segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

A última hora


            Domingo à tarde, vagueava ele nas ruas de São Paulo. Bebendo durante o dia, foi dormir num dos bancos da Praça Princesa Isabel, em frente à Primeira Igreja Batista. Mais tarde, despertou, era noite. De longe, ouviu o cântico de um hino, vindo do templo. Separado da família e longe de Deus, ainda trôpego e um tanto ébrio, se levantou daquele lugar frio e de abandono e foi ao templo. Ao entrar, cumprimenta o pr. Tertuliano Cerqueira, na porta, que o vê desalinhado e com forte cheiro de álcool, e diz: “Que mensagem de Deus tem este hino!”.
O pastor lhe respondeu: “Eu sei que o compositor foi alguém inspirado por Deus”. Ouviu do bêbado: “Eu escrevi este hino!”. Em seguida, mostrou ao pastor a sua identificação. O pr. Tertuliano levou-o à sua casa, ouviu sua comovente história e a manifestação daquele coração, que naquela noite havia se arrependido. João Diener é o seu nome. Reconstruiu o seu lar, que estava desfeito, reconciliando-se com sua mulher. Voltou a cantar o seu hino, tornou-se outra vez regente de coro, e foi fiel ao Senhor até a sua partida, no ano de 1963”.
Assim diz a letra:
Ao findar o labor desta vida
Quando a morte ao teu lado chegar.
Que destino há de ter a tua alma?
Qual será no futuro teu lar?

Meu amigo, hoje tu tens a escolha.
Vida ou morte, qual vais aceitar?
Amanhã pode ser muito tarde.
          Hoje Cristo te quer libertar.

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