Jó é conhecido como o rei da paciência. É
comum ouvir “fulano tem paciência de Jó”. É verdade que nem sempre é paciência,
sim, passividade. Paciência significa, dentre outros, resignação para enfrentar
os problemas e, muitas vezes, no texto bíblico perseverança.
Mas voltemos a Jó: prosperidade, família
bonita e feliz, terra produzindo, vida tranquila, homem justo, íntegro e que
não praticava o mal. De repente, pobreza, perda dos filhos, falta de produção,
temporal violento. A vida é assim, de uma hora pra outra, tudo pode mudar, ou
para bem ou para mal. E na vida de Jó mudou para mal.
Nessas horas se conhece verdadeiramente o
caráter de uma pessoa. Ele é conhecido no meio do temporal. Não se conhece o
caráter de alguém com o mar está tranqüilo, seguindo o seu curso normal, mas
quando se enfrenta um confronto, seja ele de ordem material, moral e ética,
física ou psicológica.
Sua esposa sugeriu-lhe amaldiçoar a Deus e
morrer. Ele disse não. Seus amigos lhe apresentaram teologia capenga e
equivocada. Ele contestou. Sofreu, foi moído, experimentou dores, mas confiou.
E no final, foi vencedor. Tudo em dobro.
A prova não era para Deus, este o conhecia.
Era para o diabo, para Jó, seus amigos, família e para nós. Por isso, Jó
declarou: “Antes eu te conhecia de ouvir falar, mas, agora, os meus olhos te
veem”.
Conheçamos Deus como Jó, pois na hora do
sofrimento nem família nem amigos resolvem o nosso problema.
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