sexta-feira, 30 de março de 2018

Desça da Cruz


O plano é da eternidade. Lá, o Cordeiro foi sacrificado e, “na plenitude dos tempos”, invadiu a humanidade e aqui viveu. O plano incluía a Cruz. E ardilosas tentativas desejavam que ela não acontecesse.

Assim foi com Herodes matando os meninos, o tentador no deserto, oferecendo-lhe os tronos, Pedro sugerindo-lhe desviar-se dela. Mas, “obediente até a morte, e morte de Cruz”, não fugiu.

O que “é loucura para os que perecem; para os salvos, é o poder de Deus”. O “que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos, para os chamados, tanto judeus como gregos, poder e sabedoria de Deus”.

No Getsêmane, clamou: “Passa de mim este cálice, se possível”. Não era a dor dos cravos que o afligia, nem o ferimento da coroa de espinhos que o atormentava, nem a cravada da pontiaguda lança que o desestabilizava. Era o meu pecado que ele assumiu. O Santo dos santos tornando-se o pior dos pecadores. Sugerem-lhe uma saída: “Desça da Cruz!”. “Salvou aos outros, por que não se salva a ti mesmo? Salva-te e a nós também!”.

Mas Ele não desceu. Por mim. Por você. E convida ternamente: “Quer vir após mim?: negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me”. Não despreze a sua cruz, ele não desceu por amor.  

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