sábado, 9 de abril de 2016

Homossexualidade: Igreja Batista do Pinheiro X Convenção Batista Brasileira

Por Carlos Alberto de Oliveira*

CBB - Convenção Batista Brasileira - Decisão política ou jurídica?

Falar em decisão politica hoje em dia parece desqualificar qualquer postura de pessoas ou órgão, entretanto já está sedimentada entre nós a frase “decisão politicamente correta”.

Por outro lado, quando se cogita de uma decisão jurídica, tem-se a mesma como isenta de pessoalidade e interesses meramente individuais, o que daria força a tal posicionamento, haja vista que é parecer técnico e advindo da adequação do fato às normas estabelecidas.

Qualquer decisão mexe com aquele que tem de decidir, daí o medo de decidir errado, o que leva pessoas e órgãos a procrastinarem suas posições a respeito daquilo que lhes compete posicionar.

A comunidade batista aguardou ansiosamente pela decisão da CBB. Esta por sua vez não poderia se esquivar de dar a resposta a tempo e a modo, mas sem se afastar das questões políticas e jurídicas. Daí ter seguido toda a via crucis exigida, ouvindo a parte envolvida, qual seja, a Igreja Batista de Pinheiros, que tomou a decisão de receber no seu quadro de membresia pessoas com práticas homoafetivas, sem nenhuma discriminação aos direitos dos heterossexuais, independente se aqueles largaram ou não suas práticas homossexuais.

A questão jurídica foi bem trabalhada, pois a Convenção deixou bem clara que não é homofóbica, que respeita a autonomia das igrejas e que condena qualquer manifestação discriminatória sob o tema levantado até o momento e que as mesmas não foram feitas em seu nome, sendo cada autor exclusivamente responsável pelas publicações. 

Assim fazendo, livrou-se de qualquer possibilidade de questionamento em várias esferas, inclusive judicial, haja vista que “todos são iguais diante a lei”, princípio constitucional que faz coro com a declaração bíblica que “Deus não faz acepção de pessoas”. Se Ele não faz, não teria sentido seus seguidores fazerem.

Politicamente, a Convenção Brasileira fez o que deveria ser feito!

Carlos Alberto de Oliveira é advogado, funcionário público do Ministério do Trabalho, membro da Primeira Igreja Batista de Pilar, Duque de Caxias, RJ e escritor.

3 comentários:

  1. Aceitar pessoas que se entregam a Cristo é sempre fazer a vontade do Pai. Na medida que essas pessoas buscarem ao Senhor , e o conhecerem de verdade, na profundidade da intimidade, saberão que o pecado sempre fará separação entre nós e o nosso Deus. e buscarão a santidade. Vale ressaltar que pecado é pecado isso diz respeito a qualquer pecado! Oremos para que nós e nossos irmãos em todo lugar abandonemos nossos pecados e busquemos a santidade.

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  2. Está ficando cada vez mais complicado ser cristão nesse Brasil.Se a CBB decide seguir as escrituras , no que diz respeito ao propósito original de Deus para o casamento, pode ser questionada em várias esferas, inclusive judicial , podendo ser tachada de homofóbica sem ser. É triste perceber que chegará um momento em que ser fiél as escrituras e a Cristo nos levará a sermos enquadrados pela lei dos homens. Vamos orar pela igreja no Brasil!

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  3. Mas não há como fugirmos de perseguições. Elas seguem quem segue a Cristo guardando seus mandamentos. Por isso mesmo com os devidos cuidados há de se tomar uma decisão. E que ela seja pautada no Senhor das Escrituras!

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