Dentro de cada um de nós há três leões prontos para atacar: a vaidade, a hostilidade e o legalismo.
O ataque mínimo do leão da vaidade se dá quando cometemos uma boa ação e nos entediamos que ninguém a tenha visto. Com tantos celulares com câmeras, como ninguém nos registrou atravessando uma velhinha no perigosíssimo sinal!
O ataque máximo, que já é a própria derrota em si, é nos acharmos as pessoas mais dignas de louvor em todo o mundo, raivosas quando alguém, menos competente do que nós, absurdamente faz mais sucesso do que nós.
O perigo da vaidade é que seu ponto de partida é nobre.
É nobre derrubar nossa autoestima baixa e levantar a visão que temos de nós mesmos, gesto duplo que nos permite alçar vôos de realizadores, mas não é nobre pensar que somos melhores do que os outros. É vaidade.
É nobre fazer o que ninguém ainda fez, mas não é nobre achar que não podem fazer ainda melhor do que fizemos. É vaidade.
É nobre contribuir para que a nossa comunidade cresça a partir do nosso trabalho, mas não é nobre buscar seus aplausos. É vaidade.
É nobre reconhecer as coisas boas que os outros fizeram, mas não é nobre que o reconhecimento recebido seja usado para alguma finalidade. É vaidade.
É sábio saber que o próximo degrau depois da vaidade é a queda, queda também por vezes aplaudida.
Desejo-lhe um BOM DIA.
Israel Belo de Azevedo
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