Pastor João Soares da Fonseca
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Aconteceu no Chile, dia 10, na cerimônia de encerramento da 17ª. reunião da cúpula ibero-americana. O rei Juan Carlos I, da Espanha, mandou o presidente venezuelano Hugo Chávez calar a boca. O comportamento de Chávez mais lembrava o de um colegial rebelde. Todo o tempo ficou interrompendo o primeiro-ministro espanhol, José Luis Zapatero. O rei perdeu a paciência e, de dedo em riste, mandou que Chávez se calasse.
A ação do rei foi aplaudida não só na Espanha. Já faz algum tempo que Chávez vem irritando as pessoas. Financiado pelo caixa fácil dos petrodólares e amparado numa retrógrada política populista, Chávez caminha escancaradamente para a ditadura plena em seu país. Desmoralizando as instituições democráticas, a era chavista pode fazer o país recuar algumas décadas, perdendo o bonde da história. Quem viver verá.
Voltemos, porém, ao episódio. O rei mandou o presidente calar a boca. Às vezes, as palavras provocam, irritam, tumultuam o ambiente. Ditas na hora errada a pessoas erradas, as palavras podem causar desânimo quando não destruição. Chávez não deve conhecer um verso na Bíblia que ensina: "Até um tolo pode passar por sábio e inteligente, se ficar calado" (Pv 17.28, NTLH). Algumas pessoas sofrem do que poderíamos chamar síndrome do microfone: não podem passar sem dar a sua opinião; não sabem se calar. E quanto mais falam, mais expõem a sua ignorância. Parece que onde há déficit de sabedoria, há superávit de palavras. Um cronista esportivo sugeriu algo noutro contexto semana passada que bem se aplicaria a Chávez: "Por favor, quem tirar o... no Amigo Oculto do fim de ano... já sabe do que ele precisa: um rolo de esparadrapo gigante e uma cola Super Bonder, pra fechar definitivamente aquela boca infeliz...".
Que o nosso Rei Jesus nos dê sabedoria para saber a hora de falar, o que falar, como falar, se nossa fala for, de fato, necessária!
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