quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Precipitação

Era garoto e soube de um irmão em Cristo que recebia disciplina da Igreja. Seu erro: fumar uns cigarrinhos. Passado um tempo, concluiu-se que não era verdade. O que ocorrera é que, levantando-se muito cedo para tirar leite das vacas, ao caminhar, exalava uma fumacinha, que nada mais era que um vapor, contrastando com a temperatura fria do exterior.

René Descartes recomendou: “Deve-se evitar toda precipitação e todo preconceito ao se analisar um assunto e só ter por verdadeiro o que for claro e distinto”.

Schopenhauer acreditava: “O perfeito homem do mundo seria aquele que jamais hesitasse por indecisão e nunca agisse por precipitação”.

O contestado filósofo Nietzsche preveniu: “Raras vezes se incorre numa só precipitação. Na primeira, vai-se sempre longe demais. Precisamente, por isso se costuma incorrer logo numa segunda”.

A precipitação é a via contrária da sobriedade, é inimiga do equilíbrio, adversária do bom senso.             É preferível cometer o erro da postergação a cometer o erro da precipitação. Aquele pode ser reparado com velocidade maior no futuro. Este, no caso de equívoco, trará alguns danos que jamais serão anulados.

Antes de concluir, agir, tomar partido, conte até dez. Mas não conte assim: “1,2,3,4,5,6,7,8,9,10”. Faça desse jeito: “Um... dois... três... quatro... cinco... seis... sete... oito... nove... dez”.

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