Ao pesquisar sobre “Liderança que Serve”, me deparei com uma citação atribuída a uma professora de seminário cujo nome é J. Carla Northcut, que afirma: “O objetivo de muitos líderes é levar as pessoas a pensa de forma mais elevada do que o próprio líder. O objetivo de um grande líder é ajudar as pessoas a pensar mais alto do que eles próprios”. Pense sobre isso por um momento.
Às vezes parece que se a expressão “liderança que serve” é de alguma forma considerada na maioria dos ambientes profissionais e empresariais da atualidade, ela é basicamente compreendida desta maneira: “Eu sou o líder, você é o servo. Agora, faça o que eu mando você fazer”. Como a Dra. Northcut ressaltou, a marca de um líder efetivo não é o que ele realiza por si mesmo, mas o que ele predispõe e capacita outros a fazer.
É preciso um indivíduo forte para se sentir pessoalmente seguro o bastante para ajudar outros a progredir em sua carreira. Um verdadeiro líder que serve busca constantemente por oportunidades de cuidar e encorajar os outros, assistindo seus liderados em sua jornada pessoal e profissional.
Muitos líderes, incertos acerca de sua própria posição e temerosos que alguém esteja trabalhando para tomar seu emprego, concentram o foco sobre o que outras pessoas podem fazer para exaltar sua própria imagem. “Seu trabalho é fazer com que eu apareça bem” – foi o que ouvi certo líder dizer à sua equipe. Mas será que essa forma de pensar egoísta contribui para maximizar o desempenho de todos? É possível tornar-se grande ajudando outros também a crescer?
A Bíblia fala sobre este conceito em inúmeros contextos. Paulo, um dos principais líderes da igreja primitiva, entendeu este princípio. Em I Coríntios 10.24 ele alertou seus seguidores: “Ninguém deve buscar os seus próprios interesses e sim os interesses dos outros”. Este parece ser um excelente ideal a se aspirar, mas será realista para o mercado de trabalho global, guiado pela ideia do tipo “o que você tem feito por mim ultimamente”?
Embora a Bíblia tenha sido escrita há mais de 2.000 anos, ele argumenta que este é mais do que um ideal nobre e deveria realmente ser um dos objetivos principais de um líder. Por exemplo, em outra parte o apóstolo Paulo escreveu: “Não façam nada por interesse pessoal ou por desejos tolos de receber elogios; mas sejam humildes e considerem os outros superiores a vocês mesmos. Que ninguém procure somente os seus próprios interesses, mas também os dos outros” (Filipenses 2.3-4).
Pedro, um dos primeiros seguidores de Jesus, fez eco a essas convicções quando ofereceu esta admoestação: “Portanto, sejam humildes debaixo da poderosa mão de Deus para que Ele os honre no tempo certo” (I Pedro 5.6). Em outras palavras, se você deseja se tornar um grande líder, procure maneiras de servir e exaltar os que estão ao seu redor. No processo, seu próprio patamar se elevará por meio das realizações daqueles que você está liderando.
O maior de todos os líderes, Jesus Cristo, não apenas expressou Sua crença numa liderança que serve, como também a demonstrou da maneira mais profunda: “Porque até o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida para salvar muita gente” (Marcos 10.45).
Se esse princípio era importante para Jesus, deveria ser igualmente importante para nós.
Rick Boxx é presidente e fundador da "Integrity Resource Center", escritor internacionalmente reconhecido, conferencista, consultor empresarial, CPA, ex-executivo bancário e empresário. Adaptado, sob permissão, de "Momentos de Integridade com Rick Boxx", um comentário semanal acerca de integridade no mundo dos negócios, a partir da perspectiva cristã. Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes (fortes@cbmc.org.com)
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