quarta-feira, 6 de julho de 2011

Entrevista - Pastor Roberto da Silva Carvalho


Nosso entrevistado de hoje é Roberto da Silva Carvalho, pastor da Primeira Igreja Batista de Cabo Frio. Com formação em Teologia, Direito e Filosofia, além de outros cursos na área teológica, o pr. Roberto é respeitado pelas suas convicções e, sempre respeitosamente, as revela, considerando o direito do outro em discordar.
Sua atuação nas vias denominacionais já contemplou cargos de grande importância, tanto no cenário estadual quanto nacional.
É casado com a profª Rosângela e o casal tem os filhos Diogo, Rodrigo e Vítor. No futebol, torce pelo Vasco da Gama.

Você tem formação e atuação em Direito, é advogado respeitado. Como o irmão tem encarado os últimos acontecimentos envolvendo questões jurídicas no Brasil, notadamente o STF?

Entendo que é uma questão de competência. Compete ao Poder Legislativo, nos três níveis,  criar as leis e alterá-las em consonância com o clamor social. Ao Poder Judiciário compete, única e exclusivamente, a interpretação dessas leis e sempre observar a Constituição Federal como a Carta Magna que regula todos os demais ordenamentos jurídicos do Brasil.

No Brasil, o Congresso Nacional, por sua inércia, tem permitido ao Supremo Tribunal Federal adentrar questões que extrapolam sua competência como é o caso da união estável entre pares homossexuais. Ao STF compete interpretar a Constituição Federal e não alterá-la, não importam as circunstâncias.

Penso que o STF está equivocado (e com ele a OAB e outros relevantes segmentos na Sociedade) em sua posição de apoiar a regularização dos pares homossexuais. Nesse diapasão, apoio a decisão (por entendê-la constitucional), do Juiz Jerônimo Villas Boas (Goiás) em sua reiterada decisão de anular o registro de união estável de par homossexual.

Penso, ainda, que somente com uma Assembléia Constituinte poder-se-ia trabalhar mudanças dessa natureza no texto constitucional.


Você se engajou na luta contra o PL 122/06, que já caiu, e outras aberrações tentando tirar o direito de maiorias. Por quê?

Esse engajamento se dá porque todas as minorias têm o direito de fazer ouvir sua voz. Por ser o direito da liberdade de expressão do pensamento um via de mão dupla, a igreja não pode ser cerceada no seu direito de pregar a Palavra de Deus, não só nos templos, mas, também, nos logradouros públicos e através da mídia disponível. A igreja deve entender que na proporção de seu silêncio (por acomodação ou covardia),  sobressai-se o grito dos que lutam pela adequação de leis para proteção de suas crenças e práticas.  É preciso que os detentores dos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) bem como toda a Sociedade saibam que a igreja tem uma missão específica dada por Deus para abençoar o homem, sua família e a Sociedade em geral. Por ter que prestar contas a Deus, a igreja não pode aceitar ser calada. Daí o nosso grito.

Lamento pela leitura aparente que faço onde vejo STF fazer coro à proposta do regime ora instalado no Brasil que pugna por alterações conceituais na estrutura familiar em detrimento de valores sociais consagrados pela sabedoria popular à luz do tempo.

Há 10 anos aproximadamente o irmão chegou a Cabo Frio. Se voltasse ao tempo, decidiria vir para Cabo Frio de novo?

Não tenho dúvidas de que Deus me enviou para a Primeira Igreja Batista em cabo Frio. Aqui granjeei irmãos e amigos e tenho sido abençoado com minha família.  A cidade de Cabo Frio, também, me cativa por sua beleza e qualidade de vida.

Louvo a Deus pelo privilégio de exercer o ministério nessa igreja que tem correspondido à visão pastoral, bem como pela belíssima história registrada por pastores e irmãos que passaram por aqui e deixaram um legado de honra para um crescimento saudável, segundo o coração de Deus.

Sem dúvida, faria de novo e do mesmo modo. Graças a Deus, não tenho motivo para arrependimento.

E o ministério na Igreja, como está?

Desfruto de harmonia no ministério colegiado onde trabalhamos a visão ministerial de cada servo. Sinceramente, estou muito empolgado com o crescimento da igreja e pelas respostas que esta tem à visão do ministério pastoral. O ritmo de trabalho é intenso e os frutos têm demonstrado que estamos no caminho certo. A igreja caminha rumo ao cinqüentenário aos cuidados de Deus. Tudo para honra e glória do Senhor.

Fale sobre a Caravana do Arrependimento.

É uma tremenda ferramenta de evangelismo bíblico que tem abençoado a região e o Brasil em geral. A Caravana treina e pratica junto com as igrejas. No mês de julho estará, por misericórdia de Deus, participando da TRANS em Florianópolis (SC), sob a orientação da Junta de Missões Nacionais, mas com autorização para trabalhar a visão da Caravana. Ao todo, irão cerca de 28 jovens coordenados pelo Sem Diogo da Cunha Carvalho, que contará com o auxílio de dois pastores, Evandro Oliveira (PIB e Foz do Iguaçu) e Leandro (Paulínia- SP), mais 05 jovens de Paulínea e 03 de outras igrejas de nossa região. A estes, somar-se-ão outros 23 de outras partes do país. Orem por eles diante de tão grande desafio e por milhares de outros nas outras 12 TRANS pelo Brasil.
Acesse o site www.caravanadoarrependimento.com.br e conheça um pouco mais desse abençoado ministério de evangelização.

Considerações finais:
Deus tem sido tremendo em cuidar do ministério que me confiou. Tem valido a pena para mim e minha família servi-lo e honrá-lo com nossas vidas e bens. Agradeço a Deus o privilégio de poder pastorear a PIB em Cabo Frio, dirigir o Seminário Teológico Batista da Região dos Lagos (na PIB) e conviver de maneira respeitosa com os pastores e igrejas nesta região, aos quais desejo que o Senhor conserve famílias e ministérios abençoados.
     Ao irmão, em particular, minha gratidão pela oportunidade dessa entrevista. Quero parabenizá-lo pela família integrada na igreja, pelo ministério arrojado e pela igreja (Batista do Braga) dinâmica e operosa, bem como pelo sucesso deste  tão útil e propalado blog. 

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