quinta-feira, 29 de março de 2018

Recomeço



O enredo se desenrolava como planejado pelo Eterno na eternidade. O plano culminaria com a morte, e morte de cruz. Um dos eventos é o acusado passar pelo Sinédrio para dar legalidade ao ato. De longe, Pedro o seguia e desejava ver o fim.

Enquanto aguardava, uma criada o denuncia: “Você estava com Jesus, o galileu”. “Não sei do que fala”, responde o intrépido, agora medroso, Pedro. Muda de lugar, mas descoberto é de novo, as criadas o perseguiam: “Juro, não conheço tal homem”. Que covardia! Agora, não é uma criada, mas vários que estavam ali: “Você é um deles, seu modo de falar é parecido!”. Juramento e praguejamento do discípulo que prometera: “Até à morte, irei contigo!”.

O galo canta. Ele se lembra: “Três vezes me negarás antes do canto do galo!”. Ele chora, chora amargamente. Ficou estigmatizado como o discípulo que negou. Pouco destaque para seu compromisso reafirmado depois e sua morte trágica por amor a Jesus. Assim é a humanidade: lembra-se mais dos defeitos do que das virtudes.

Todos os dias se é tentado a negar a Jesus. Em família, no trabalho, nos negócios, no lazer, nos relacionamentos. E, muitas vezes, se nega. E o galo canta. E vem a lembrança d’Ele, seu olhar terno, paterno e eterno. E se tem oportunidade de recomeçar.

Não fique na negação, recomece. Quem subiu a cruz, desceu de lá para reerguer todos.

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