Princípios
para exercer o direito do voto
Pr. Neemias Lima*
Em época de eleições, sou abordado por
pessoas ligadas ao povo evangélico querendo saber como se deve votar.
Entendendo que se trata de um ato de cidadania e que a liberdade de consciência
de cada um deve ser respeitada, apresento princípios norteadores que creio para
o momento.
Aqui, sintetizo para sua reflexão.
1º - Oração - Pode
parecer pieguice, mas todas as ações de um cristão devem ser precedidas de
oração. Não para pedir que vença esse ou aquele candidato, mas para receber
sabedoria do céu para decidir. E também para pedir pelos próprios governantes
que serão vencedores no pleito.
2º - Informação - Exercer
esse direito sem o mínimo de informação é ser massa de manobra. Procure saber
sobre o candidato, seus ideais, suas propostas e tudo que estiver relacionado à
questão política.
3º - Conscientização - Sua
ação deve ser praticada com a certeza de consciência de seus direitos e
deveres. Nenhuma pressão deve ser aceita, nem medo, nem amizade, nem favores.
Quando chegar à cabine, você estará sozinho. Só você e Deus sabem o seu voto.
4º - Competência - Eleger
uma pessoa que não tenha competência para exercer o cargo é legitimar práticas
que contrariem ao bom senso e atestar incapacidade de melhor escolha. Em
contato com determinado candidato à Câmara fiquei estupefato: não sabia o
orçamento da cidade e nem o número de habitantes. Imagine se aprofundássemos os
assuntos!
5º - Credibilidade - Ninguém
terá crédito depois de eleito. Caso sua trajetória é marcada pela falta de
credibilidade não é uma vitória que mudará o quadro, pelo contrário, dará mais
oportunidade para sustentá-lo. É gente que se pode acreditar, vote. Caso não, pule
fora.
6º - Relacionamento - Como
o pretenso candidato trata as pessoas deve ser avaliado por você antes de
votar. Principalmente, os adversários. Falta de respeito, descuido com o
vocabulário, agressividade não devem ser elementos presentes na vida de quem
deseje representar o povo.
7º -
Histórico - Não se deve votar apenas no novo na política,
mas se deve avaliar, quando decidir por quem já tenha exercido cargos públicos,
como foi sua trajetória anterior. Seu histórico aponta para alguém que foi
responsável, cumpridor dos deveres, zelo e merece outra chance? Caso não, caia
fora.
8º - Vida Moral - Há
quem defenda que se deve apenas analisar sua capacidade política. Discordo.
Suas ações no trato com a coisa pública será, em grande parte, senão
totalmente, reflexo de sua vida moral. Inclusive quando se pensa nesta como
sinônimo de conduta ética.
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