O canto entalado
Você já deve ter ouvido alguém dizer mais ou menos assim: “Isso estava entalado aqui e eu soltei tudo para fora”. Normalmente, a experiência está ligada a alguma situação desagradável que a pessoa ainda não tivera coragem de revelar.
O povo de Israel, cativo na Babilônia, contexto do Salmo 137, estava com o canto entalado em sua garganta. O verso quatro revela a angústia do povo: “Como entoaremos o canto do Senhor em terra estranha?”. A reação se dá em função dos opressores pedirem que eles cantassem um dos cânticos de Sião.
É sabido que argumentam ser a atitude do povo sensata, isso porque não deveria atender pedidos de opressores que, segundo esses, desejavam apenas tripudiar sobre o sofrimento.
Permita-me discordar. Quem tem o canto do Senhor deve cantar em qualquer circunstância. Não importa se o inimigo pede com motivações erradas, o importante é cantar. Aliás, como dizia o filósofo obeso e da buzina, “quem canta, seus males espanta! Ô, Teresinha!”.
Canto entalado não combina com o filho de Deus e não o glorifica. Então, solte a voz!
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