Pr. João Soares da Fonseca
Aos 85 anos, Rodney Wolfard partiu para estar com o Senhor. Foi em Oklahoma City, nos Estados Unidos, nas primeiras horas do dia 18 de setembro de 2006. Missionário norte-americano no Brasil por 36 anos, o pastor Rodney marcou gerações de obreiros que passaram por suas aulas de Novo Testamento no Seminário do Sul, na Tijuca, entre 1960 e 1979. Sua docência era original porque marcada por uma sincera piedade. Rodney Wolfard era um santo, no sentido pleno da palavra. Quando as discussões em sala esquentavam, e resistentes nós teológicos fechavam-se a toda tentativa de explicação, a saída do professor era peculiar. Face brilhante, olhos fixos no teto, Wolfard erguia o braço, apontava para cima e dizia com rara solenidade: "Irmãos, Ele saaabe", conferindo à primeira vogal do verbo uma duração que até hoje retine em nossos ouvidos, para nosso bem. Moisés, no topo do Sinai, certamente deve ter sido parecido com ele.
Certa vez, conheci em Vitória um jovem chamado Rodney. Perguntei por que ele tinha esse nome, que é raro no Brasil. A resposta confirmou a minha suspeita: o pai do jovem conhecera um missionário com esse mesmo nome, e tanto se impressionara com a vida dele que quis o mesmo nome para seu filho. Era uma justa homenagem da admiração à piedade.
Com ele aprendemos que é possível ser intelectual (tinha MBA por Harvard e foi, na juventude, professor da respeitada Duke University, além de mestrado e doutorado em teologia) e ser piedoso seguidor de Cristo.
Em meu sermão Aquele É Um Santo Homem de Deus citei um desejo expresso por ele: "Quando eu morrer, não gostaria que dissessem: - Ele foi um bom professor de seminário. Nem que dissessem: Ele foi um profissional competente, um missionário muito bom... Gostaria que dissessem apenas: Ele foi um santo homem de Deus".
Rodney Wolfard foi um santo homem de Deus!
Fonte: http://pibrj.org.br/
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