Alguns estão prazerosamente alardeando que o assassino de Realengo lia a Bíblia. E concluem que ler a Bíblia significa ser fundamentalista, aprender uma série de ensinos sem validade e coisas desse tipo.
Esse tipo de argumentação é tão falho quanto seria estabelecer relação se, por exemplo, registrasse que era leitor de livro de História. Ou de Ciências. Ou de qualquer outra área do conhecimento humano. E tenho minhas dúvidas se não era. Só que não dá IBOPE dizer que era leitor desses livros. Da Bíblia, é o contrário. Os ateus, logo, logo, se agitam.
Quando se raciocina em cima de preconceitos até o mais óbvio passa despercebido. É tão fácil concluir que ele lia a Bíblia - diga-se de passagem, parcialmente -, mas não obedecia aos seus ensinos. E há uma diferença muito grande entre ler e obedecer.
Parece-me que isso era previsto pelo Senhor Jesus ao dizer "examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna e são elas que de mim testificam, mas não quereis vir a mim para terdes vida" - Mateus 5.39-40. E, parece-me, que Tiago, irmão de Jesus, aprendeu a ponto de ensinar: "E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; Porque se contempla a si mesmo, e vai-se, e logo se esquece de como era. Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito" - Tiago 1.22-25.
O assassino de Realengo lia a Bíblia, mas não a obedecia.
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