Depois de três horas de trevas,
declarações amorosas como “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”,
dramática interrogação como “Por que me abandonaste?” e o comovente “Tetelestai
- Tudo está consumado”, silêncio total.
Silêncio na terra, silêncio no céu e
o único lugar de agitação e celebração é o inferno, pensando ter destruído o
plano tão propagado pelos profetas e anunciado pelo próprio.
Era o silêncio da dúvida que também
alcançou os discípulos. Um suicidou-se. Outro carrega culpa. Querem voltar a pescar.
O “tudo está consumado” tornou-se para eles “tudo está acabado”.
Era o silêncio da perda da
esperança. Não há futuro promissor, “nós esperávamos que fosse ele o que
remisse Israel; mas agora...”. A esperança foi embora. Com sua partida, veio a
tristeza.
Era o silêncio da perda de paz
interior. Aquela que prostra, oprime, martiriza, petrifica.
No silêncio, o céu está agindo. Os
espíritos em prisão são alcançados. O Salvador não estava derrotado no
túmulo. Estava em silêncio. Como esteve no Getsêmane. Como esteve em outros
momentos no monte.
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