Imagine que você estivesse neste natal no céu
com Jesus. E conversasse com ele.
“Jesus, na minha terra há uma alegria
contagiante, é o período do Natal, comemora-se o seu nascimento como ser
humano. Há muita festa, muita comida, muitas compras, um movimento danado”.
“Pois é, eu sei disso, acompanho tudo...”,
responde o Salvador.
“Parece-me que o Senhor não se empolgou muito
com isso!? É uma data tão especial, eu vibro muito com ela!”.
Com olhar terno e meigo, voz tranquila, o
Salvador concluiu: “Acompanho tudo e todos. Muita festa para alguns... muita
comida para alguns... muitas compras para alguns...”.
“Mas, Senhor, meu Salvador, as igrejas ficam
lotadas, as praças são tomadas, musicais lindos apresentados. Ah, como é tão
lindo tudo! E olha, os pastores também pregam, pregam o evangelho!”.
“Sim, isso tudo é muito bom, mas não é tudo.
Aliás, é bem menos do que eu proponho. Canta-se nos templos, mas se esquece de
cantar na vida. Igrejas cheias, mas muitos corações vazios. Praças tomadas para
cantar o Natal, mas esquecidas para combater a injustiça social, a corrupção e
outros males. Ah, e os pastores... Ah, os pastores...”.
Imaginando que pudesse voltar, você se despede:
“Jesus, eu vou voltar, que o Senhor deseja que eu diga lá?”.
Esperando ouvir uma lista de responsabilidades,
você abaixa a cabeça: “Não diga nada, viva o meu evangelho... olhe, mas não só
no dia de Natal, todos os dias... eles ouvirão que o Salvador chegou”.
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