Um dado preocupante aponta que 95% dos crentes nunca levaram uma alma aos pés de Cristo. Isso significa que, de 100 crentes, 95 nunca experimentaram tal alegria. Verdadeiro o dado, é uma lástima. Se houver alguma síntese dos ensinos de Jesus, possivelmente se liga a alcançar quem ainda não o conhece. Mesmo que a síntese seja os dois mandamentos principais - amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo - está implícita a tese, pois amar ao próximo como a si mesmo passa, necessariamente, pelo desejo de ver a salvação dele.
Se aceitarmos o conceito popular que diz “quem não trabalha, dá trabalho” podemos concluir que 95% dos crentes impedem que mais pessoas se convertam. Lástima ainda maior.
Pode ser que, precipitadamente, alguém raciocine não ter o dom de ganhar almas e seu trabalho se volta a outros objetivos. Uma questão, entretanto, carece de resposta: que objetivo tem o serviço que presto a Deus? Respondendo corretamente, veremos que qualquer atividade tem o objetivo principal de alcançar perdidos. E assim, cantar no coro, tocar ou cantar numa banda, ensinar na EBD, visitar enfermos, pregar, cantar em solo, dueto, trio, quarteto ou em grupo, cozinhar para encontros, zelar pelo patrimônio e qualquer outra atividade serão para a glória de Deus - I Coríntios 10.31. Que mais glorifica a Deus do que a salvação de uma alma?
Experiência numa determinada Igreja Batista é marcante. No domingo, funcionário da Igreja não trabalha. Os serviços são feitos em rodízio com os membros. Um jovem se converteu e contou sua experiência: “eu passava pela calçada e vi uma mulher, elegantemente vestida, varrendo as dependências externas. Aquilo me impactou e eu vi que se alguém, por certo importante, era capaz de varrer as dependências do templo, aquilo era evangelho, e entreguei minha vida a Cristo”. Depois veio saber, era uma doutora. Até as mais simples atividades podem ser meio para alcançarmos pessoas para Cristo.
De mais uma questão não podemos fugir: por que muitos cristãos nunca levaram uma alma a Cristo? Arriscamos algumas respostas: 1ª - possível falta de experiência de conversão (sem nenhum juízo temerário, há alguns que estão na Igreja - esfera local -, mas não se converteram); 2ª - falta de incessante busca pela santificação (o envolvimento com o pecado tira o interesse pela salvação dos perdidos); 3ª - falta de treinamento (falhamos em dizer que se deve fazer, mas não dizemos como); 4ª - falha no entendimento das prioridades (a prioridade no reino é alcançar os perdidos e nada substitui).
Duas questões mais: quantas almas você já ganhou para Cristo pelo seu trabalho pessoal? Em que grupo dos quatro acima você se enquadra? Se ainda não teve a experiência, encorajo você a fazer isso. Busque a Deus em oração e fale com alguém sobre a salvação e faça o apelo (comece com um familiar). Diante de Deus, vença o problema e se torne uma bênção no reino.
*Pastoral no boletim dominical da Igreja Batista do Braga, 25.09.2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário