sábado, 31 de agosto de 2024

Graça e Paz


“Graça e paz sejam convosco, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo” - II Coríntios 1.2.

Graça e paz são duas palavras sempre presentes nas cartas de Paulo. Graça significa favor imerecido, um favor que recebemos sem merecer. Paz significa uma experiência capaz de dar segurança interior independente do que venha acontecer no exterior. A fonte da graça e da paz é Deus, nosso Pai.

Numa sociedade em que se valoriza grandemente o mérito pessoal, somos abençoados por dádivas sem nenhum merecimento. É muito comum trilharmos a perigosa estrada da meritocracia na exaltação de nossas virtudes. Não devemos nos esquecer, “é graça, não merecemos”. Ao compreender com clareza tal realidade, desfrutaremos de paz interior e nada que venha acontecer tirará a nossa tranquilidade, mesmo que passemos por apreensões, tensões e preocupações.

Você pode orar hoje assim: “Senhor, reconheço que em minha vida tudo é graça do Senhor e que preciso de tua paz”.

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

A vontade de Deus


“Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo, à igreja de Deus, que está em Corinto, com todos os santos que estão em toda a Acaia” - II Coríntios 1.1.

Um dos maiores problemas na vida do cristão é a tensão entre a vontade divina e a vontade humana. Pressionados por exigências da cultura, expectativas de resultados imediatos e necessidade de atender programas religiosos, o cristão realiza muitas atividades tendo como base sua vontade. Paulo ensina: “sou apóstolo pela vontade de Deus”.

A vontade divina não anula a participação humana, o cristão não passa a ser um robô, mas sua maturidade provoca a atitude de buscar sempre a vontade de Deus. Isso tem um custo muito alto e há situações em que sofrimentos acontecem, renunciar traz dor em muitos casos.

A melhor decisão é estar no centro da vontade de Deus, ainda que para isso o preço pago seja alto.

Sua oração hoje deve ser: Senhor, quero me submeter e obedecer à sua vontade.

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Descanse em Deus



Em Filipenses 4.6-9, lemos assim:

“Não estejam inquietos por coisa alguma; antes as suas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.

E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e os seus pensamentos em Cristo Jesus.

Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensem.

O que também aprenderam, e receberam, e ouviram, e viram em mim, isso façam; e o Deus de paz será com vocês”.

Para o Reverendo Presbiteriano Augustus Nicodemos, este texto apresenta três atitudes para combater a ansiedade:

1ª - Apresentar tudo a Deus em oração.

2ª - Ocupar o pensamento com o que é bom.

3ª - Praticar o que se aprende.

O apóstolo Pedro diz assim: “Lançando sobre Deus toda a sua ansiedade, porque Ele tem cuidado de vocês”. Lançando sobre Deus toda, não alguma ansiedade.

Ficamos ansiosos porque queremos e porque não queremos descansar em Deus.

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Salmo 150


Uma teologia do louvor

O Salmo 150 apresenta uma verdadeira teologia do louvor. Veja só:

1° - A quem se deve louvar: “Louvai ao Senhor”. 

2° - Onde se deve louvar: “Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento do seu poder”. Para o judeu, santuário era um local. Para o cristão, é a própria vida. A ideia de santuário restringe, apenas um local, o templo. A ideia de firmamento do seu poder amplia, quer dizer, em todo lugar. 

3° - A razão do louvor: “Louvai-o pelos seus atos poderosos; louvai-o conforme a excelência da sua grandeza”.

4° - Os instrumentos do louvor: “Louvai-o com o som de trombeta; louvai-o com o saltério e a harpa. Louvai-o com o tamborim e a dança, louvai-o com instrumentos de cordas e com órgãos. Louvai-o com os címbalos sonoros; louvai-o com címbalos altissonantes. Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor”.

Louvar é falar bem, elogiar, apresentar palavras de reconhecimento. Deus é o único que, sendo louvado, nunca ficará aquém de quem o louva (louvor pode ser dado também a pessoas; adoração, não, só a Deus).

Ao ler esta meditação, conclui-se que você tenha fôlego. Então, louve ao Senhor!

terça-feira, 27 de agosto de 2024

Salmo 149

Essência e não forma

Eu me lembro do tempo em que grandes discussões foram travadas a respeito da prática do louvor e adoração. 

Em alguns lugares, os chamados corinhos não eram permitidos no templo. Em outros, permitidos os corinhos, mas não podiam ser com palmas. A guitarra primeiro, mais tarde a bateria, quando começaram a ser incluídas nas bandas foi um Deus nos acuda. Não era maldade, era imaturidade, conhecimento adquirido de líderes que, inconscientemente, assumiam o lugar de Deus para decretar “isso pode e isso não pode”.

O poeta do Salmo 149, no verso 3, orienta: “Louvem o nome do Senhor com danças, cantem-lhe salmos ao som de tamborins e harpas”. Em outras palavras, ensinava: o que prevalece é a essência e não a forma.

Estávamos eu e meu amigo Pr. Hudson Galdino num Congresso da Aliança Batista Mundial. Num intervalo, ao caminharmos pelo gigantesco ginásio, vimos num canto mais isolado 10 a 12 irmãos orando e cantando. Não fosse conhecido o contexto, a conclusão é que seriam de outro credo e estariam possuídos.

Seu coração foi limpo por Jesus? Louve com alegria e não se importe com a forma!

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Salmo 148


Fechado com o louvor

O Salmo 148 é todo marcado pela ênfase no louvor. Treze vezes, num pequeno poema de 14 versos, aparece o verbo louvar. Após uma solene convocação para se louvar do alto dos céus, os anjos, os astros, os céus e a terra, os seres marinhos, os fenômenos da natureza, montes e florestas, os animais, soberanos e súditos, rapazes e moças, velhos e crianças, tudo e todos devem louvar. É como se o poeta dissesse: aqui tudo está fechado com o louvor.

O saudoso Lázaro cantava com entusiasmo: “Vou passando pela prova dando glória a Deus! É difícil quando a gente tá na prova, e vem um atribulado enviado do diabo, ele vem totalmente carregado, todo contaminado pra tirar a sua paz, e não entende que Deus quando tem uma obra, na vida de um crente, primeiro ele prova, é por isso que eu vou passando pela prova dando glória”.

Louvar é elogiar, falar bem. Louvar a Deus é falar bem Deus! É muito fácil isso acontecer quando tudo está bem, mas quando tudo está mal, é muito difícil!

Meu desafio para você agora é: está tudo, bem? Louve ao Senhor! Está tudo mal? Louve ao Senhor!

domingo, 25 de agosto de 2024

Salmo 147


O Deus acessível

Para Charles Haddon Spurgeon, pastor batista inglês no século XIX, o Salmo 147 é um poema da cidade e do campo, da primeira criação e da segunda, da nação e da igreja”. Uma ênfase do salmo é a realidade do Deus Todo Poderoso, o ser que não é vencido por nenhum outro e a ninguém teme. Ele, como assegura o verso quatro, “conta o número das estrelas, chamando-as todas pelo seu nome”.

O mais interessante é que o Deus poderoso não despreza os que são fracos e impotentes. O verso 3 do poema registra: “Ele sara os que têm coração quebrantado e trata das feridas deles”. Na experiência humana, é inconcebível um soberano se preocupar com um súdito que se encontra na sarjeta. E tem mais: o verso seis informa que “o Senhor ampara os humildes”.

Consciente dessas realidades, o salmista convoca: “Cantem ao Senhor com ações de graças; ao som da harpa, cantem louvores ao nosso Deus” - verso 7.

Uma lição prática para nós: O Deus soberano, inatingível, inacessível, veio até nós para cuidar de nossas fraquezas e, através de Jesus Cristo, podemos acessá-lo quando desejarmos.

sábado, 24 de agosto de 2024

Salmo 146


Aleluia! Aleluia!

“Aleluia! Louve, ó minha alma ao Senhor!” - Salmo 146.1.

Do Salmo 146 ao 150, temos o chamado bloco dos salmos de Aleluia. Todos eles começam e terminam com a palavra aleluia!

Aleluia significa “Louvado seja Deus”. É como se o organizador do livro desejasse fechar todo o Saltério com um tempo significativo de louvor ao Senhor.

É uma pena que o vocábulo “Aleluia”, por algum tempo e em alguns segmentos do cristianismo, significou característica de adorador, diferenciando-o entre renovado e tradicional. Aleluia deve ser um refrão repetido durante todo o dia, independentemente das circunstâncias enfrentadas.

Neste Salmo, o poeta inicia convidando sua alma a louvar ao Senhor, ou seja, dar “Aleluia” e termina registrando que o reinado do Senhor é para sempre e acontece de geração em geração!

Você já pensou em iniciar o seu dia com a repetição de “Aleluias” durante um minuto? E que tal terminar o dia da mesma forma? Apenas uma advertência: não é para ser uma declaração retórica, é um sério compromisso de vida, em tudo Deus deve ser louvado por nós!

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Salmo 145



O Deus que levanta

O Salmo 145.14 na versão Nova Almeida Atualizada é assim: “O Senhor sustém todos os que vacilam e levanta todos os que estão prostrados”. Na Bíblia Completa Judaica, temos: “Adonai ampara todos os que caem e levanta todos os que estão curvados”.

A ideia predominante é de um ser poderoso que ampara o frágil homem em seu momento de queda. Diferentemente do homem que, muitas vezes, tem prazer com a queda do outro, Deus, além de se compadecer, age imediatamente para que ele se levante e se disponha a caminhar novamente.

É muito comum o ser humano, ao ver outro em seu tempo de queda, racionalizar, buscando razões para a experiência negativa e até mesmo seu ato de solidariedade pode estar comprometido com a intenção de se mostrar misericordioso e sua ação dependerá de quem caiu e o porquê. Com Deus, não, sua ação é imediata para levantar, dar condições ao frágil ser de continuar. A obra de Adonai é completa: ampara para que não se machuque e levanta para prosseguir.

Seja misericordioso, compassivo e solidário com aqueles que experimentam uma queda. Estenda sua mão e abra seu coração.

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Salmo 144


Uma lista de bênçãos

Você já fez o exercício de alistar bênçãos que gostaria de receber do Senhor? Ou sua oração é daquele tipo: “Senhor, abençoa toda a minha vida!”. É importante nomear e mentalmente trabalhar as bênçãos que deseja do Senhor.

Davi no Salmo 144 apresenta uma lista interessante:

1º - Que os nossos filhos sejam, na sua mocidade, como plantas viçosas. Que as nossas filhas sejam como colunas, esculpidas para um palácio. Toda lista de bênçãos deve ter em primeiro lugar a bênção sobre o lar. Que pedidos você faz a Deus pelos filhos e filhas!

2º - Que os nossos celeiros transbordem, cheios de todo tipo de provisões. Pedir ao Senhor a provisão é reconhecer que, antes de nosso esforço e trabalho, está a bênção dele.

3º - Que os nosso rebanhos produzam a milhares e a dezenas de milhares em nosso campo e que nosso gado seja fértil. É o pedido para prosperidade financeira. Não é pecado incluí-la na lista. Não é pecado ter dinheiro, pecado é amá-lo.

4º - Que não haja gritos de lamentos em nossas praças. Incluir o bem comum é necessário, é egoísmo pedir bênção apenas para si e egoísmo é pecado. Pense no outro.

E aí, vai fazer sua lista?

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Salmo 143



Lembrar, pensar e meditar

“Lembro-me dos dias de outrora, penso em todos os teus feitos e medito nas obras das tuas mãos” - Salmo 143.5.

Lembro-me dos dias de outrora. Lembrar-se do passado é um exercício saudável. Não é saudável querer viver o presente tendo o passado como fonte motivadora. Mas lembrar-se dele ajuda a não cometer os mesmos erros e a celebrar os feitos alcançados. Raciocine agora sobre como Deus guardou a sua vida desde o dia em que você nasceu.

Penso em todos os seus feitos. Lembrar-se é um exercício da memória, pensar nos feitos de Deus é refletir com gratidão. É comum, diante dos desafios, problemas e dilemas do presente, nos esquecermos de como Deus já fez por nós!

Meditar é o clímax da relação homem e Deus. É a celebração. É mais do que lembrar-se e pensar, é adorar a Deus pelo seu cuidado. É passar um tempo de silêncio em conversa com o pai.  

Lembre-se do que Deus fez por você até hoje, de como ele providenciou provisão e livramento, pense nisso com gratidão sincera e adore ao Senhor com alegria num bate-papo agradável com ele.

terça-feira, 20 de agosto de 2024

Salmo 142


Oração na caverna

Onde orar? Possivelmente, alguém imagine que para orar é preciso estar num lugar especial separado para esse fim. A experiência de servos do Senhor mostra que não é bem assim. Em qualquer lugar, pode-se orar. E deve.

Assim temos orações que brotaram de dentro do palácio, em cima no monte, nas estradas da vida, no meio do mato, dentro de um barco, no mar, na cova dos leões, na barriga de um grande peixe, na caverna e por aí vai. Para orar, basta ter um coração agradecido ou aflito e não importa o lugar.

Davi, em sua oração do Salmo 142, está numa caverna. A situação era aflitiva e o medo se apoderara de sua alma. Aparentemente, a caverna sinaliza segurança, mas esta é perdida quando se imagina sendo encontrado e a possiblidade de fuga inexiste. Davi revela sua angústia naquele lugar com o coração apertado: “Olha à minha direita e vê, pois não há quem me reconheça, nenhum lugar de refúgio, ninguém que por mim se interesse” - verso 4.

Não importa onde você estiver, levante sua voz ao céu, e com fé, clame ao Senhor. Ele tem prazer em ouvir o seu clamor!

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Salmo 141


Uma oração modelar

O Salmo 141 é mais um atribuído a Davi. Embora fosse imperfeito e seu pecado o tenha levado a cometer insanos atos, ele era um homem de oração e sempre se voltava a Deus.

Nesta oração, Davi apresenta algumas características que fazem dela uma oração modelar.

Primeiro, ele, sem rodeios, dirige-se a Deus: “Senhor, eu clamo a ti”. Clamar é mais do que fazer uma oração formal, é abrir o coração, é rasgar o peito, é apresentar um grito silencioso da alma.

Segundo, Davi sem mascarar a realidade, diz. “Senhor, apressa-te em me socorrer!”. É como se dissesse: “Senhor, eu tenho pressa!”. Mas não era uma afronta a Deus, como que determinando ou exigindo, era uma dor desesperadora.

Terceiro, ele valoriza a solenidade. “Suba à tua presença a minha oração como incenso”. Não era um discurso formal. Era um derramar de sua vida diante do altar.

Quarto, era oração com oferta. “Seja o erguer das minhas mãos como oferenda vespertina”. Oração sem comprometimento em ofertar é atitude interesseira e egoísta. As mãos erguidas aos céus devem ser estendidas ao próximo.

domingo, 18 de agosto de 2024

Salmo 140

A arma chamada bondade

O Salmo 140 apresenta em seu início um pedido de livramento: “Livra-me, Senhor, do homem perverso, guarda-me do homem violento, cujo coração maquina iniquidades e vive forjando contendas” - versos 1 e 2.

O pedido de livramento é reforçado no verso 4: “Guarda-me, Senhor, da mão dos ímpios, preserva-me do homem violento, os quais se empenham por me desviar os passos”.

A oração que tem início tão pertinente e agradável transforma-se num violento desejo de ver o mal sendo derramado sobre os adversários. Preste atenção no registro do verso 10: “Caiam sobre eles brasas vivas, sejam atirados ao fogo, lançados em abismos para que não mais se levantem”.

É possível que uma perseguição, uma maldade praticada contra nós gere um sentimento de revolta e o desejo de vingança emerja de nosso interior com força. Mas essa não é a proposta saudável e cristã. Revela a maldade que reside em nós também. E maldade nunca será vencida com maldade. A única arma que vence a maldade é a bondade.

Quando a vida lhe apresentar uma adversidade, não produza maldade, antes a expulse com a bondade.

sábado, 17 de agosto de 2024

Salmo 139


Sonda-me, ó Deus

Muitos consideram o Salmo 139 o mais notável de todos os salmos. O conteúdo do poema destaca a onisciência, a onipresença e a onipotência divinas, atributos em Deus que, segundo a Teologia, são incomunicáveis, ou seja, o homem não pode experimentar.

Pr. Hernandes Dias Lopes registra que Charles Swindoll “diz que esse salmo responde a quatro perguntas vitais: 1) Quão bem Deus me conhece? (1-6); 2) Quão próximo Deus está de mim? (7-12); 3) Quão cuidadosamente Deus me criou? (13-18); 4) O quanto Deus me protege (139:19-24). Essas quatro perguntas lidam com quatro dos nossos problemas humanos mais básicos: 1) Quão bem Deus me conhece? (o problema da identidade); 2) Quão próximo Deus está de mim? (o problema da solidão); 3) Quão cuidadosamente Deus me criou? (o problema da autoestima); 4) O quanto Deus me protege? (o problema do medo).

Ter consciência da onisciência, onipresença e onipotência divinas não deve produzir em nós o medo, mas o encorajamento para nos apresentar a ele como registra o versículo 24: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno”.

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Salmo 138


Proteção e amor permanentes

Podemos dividir o Salmo 138, tendo como texto a Tradução da Linguagem de Hoje, assim:

1ª - Uma profissão de fé. “Ó Senhor Deus, eu te agradeço de todo o coração; diante de todos os deuses eu canto hinos de louvor a ti” - verso primeiro.

2ª - Um compromisso de adorador. “Por causa do teu amor e da tua fidelidade, eu me ajoelho virado para o teu santo Templo e dou graças a ti” - verso segundo.

3ª - A certeza do cuidado divino. “Quando te chamei, tu me respondeste e, com o teu poder, aumentaste as minhas forças” - verso terceiro.

4ª - O poder soberano do Deus Eterno. “Ó Senhor Deus, todos os reis da terra te louvarão quando ouvirem falar das tuas promessas. Eles cantarão a respeito das coisas que tu, ó Senhor, tens feito, pois grande é a tua glória. Tu estás lá nas alturas, e os orgulhosos não podem se esconder de ti” - versos quatro, cinco e seis.

5ª - A proteção e amor permanentes. “Quando estou cercado de perigos, tu me dás segurança. A tua força me protege do ódio dos meus inimigos; o teu amor dura para sempre, ó Senhor Deus. Não abandones o trabalho que começaste” - versos 7 e 8.

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Quando a essência da vida é perdida


Lucas 12.13-21

E disse-lhe um da multidão: Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança.

Mas ele lhe disse: Homem, quem me pôs a mim por juiz ou repartidor entre vós?

E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui.

E propôs-lhe uma parábola, dizendo: A herdade de um homem rico tinha produzido com abundância;

E arrazoava ele entre si, dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos.

E disse: Farei isto: Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens;

E direi a minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga.

Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?

Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.

Duas advertências de Jesus:

1º - Guardai-vos da avareza. 

Avareza é diferente de previdência. A avareza se liga ao senhorio dos bens. A previdência a não desperdiçar os bens.

2º - A vida não consiste no ter.

Esquecemo-nos do ser e queremos o ter. Somos considerados e destacados pelo que temos e não por quem somos. E assim também julgamos os outros.

Aplicações:

1ª - A predominância do eu.

Preste atenção no texto bíblico e veja quantas vezes aparece o pronome de primeira pessoa, eu, meu.

2ª - Uso da bênção em benefício próprio.

Em nenhum momento, o homem que recebeu uma grande bênção pensou no próximo, em distribuir com necessitados, tudo era para ele. Isso é egoísmo.

3ª - Consciência de que a vida passa rapidamente.

Esta noite te pedirão a tua alma. A vida é passageira, fugaz. Não temos controle sobre ela. A qualquer momento podemos ser convocados para a eternidade.

Conclusão:

1 - O "egocentrismo" não pode nos dominar.

2 - A bênção recebida é para ser repartida.

3 - Cuidado, a vida passa rapidamente.

Desejando assistir ao vídeo deste sermão, acesse pelo link abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=grk_vGHvrw4

Salmo 137



O canto entalado

Você já deve ter ouvido alguém dizer mais ou menos assim: “Isso estava entalado aqui e eu soltei tudo para fora”. Normalmente, a experiência está ligada a alguma situação desagradável que a pessoa ainda não tivera coragem de revelar.

O povo de Israel, cativo na Babilônia, contexto do Salmo 137, estava com o canto entalado em sua garganta. O verso quatro revela a angústia do povo: “Como entoaremos o canto do Senhor em terra estranha?”. A reação se dá em função dos opressores pedirem que eles cantassem um dos cânticos de Sião.

É sabido que argumentam ser a atitude do povo sensata, isso porque não deveria atender pedidos de opressores que, segundo esses, desejavam apenas tripudiar sobre o sofrimento.

Permita-me discordar. Quem tem o canto do Senhor deve cantar em qualquer circunstância. Não importa se o inimigo pede com motivações erradas, o importante é cantar. Aliás, como dizia o filósofo obeso e da buzina, “quem canta, seus males espanta! Ô, Teresinha!”.

Canto entalado não combina com o filho de Deus e não o glorifica. Então, solte a voz!

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Salmo 136



O grande salmo de louvor

Três nomes de Deus aparecem nos três primeiros versos do Salmo 136. No primeiro, Yahweh. No segundo, Elohim. No terceiro, Adonai. Uma sugestão curiosa, embora não se tenha confirmação da intenção, é que a trindade era destacada, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.

Ele tem 26 versículos. Em todos eles, o final é assim: “Porque a sua misericórdia dura para sempre”. A Bíblia de Jerusalém registra “porque o seu amor é para sempre”. Na Bíblia Judaica completa é assim: “Porque sua graça dura para sempre”. Na paráfrase “A Mensagem”, Eugene Peterson realçou “o seu amor jamais acaba”. Misericórdia, amor e graça, não importa muito a palavra em si, mas a certeza que dura para sempre. Na tradição judaica, este salmo é identificado como o “Grande Hallel”, o grande salmo de louvor.

Uma interessante sugestão de leitura é como num jogral de duas pessoas, em que uma fala a primeira parte e a outra a segunda. Ou um dirigente e congregação lendo alternadamente.

Ele pode ser chamado de “O Salmo do Estribilho”. E poderia ser repetido diariamente por nós, 26 vezes, o seu amor dura para sempre.

Amém!

terça-feira, 13 de agosto de 2024

Salmo 135


Quem é o seu Deus?

O verso 15 do Salmo 135 ensina algo interessante: o ser humano pode fazer um deus. Atente para o verso completo: “Os deuses das outras nações são de prata e de ouro, são feitos por seres humanos”.

Há quem imagine que construir um deus é apenas atividade de alguns religiosos com alguns símbolos que adotam e são objetos de veneração. Não. De repente, você fez um deus e nem percebeu. Ele pode ser o dinheiro, um esporte, o trabalho, uma pessoa, uma filosofia. 

O poeta adverte sobre a imaturidade de tal atitude. Os deuses feitos pelos homens não interagem com eles. São frios. “Eles têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não veem. Têm ouvidos, mas não ouvem; e não podem respirar” - versos 16 e 17.

A falta da interação com o adorador cria um grave problema, como registra o verso 18: “Ficam iguais a esses ídolos aqueles que os fazem e, também, os que confiam neles!”.

Um deus que não interage, não nos faz crescer, não nos disciplina, não nos ama de verdade.

Que Deus ocupa lugar no seu coração? Não construa um Deus, entregue-se ao Deus que construiu você!

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Salmo 134


Mãos levantadas e mãos arriadas

O Salmo 134 é um dos menores textos do livro. Apenas três versículos. Em menos de um minuto é possível lê-lo. Há versão que sugere o título “Convocando ao culto vespertino”, provavelmente por causa da informação “nas horas da noite” no final do verso primeiro. 

Bendizer é a primeira palavra que aparece no poema. Bendizer é falar bem. É uma convocação para se falar bem do Senhor, do Eterno. Parece um assunto desnecessário e alguém poderia provocar: alguém fala mal de Deus? Pois é, de maneira afrontosa e agressiva, ninguém assumirá que tenha tal atitude. Mas fala-se mal de Deus quando a lamentação toma conta da vida em situações que alteram a normalidade. Pensando bem, podemos falar mal de Deus em várias circunstâncias. 

Outra convocação é para erguer as mãos. Não se trata de um ato coreográfico. Duas possíveis razões: 1ª - apresentar as orações ao trono da graça. 2ª - ofertar para o sustento da casa e da causa e ajudar necessitados. Não é pecado levantar as mãos no culto, mas não as abaixar e enfiar a mão no bolso é imaturidade, revela ingratidão pelo que recebe do Senhor.

domingo, 11 de agosto de 2024

Salmo 133



A bênção da união

“Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união” - Salmo 133.1. Outra versão registra: “Como é bom e agradável quando os irmãos convivam em união”. A diferença entre suave e agradável, em minha leitura, sugere: solenidade na primeira e ação de fazer o bem na segunda.

Sou de um tempo em que religiosos cristãos atravessavam a rua para não cumprimentarem o outro que vinha no mesmo lado. Graças a Deus, isso passou. Hoje, é comum, cristãos atravessarem a rua para se abraçarem com alegria, mesmo que seja de rótulo bem diferente.

Ouvi a seguinte história: dezenas de patos viviam no mesmo lago. O dono da propriedade resolveu dividir o lago com cercas de arames, separando-o em quatro partes. Eles nadavam, se aproximavam, mas não podiam se alegrar todos no mesmo lugar. Cada um no seu canto. No lugar da alegria, tristeza. Certo dia, Deus mandou uma chuva torrencial. A água foi subindo, subindo e cobriu toda a cerca. Os patos, ao perceberem, se movimentaram de um lado pro outro numa alegria só.

Deus criou o evangelho. Os homens, as denominações. E colocaram cerca. Deus mandou uma chuva torrencial e o lago, novamente cheio, permite que todos alegremente se encontrem.

sábado, 10 de agosto de 2024

Lar & Casa


Salmos 127.1-2:

Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores.

Se não for o Senhor o construtor da casa, será inútil trabalhar na construção. Se não for o Senhor o vigia a cidade, será inútil a sentinela montar guarda. Será inútil levantar cedo e dormir tarde, trabalhando arduamente por alimento.

Deus é o construtor, mas há a parte humana: levantar de madrugada, repousar tarde - trabalho. Não anula o trabalho, mas ensina que será em vão.

O casamento traz uma relação misteriosa: a construção em que a parte divina e a parte humana trabalham juntas. É como numa linha férrea, dois trilhos, eles precisam estar alinhados para que a locomotiva deslize e viaje tranquila.

Há uma figura interessante: Casa e Lar. E há diferença entre casa e lar.

A casa precisa de fundamentos. De pilares que a sustentem. O lar também.

Três pilares de um lar:

1º - Legado - é o que recebemos dos pais, avós e levamos para o novo lar. O casal não vai sozinho para o novo lar, vão acompanhados, ainda que possam morar milhares de quilômetros de distância. Ele levará pai, mãe, avós, cultura, práticas.

Este legado não deve ser desprezado, deve ser exaltado, mas não pode normatizar a conduta de vocês. A privacidade deve ser respeitada e o legado é transmitido ao casal como numa prova de revezamento.

2º - Amor - é a atitude que construímos em nosso interior.

O soneto de Camões ilustra bem a relação fogosa do amor.

Amor é fogo que arde sem se ver,

é ferida que dói, e não se sente;

é um contentamento descontente,

é dor que desatina sem doer.


É um não querer mais que bem querer;

é um andar solitário entre a gente;

é nunca contentar-se de contente;

é um cuidar que ganha em se perder.


É querer estar preso por vontade;

é servir a quem vence, o vencedor;

é ter com quem nos mata, lealdade.


Mas como causar pode seu favor

nos corações humanos amizade,

se tão contrário a si é o mesmo Amor?


Celebrem o amor como a letra de Tom Jobim e Vinícius de Moraes ensina:

Eu sei que vou te amar

Por toda a minha vida eu vou te amar

Em cada despedida eu vou te amar

Desesperadamente, eu sei que vou te amar


E cada verso meu será

Pra te dizer que eu sei que vou te amar

Por toda minha vida

Eu sei que vou chorar

A cada ausência tua eu vou chorar

Mas cada volta tua há de apagar

O que esta ausência tua me causou


Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver

A espera de viver ao lado teu

Por toda a minha vida


Mas não se esqueçam de que o amor que sustenta o casamento não é o romântico, é o divino. E como poetizou Paulo em I Coríntios 13:1-8, Deus nos presenteou com o seu amor para que o transmitisse também:

Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine.

Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei.

Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá.

O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.

Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.

O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O amor nunca acaba.


3º - Renúncia - é a decisão que se toma em favor do outro. Capacidade de perder alguma coisa em favor do outro. 

A renúncia pavimentará a estrada para a mudança de paradigma. Em vez de “É o amor que sustenta o casamento”,  é “O casamento que sustenta o amor”. E acontece uma relação de feedback, o casamento sustenta o amor e o amor sustenta o casamento.

E para que isso aconteça, vocês precisarão de muita capacidade de renunciar algo em favor do outro.


Conclusão:

Legado

Amor

Renúncia

Acróstico formando lar.

A casa é fria, o lar é quente. A casa sem um lar é fria.

A casa é forma, o lar é informe. A casa sem um lar é uma empresa.

A casa é mecânica, o lar é espontâneo. A casa sem um lar é engrenagem.

A casa é cimento, o lar é sentimento. A casa sem um lar é pedra.

A casa é razão, o lar é coração. A casa sem um lar é tensão.

A casa é superfície, o lar é profundidade. A casa sem um lar é aparência.

A casa é palavra, o lar é atitude. A casa sem um lar é hipocrisia.

A casa é inteligência, o lar é sabedoria. A casa sem um lar é desvario.


Que o relacionamento das famílias seja de um LAR e não apenas uma CASA.

“Se o Senhor não edificar o lar, em vão trabalham os que a edificam”.

Salmo 132


Fartura de pão

“Abençoarei com abundância o seu mantimento e de pão fartarei os seus pobres” - Salmo 132.15.

Você já percebeu que a opção de prover alimentação para quem não tem é sempre visto como inclinação política? 

Você já observou como muita gente impõe um falso juízo sobre quem necessita de socorro, atribuindo-lhe um maldoso estigma de gente que não quer nada com trabalho e deseja andar às custas do outro?

Você sabia que apenas o alimento jogado fora pelas famílias daria para alimentar todos os que têm falta?

Por que muitos podem fazer até cinco refeições por dia e decidir o que deseja comer ou não enquanto outros ficam mendigando um prato? 

Preste atenção numa realidade: toda vez que nos preocupamos com aquele que nada tem para comer alegramos o coração de Deus. Sabe por quê? Porque o próprio Deus fez isso e ainda faz através de corações generosos.

Prover alimento para o outro é um bem que fazemos a nós mesmos, pois “a melhor coisa é dar do que receber”. Podemos ser mãos estendidas de Deus a abençoar vidas que estão experimentando privações. Que sejamos essas mãos!

sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Salmo 131



A estrada da humildade

Parece-me que os tempos atuais transitam na contramão da orientação divina a respeito do comportamento das pessoas nos relacionamentos. Em nome da autoestima e da autoconfiança, há uma sutil tendência levando o ser humano a assumir uma atitude arrogante e presunçosa. 

O Salmo 131 começa com um testemunho muito oportuno do poeta: “Senhor, não é orgulhoso o meu coração, nem arrogante o meu olhar”. Como precisamos de atitude assim! O salmista prossegue: “Não ando à procura de coisas grandes, nem de coisas maravilhosas demais para mim”.

Almejar realizações grandiosas não é pecado e não deve ser desprezado esse procedimento. Mas devemos nos policiar, pois grandes realizações são uma porta aberta para a entrada da prepotência, do orgulho, da autossuficiência, da soberba e da arrogância. É pedagógica a orientação do maior sábio de todos os tempos: “A soberba precede a ruína!”. Quer experimentar o fracasso? Abrace a soberba como íntima de sua vida.

Em atitude diferente de arrogância, o salmista também testemunha: “Ao contrário, fiz calar a minha alma”.

Sepulte toda arrogância, trilhe a estrada da humildade.

quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Aprendendo com Isaque e Rebeca a fazer seu casamento durar


O texto de Gênesis 26.8 é encantador: “Ora, depois que ele se demorara ali muito tempo, Abimeleque, rei dos filisteus, olhou por uma janela, e viu, e eis que Isaque estava brincando com Rebeca, sua mulher”. É bom registrar que o acontecimento do verso lido é bem posterior ao primeiro encontro de Isaque e Rebeca. Não se trata de um romance inicial, mas de uma caminhada bem longa. 

Aprendamos com esse casamento como fazer o nosso durar: 

1º - OUÇA OS CONSELHOS DOS PAIS - Veja Gênesis 24.1-4. Era um tempo chamado patriarcal, mas, embora o conceito de família tenha mudado, o melhor caminho é ouvir os conselhos paternos. Ilustração: A jovem que desejava terminar o casamento porque o namorado não acreditava no diabo. Os pais sabem mais dos que os filhos. Ouçam-os. 

2º - BUSQUE UM CÔNJUGE COM DIGNIDADE E SEJA DIGNO - Os versos 3 e 4 (destaque para as filhas dos cananeus e minha terra e minha parentela). Dignidade não tem cor religiosa, mas pressupõe-se que quem segue a Cristo é digno ou digna. Quem você está escolhendo? Onde vai buscar seu cônjuge? Cuidado com as escolhas! Não escolhemos as conseqüências. 

3º - MEDITE SOBRE A DECISÃO A TOMAR - O verso 63 é esclarecedor: “Saíra Isaque ao campo à tarde, para meditar; e levantando os olhos, viu, e eis que vinham camelos”. Não tome decisão precipitada. Um ditado: “Melhor só do que mal acompanhado”. 

4º - OBSERVE AS ATITUDES DO PRETENSO CÔNJUGE - O verso 65 diz que Rebeca tomou o véu e se cobriu. Isso diz alguma coisa pra você, homem e mulher? Os tempos modernos são de provocação. Mas quem deseja coisa séria não aceita isso! Uma jovem crente não aceitou a orientação do patrão para vestir-se com roupas provocativas. Disse que venceria pela competência. 

5º - BUSQUE A ORIENTAÇÃO DOS CÉUS - Olhe só que interessante: verso 63 “Isaque levantando os olhos” e verso 64 “Rebeca também levantou os olhos”. Isso pode ilustrar sobre a oração. 

6º - ELIMINE AS FONTES DE TENSÃO COM HUMOR - “Isaque estava brincando com Rebeca” - 26. 8. Quantos casais não brincam mais! Só se comunicam com palavras duras, monossilábicas. E não brincam, brigam! 

Seu casamento foi feito e pode ser planejado para durar. Até que a morte separe. Algo diferente não é o ideal de Deus, mas uma interferência carnal e que Deus suporta. Invista tudo no sentido de fazer seu casamento durar. Vale a pena!

Salmo 130


Até das profundezas pode-se clamar

O salmo 130 é um texto das peregrinações. Era comum, ao peregrinarem, o povo judeu cantar ou recitar textos que retratassem sua experiência com o criador.

Neste salmo, o poeta fala de uma experiência dramática. Ele clama das profundezas, suplica que os ouvidos do Senhor estejam atentos à voz das suas súplicas e implora que o Senhor o ouça.

Usa de um argumento bem bajulador: “Se tu, Soberano Senhor, registrasses os pecados, quem escaparia?” - v. 3. E arremata: “Mas contigo está o perdão para que sejas temido” - v. 4. Para ele, o perdão nas mãos do Senhor era uma forma de se fazer temido.

Depois disso, o salmista se lembra de um assunto muito comum no meio da aflição, a esperança. Ele declara: “Espero no Senhor com todo o meu ser e na sua palavra ponho a minha esperança. Espero pelo Senhor mais do que os guardas pelo romper da manhã; sim, mais do que as sentinelas esperam pela manhã” - vs. 5 e 6. Todo aflito tem esperança!

Por fim, apela: “Ponha a sua esperança no Senhor, ó Israel, pois no Senhor há amor leal e plena redenção. Ele próprio redimirá a Israel de todas as suas culpas” - vs. 7 e 8.

Você enfrenta alguma aflição? Clame ao Senhor e confie n’Ele. Esperança depositada no Senhor é garantia de socorro.

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Salmo 129



Perseguido, mas não derrotado

O título do Salmo 129, na versão Nova Almeida Atualizada, é: “Perseguido, mas não derrotado”. Os títulos não fazem parte do texto original assim como os capítulos e versículos. Estes, depois de algumas investidas, foram finalizados em 1555 por Estienne, que publicou toda a Bíblia com a divisão em capítulos e versículos. Os títulos não se tem ideia e cada versão apresenta nome diferente. Mas isso não interessa agora.

Perseguido, mas não derrotado. Ao ler diversos salmos sem o devido cuidado, pode-se concluir que os autores enfrentavam o transtorno mental de mania de perseguição. O delírio persecutório cria uma realidade mental em que o afetado acredita que um inimigo lhe causará mal e, sem prova alguma, desenvolve o medo e cria situações complicadas. É preciso tratamento com profissional específico.

Mas não era o caso dos poetas salmódicos. Havia clara e dirigida perseguição aos que optavam por servir ao único Deus. Por optar por uma conduta ética, você se sente perseguido? Não tenha medo. Como afirma o poeta, “o Senhor é justo, cortou as cordas dos ímpios” - Salmo 129.4.

terça-feira, 6 de agosto de 2024

Salmo 128



A família feliz

O Salmo 127 apresenta o fundamento da família e mostra a chegada dos filhos, que são herança do Senhor. O Salmo 128 aponta para a prosperidade material, o crescimento dos filhos, a família vivendo e união, os netos ornamentando o ambiente e a prosperidade da cidade. 

Você sabia que não é a cidade que faz a família feliz, mas é a família feliz que faz a cidade? Já vi gente infeliz morando em lugar tão lindo e desejado por muitos e gente feliz morando em lugar não tão requintado assim. Desenvolva a mentalidade: o lugar não me faz feliz, mas eu posso fazer o lugar feliz!

No salmo, temos três desdobramentos da felicidade:

1º - Comer do fruto do trabalho. Uma das maiores bênçãos na vida é poder se alimentar, ter prazer em comer.

2º - Ser feliz. É mais do que ter felicidade. É mais do que uma experiência transitória, é algo permanente.

3º - Ir tudo bem. Não significa ausência de problemas e lutas, mas a deliberada vontade de sempre estar bem.

A experiência de uma família feliz vai muito além de possuir bens. A própria família é o maior bem que você tem. Como você tem preservado este bem?

segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Salmo 127


Os salmos da família

Os salmos 127 e 128 são conhecidos como da família. Sugerem alguns, inclusive, que formam um texto só. A base de toda relação familiar está no verso “se o senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela”.

Argumenta o salmista que “inútil será acordar de madrugada, comer o pão das dores”. Embora o relacionamento familiar exija muito esforço, o salmista mostra que todo o esforço será em vão se o Senhor não for o fundamento. Preste atenção: não é anulado o esforço humano, pelo contrário, é valorizado. 

Nos salmos da família encontramos conceitos muito oportunos: filhos como herança do Senhor, homem com papel importante na segurança do lar, esposa como companheira fiel e todos, conjuntamente, cooperando para o crescimento do lar.

Percebemos que há uma apologia contra a família. Tentam-na destruir de todas as formas. Tal empreitada remonta aos tempos do início dessa instituição, quando Deus, ao criar a família, viu o inimigo se apresentar para destruí-la. 

De lá pra cá, os ataques têm se intensificado, mas a família tem se mostrado vencedora, pois quem a edificou foi o Senhor. Valorize a sua família e a dos outros, Deus se alegra disso.

domingo, 4 de agosto de 2024

Salmo 126


O Deus das grandes coisas

Certo domingo, praticamente nada tínhamos para comer. Disse para Ilcimar, esposa querida: você acredita que Deus pode fazer um milagre e providenciar para nós? Ela disse que sim.

Sinceramente, falei sem acreditar muito. Não que duvide de Deus, mas por que ele teria que fazer o milagre? 

Fomos ao culto da manhã no templo e coloquei um paletó que há muito não usava, era protocolo pastor usar paletó com gravata e tudo.

Durante a mensagem, automaticamente, enfio a mão num dos bolsos do paletó e percebo que tem um papel. Terminando a celebração, por curiosidade, quis saber que era aquilo. Era uma nota que deveria valer hoje mais de cinquenta reais, que deu para suprir bem o dia e nos ensinou que Deus continua fazendo grandes coisas.   

O poeta no Salmo 126 testemunha sua alegria ao celebrar: “Grandes coisas fez o Senhor por nós e por isso estamos alegres!”.

Comparada com a experiência do salmista, a nossa era café pequeno, mas o Deus, que é grande, faz grandes coisas nas lutas grandes e nos simples embates. O que vale é a necessidade de cada filho!

Que grande coisa você espera de Deus hoje!

sábado, 3 de agosto de 2024

Salmo 125


O salmo da confiança

No Comentário Tesouros de Davi, de Charles Haddon Spurgeon, temos a sugestão de seguinte divisão para o Salmo 125: “Em primeiro lugar, temos um cântico de santa confiança - versos 1 e 2; a seguir, uma promessa - verso 3; seguida por uma oração - verso 4; e uma nota de advertência - verso 5”.

O poema exalta a confiança no Senhor como fonte de segurança e firmeza. O monte Sião, símbolo de estabilidade e firmeza, é tomado como comparação para aquele ou aquela que confia no Senhor.

Ter confiança no Senhor pode sugerir mérito por parte do servo dele. Mas não é bem assim. A confiança revela exatamente uma dependência de um ser que se enxerga fragilizado, uma espécie de neurastenia, ou seja, um estado de inatividade extrema que alcança a área física e intelectual.

Assim como na firmeza do monte Sião tem um criador que o sustenta, e que uma intervenção da natureza pode tombá-lo, se ele permitir, na vida do ser humano, Deus está sustentando-o e nenhum temporal pode derrubá-lo.

“Os que confiam no Senhor são o como o monte Sião, que não se abala, mas permanece para sempre”.

sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Salmo 124



Não fosse o Senhor

O Salmo 124 é atribuído a Davi e é um cântico das peregrinações. O contexto de sua composição é desconhecido, mas sinaliza circunstância de perigo e possível perseguição.

O poeta é categórico: “Não fosse o Senhor, que esteve ao nosso lado, Israel que o diga” - verso 1º.

A ênfase na repetição revela a intensidade do drama vivido: “Não fosse o Senhor, que esteve ao nosso lado, quando os homens se levantaram contra nós” - verso 2º.

Quatro perigos são alistados como riscos corridos pelo povo: 1º - eles nos teriam engolido vivos, quando a sua ira se acendeu contra nós. 2º - as águas nos teriam submergido. 3º - sobre a nossa alma teria passado a torrente. 4º - águas impetuosas teriam passado sobre a nossa alma. Em síntese, numa linguagem contemporânea: “Não fosse o Senhor, que esteve ao nosso, nós estaríamos na vala!”.

O poeta reconhece e agradece: “Bendito o Senhor, que não deu por presa aos dentes deles, salvou a nossa alma, quebrou o laço e nós ficamos livres”.

O Salmo encerra com uma promessa extraordinária: “O nosso socorro está em o nome do Senhor, criador do céu e da terra”.

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Aprendendo com o evangelista Paulo

Introdução:

O texto é Atos 17.16-34. O contexto é a segunda viagem missionária de Paulo. Ele chega a Atenas, a capital intelectual do mundo da época. Atenas que tinha em sua história homens como Sócrates, Platão e Aristóteles, agora recebe o evangelista Paulo.

Que aprendizado recebemos! Aprenda também com o evangelista Paulo.

1º - Qual é o objeto de nossa revolta? Com que nos revoltamos? Verso 16: “Enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se revoltava em face da idolatria dominante na cidade”. 

2º - Aproveitar todas as oportunidades. Verso 17: “Por isso, dissertava na sinagoga entre os judeus e os gentios piedosos; também na praça, todos os dias, entre os que se encontravam ali”.

3º - Saíram da praça (ágora) e foram para o centro cultural, político, acadêmico, o Areópago. Verso 19: “Então, tomando-o consigo, o levaram ao Areópago...”. O evangelista não distingue grupos sociais, testemunha na praça, no templo, nos centros culturais, onde Deus abrir portas.

4º - Os ouvintes curiosos. Versos 19 e 20: “Poderemos saber que nova doutrina é essa que ensinas? Posto que nos trazes aos ouvidos coisas estranhas, queremos saber o que vem a ser isso”. Os curiosos atenienses, principalmente os que desejavam filosofar, provocam Paulo.

5º - A doutrina pregada por Paulo. Leia os versos 22 a 31. Eles queriam saber que doutrina era aquela? O nome da doutrina que Paulo ensinava tem um nome: Jesus. O foco é na mensagem central do evangelho. Paulo tem foco e não se desvia de sua missão, anunciar a salvação em Cristo.

Conclusão:

Três tipos de ouvintes:

1º - Os escarnecedores/zombadores - Verso 32a: “Quando ouviram falar de ressurreição de mortos, uns escarneceram”.

2º - Os postergadores / os que deixam para depois - Verso 32b: “...outros disseram: A respeito disso te ouviremos noutra ocasião”.

3º - Os credores / os que dão crédito, acreditam - Verso 34: “Houve, porém, alguns homens que se agregaram a ele e creram; entre eles estava Dionísio, o areopagita, uma mulher chamada Dâmaris e, com eles, outros mais”.

É no grupo 3 que você deve focar. Pelos outros, orar.

Três perguntas para você:

1ª - Você já experimentou a alegria de ganhar uma pessoa para Jesus? 

2ª - Em seus relacionamentos, há pessoas que ainda estão sem Cristo?

3ª - Você assume o compromisso de ganhar uma alma para Jesus?

Salmo 123



O Salmo dos olhos

Spurgeon intitulou o Salmo 123 de “O Salmo dos antigos”, o “óculos sperans, olho da esperança”. Diferentemente do Salmo 121, aqui o poeta não olha para os montes, olha além dos montes. Assim ele diz: “A ti, que habitas nos céus, elevo os meus olhos” - verso primeiro.

Nos dois primeiros versos, quatro vezes a palavra “olhos” é citada, sempre com o foco na pessoa de Deus. E não se tratava de um olhar passageiro, despretensioso. Reforça o poeta: “até que tenha compaixão de nós!”.

Arival Dias Casimiro ensina que o Salmo ensina três lições:

1ª - Olhe para Deus como um Rei Soberano. “A ti, que habitas nos céus...”. Seu trono não é terreno. Seu reinado não é humano. Seu comando não é titubeante. É o Rei soberano!

2ª - Olhe para Deus como um servo olha para o seu Senhor. “Como os olhos dos servos estão atentos às mãos dos seus senhores e os olhos das servas, à mão de sua senhora...”. Ele é Senhor, nós, seus servos! 

3ª - Olhe para Deus como Pai de toda misericórdia. “Tem misericórdia de nós, Senhor, tem misericórdia...”. 

Diante de lutas, mantenha os olhos fixos em Deus. Ele é a esperança!