontes não recebem manutenção
Por Altair Santos
De 40 mil pontes em rodovias, só 7% recebem manutenção
Apenas trechos privatizados conservam suas obras de arte. Situação mais crítica ocorre em estradas sob a jurisdição do Dnit
Auditoria realizada em abril de 2012 pelo Tribunal de Contas da União (TCU) revela que o Sistema de Gerenciamento de Obras de Artes Especiais (SGO) não sofre atualização desde 2004. O SGO é responsável por verificar as estruturas de pontes e viadutos nas rodovias sob a jurisdição do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Assim, o levantamento do TCU concluiu que pelo menos 3.351 construções, das 4.469 aos cuidados do Dnit, encontram-se em situação que variam de “condições precárias” a “mau estado de conservação”.
Entrevistado
Júlio Timerman, ex-presidente (gestão 2002-2004) e integrante do conselho deliberativo da ABECE (Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural)
Currículo
- Graduado em engenharia civil pela EPUSP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo)
- É delegado regional da ABECE (Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural) em São Paulo/SP e membro do conselho deliberativo
- É coordenador do Comitê Técnico de Pontes e Grandes Estruturas constituído pela ABECE em 2009 para propor ações para melhoria da qualidade e competitividade dos projetos e serviços ligados à construção de pontes e grandes estruturas
- Também é vice-presidente do IABSE (International Association for Bridge and Structural Engineering) e do Ibracon (Instituto Brasileiro do Concreto)
- Atua como consultor na área de projetos de reabilitação e recuperação de estruturas para diversas concessionárias de rodovias, com intervenções em mais de 100 mil metros quadrados de tabuleiros
- Ocupa o cargo de diretor da Engeti Consultoria e Engenharia
Contato: abece@abece.com.br
Créditos fotos: Divulgação
Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330
Fonte: http://www.cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/de-40-mil-pontes-em-rodovias-so-7-recebem-manutencao/
De 40 mil pontes em rodovias, só 7% recebem manutenção
Apenas trechos privatizados conservam suas obras de arte. Situação mais crítica ocorre em estradas sob a jurisdição do Dnit
Auditoria realizada em abril de 2012 pelo Tribunal de Contas da União (TCU) revela que o Sistema de Gerenciamento de Obras de Artes Especiais (SGO) não sofre atualização desde 2004. O SGO é responsável por verificar as estruturas de pontes e viadutos nas rodovias sob a jurisdição do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Assim, o levantamento do TCU concluiu que pelo menos 3.351 construções, das 4.469 aos cuidados do Dnit, encontram-se em situação que variam de “condições precárias” a “mau estado de conservação”.
Júlio Timerman, ex-presidente da ABECE:
falta de manutenção foi abordada no
V Congresso Brasileiro de Pontes e Estruturas
Conforme o levantamento realizado pelo TCU, as obras estão distribuídas por uma malha superior a 50 mil quilômetros de rodovias federais e estima-se que representem, conjuntamente, um patrimônio de R$ 13 bilhões. No entanto, segundo a Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (ABECE) os números podem estar subestimados. Na avaliação da ABECE, o país conta atualmente com 1.800.000 quilômetros de rodovias, dos quais 200 mil são pavimentados e que contam com 40 mil pontes e viadutos espalhados pelo território nacional, entre estradas sob jurisdição federal e estadual.
Por isso, o ex-presidente e integrante do conselho deliberativo da ABECE, Júlio Timerman, tem uma análise diferente da feita pelo TCU. “A manutenção rotineira em obras de arte tem se restringido aos trechos de rodovias concedidos à iniciativa privada, que representa cerca de 7% da malha rodoviária. Por isso, os problemas em pontes e viadutos devem ser avaliados e priorizados, para então se fazer uma gestão da manutenção em função da criticidade das anomalias levantadas”, avalia. Ainda segundo Timerman, a cultura de intervenções superficiais é que resultam em relatórios preocupantes como o do TCU.
Atentas à falta de manutenção das obras de arte especiais, a ABECE e a ABPE (Associação Brasileira de Pontes e Estruturas) dedicaram relevante atenção a esse problema no V Congresso Brasileiro de Pontes e Estruturas, onde foram debatidos sistemas construtivos, projetos, concepções estruturais e também manutenção em pontes e viadutos. “Infelizmente, as autoridades e entidades que administram as rodovias federais e estaduais estiveram pouco presentes para debater esse importante problema. Mesmo assim, o congresso serviu como um fórum adequado para se discutir e procurar soluções para as estradas não concedidas”, disse Timerman.
Ponte na BR-101, entre a divisa de Santa Catarina
com o Rio Grande do Sul: exemplo de obra de arte
que carece de manutenção periódica no Brasil
O V Congresso Brasileiro de Pontes e Estruturas ressaltou que devem ser feitas inspeções rotineiras anuais e inspeções mais aprofundadas a cada cinco anos nas obras de arte especiais. Estes prazos podem variar em função do quadro de anomalias existentes nas pontes e viadutos. “Todas as concepções estruturais sofrem as consequências da falta de manutenção das pontes e viadutos. Mas é sabido também que uma ponte projetada e executada segundo as normas nacionais vigentes apresentará uma longa durabilidade”, evidencia o ex-presidente da ABECE.
Timerman destaca ainda que uma obra bem projetada e executada, com uma manutenção periódica de pequeno custo, apresenta vida útil ilimitada. “Temos obras brasileiras com 70 anos de vida em perfeito estado de conservação. O maravilhoso livro “Pontes Brasileiras”, do Prof. Augusto Carlos de Vasconcelos, ilustra alguns belos exemplos”, relata, finalizando que a manutenção correta faria o país economizar bilhões de reais. “Uma pequena anomalia hoje pode se transformar em um problema de grande complexidade, levando à interdição de uma rodovia. Isso custa muito dinheiro”, completa.
Entrevistado
Júlio Timerman, ex-presidente (gestão 2002-2004) e integrante do conselho deliberativo da ABECE (Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural)
Currículo
- Graduado em engenharia civil pela EPUSP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo)
- É delegado regional da ABECE (Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural) em São Paulo/SP e membro do conselho deliberativo
- É coordenador do Comitê Técnico de Pontes e Grandes Estruturas constituído pela ABECE em 2009 para propor ações para melhoria da qualidade e competitividade dos projetos e serviços ligados à construção de pontes e grandes estruturas
- Também é vice-presidente do IABSE (International Association for Bridge and Structural Engineering) e do Ibracon (Instituto Brasileiro do Concreto)
- Atua como consultor na área de projetos de reabilitação e recuperação de estruturas para diversas concessionárias de rodovias, com intervenções em mais de 100 mil metros quadrados de tabuleiros
- Ocupa o cargo de diretor da Engeti Consultoria e Engenharia
Contato: abece@abece.com.br
Créditos fotos: Divulgação
Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330
Fonte: http://www.cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/de-40-mil-pontes-em-rodovias-so-7-recebem-manutencao/
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